A gente conhece muuuitos filmes que acabam virando livros, mas, e quando o contrário acontece? É esse o caso de Elvis e Madona - uma novela lilás, novela de Luiz Biajoni que é uma adaptação bem-sucedida do filme homônimo (muito bom, por sinal). Li recentemente e amei demais, então vim aqui contar um pouquinho mais sobre esta história tão inusitada.
O mote de Elvis e Madona é a controversa história de amor entre uma lésbica - Elvis - e uma transgênero - Madona. Este tema tão inédito já renderia, por si só, uma história excelente, mas Biajoni não para por aí e inclui assuntos sórdidos como tráfico de drogas e prostituição à trama. Isso, é claro, recheado de referências sexuais, palavrões, diálogos impagáveis e piadas sutis e divertidíssimas, como é característico da literatura do autor.
Como em todos os livros do Biajoni, os personagens são do tipo "de carne e osso", fazem merda, têm problemas, não são os típicos heróis perfeitinhos. Acho ótimo, porque possibilita a identificação imediata do leitor, ainda mais com passagens absolutamente cotidianas temperando a narrativa. Como este livro é todinho passado no Rio de Janeiro, sobretudo em Copacabana, ainda teve a vantagem extra de eu me familiarizar com vários dos locais e hábitos retratados.
Eu diria que este é um livro mais "leve" do que os outros que li do autor (Sexo Anal: uma novela marrom e Buceta: Uma novela cor-de-rosa). Mas, ainda assim, é leitura para quem tem mente aberta e bom humor. No vídeo, eu conto um pouco mais sobre a trama e dou minha opinião em detalhes, vale muito a pena assistir:
No mais, edição impecável, capa linda e a faixa-bônus de ter meu exemplar autografado, yay! Sei dizer que todo mundo para quem eu indiquei e leu, gostou muito. Fica aí a dica de literatura nacional que foge da mesmice, viu? ;)
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