A memória do coração

segunda-feira, 17 de abril de 2017


Das imagens que trago de minha infância, a mais vívida é, sem dúvidas, a da biblioteca da minha madrinha, onde provavelmente teve início minha devoção à leitura. Lembro-me ainda das estantes repletas de livros de cima a baixo, com mais prateleiras que eu pudesse contar. Já não me lembro mais de quando a vi pela primeira vez: para mim, é como se sempre estivesse estado ali, com seus títulos mágicos que já encantavam meu coração de criança.

Lembro-me nitidamente da velha casa de madeira, dois andares, venezianas imponentes e decoração um tanto antiquada. Os degraus da velha escada rangiam, mas não tinha importância, pois eram eles que levavam ao paraíso escondido no segundo piso: a morada onde os livros se escondiam.

O acervo era eclético, como o devem ser todos os acervos de bibliotecas que se prezem. Os romances de banca, com suas Sabrinas, Júlias e Biancas, disputavam espaço entre quadrinhos de Garfield, Calvin e Mafalda, livros teóricos de engenharia, revistas de artesanato e Luís Fernando Veríssimo. 

Mas na biblioteca da minha madrinha eram os romances policiais que reinavam como maioria. Lá, figuravam exemplares de Conan Doyle, Simenon, Edgar Wallace e, é claro, da rainha Agatha Christie, com quem aprendi a amar a ficção. Sim, é inegável que as histórias de detetive e mistério que estampavam as prateleiras me influenciaram como leitora e se transformaram num guilty pleasure que cultivo até hoje. Afinal, não é só de clássicos que sobrevive um leitor voraz. 

Mais de vinte anos depois, as memórias deste lugar permanecem vivas naquela parte de mim que ainda se emociona com os pequenos detalhes que dão significância à vida. 

Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Senhoras e Senhores, trago boas novas...

sexta-feira, 14 de abril de 2017


Às vezes, é preciso mudar. Muda-se de casa, de carreira, de planos, de marido... por que não mudar de blog? Já fazia muito tempo que absolutamente na-da no blog antigo me representava mais: desde o layout, até o nome. Eu queria mais liberdade editorial, queria colocar mais textos autorais e, sobretudo, queria um nome que passasse mais seriedade ao blog. Protelei, enrolei, fiz corpo mole mas, enfim, estou aqui com tudo novo, de novo. 

Escolhi o nome Colecionando Prosas porque, no fim das contas, é isso o que eu venho fazendo ao longo dos meus mais de vinte anos como leitora voraz, né? São tantas prosas lidas, amadas e guardadas na memória que já dá para montar uma pequena coleção, que terei prazer em compartilhar com você nesta nova fase. 

Ah, aviso logo que o blog não vai ser 100% review de livros. Planejo escrever aqui tudo o que me der na telha, desde textos pessoais até desabafos sobre as coisas da vida, passando por comentários e pitacos de filmes, séries e tudo o que envolver cultura, em geral. Vamos ver o que sai dessa salada que habita minha mente!

Meu nome é Fabiola, este é o Colecionando Prosas e aguarde muito mais novidades. ;) 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.
 
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