HQ Fábulas: As 1001 Noites de Neve

terça-feira, 27 de janeiro de 2015


Eu já havia comentado em alguns videos que estava flertando muito com mangás e HQs, gêneros literários que eu negligenciei por anos e só recentemente reaprendi a amar. Acho que na minha cabeça eu já "tinha passado da idade" de gostar de quadrinhos... bobeira, né?

Enfim, continuo em busca de bons títulos para ler, e uma amiga nerd e linda e entendida dos paranauê HQzísticos me indicou Fábulas, mais precisamente o volume 1001 Noites de Neve. Fui ler meio descrente porque nunca havia lido Fábulas e olha... amei! Mas amei demais!

Tanto o roteiro é bom quanto os traços são magníficos. Aquele tipo de quadrinhos em que você pode ficar horas olhando as ilustrações, de tão bonitas e ricas. Parte do motivo de as ilustrações serem tão fantásticas é que são vários desenhistas ilustrando, cada um fica responsável por uma " parte" da história, e todos com seu próprio estilo. Muito legal, dá só uma olhada em algumas páginas:








O que eu achei muito legal é que a história mescla a mitologia das mil e uma noites com os famosos contos de fada, tudo isso narrado pela Branca de Neve. Como não morrer de amor? Além disso, a trama é super inteligente e tem zilhões de referências aos personagens das fábulas. Eu super curto esta vibe de fazer releituras modernas dos contos de fadas e esta versão de Fábulas foi primorosa!

No vídeo abaixo eu falo um pouco mais sobre o que achei desta HQ e mostro os traços incríveis. Dá o play:



Moral da história: fiquei com muuuita vontade de acompanhar Fábulas desde o início. *-* Alguém já leu e recomenda? 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
(Ou: "Love, love will tear us apart again...")



Quando eu vi a capa de As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender, da Leslye Walton, e li a sinopse, que diz tratar-se de uma menina que por algum motivo misterioso nasceu com asas de pássaro, pensei logo: rá, mais um YA de fantasia/aventuras. Ledo engano, senhores. Este livro é um belíssimo representante do realismo fantástico que estou aprendendo a apreciar, e me surpreendeu demais.

O tema central deste livro é o amor. Mas não vá pensando naquela visão romantizada e açucarada que você está acostumado a ler em livros: aqui, fala-se de amores que corroem, dilaceram e destroem por completo a vida de uma pessoa. Tais pessoas em questão são os desaventurados membros da família de Ava, que parecem carregar o gene dos amores trágicos e mortais. Por anos a fio, todos os membros da família tiveram suas vidas arruinadas de diferentes maneiras por amar demais, ou por amar as pessoas erradas. Tudo é narrado de maneira metafórica e sutil, nos levando a traçar paralelos com nossas próprias vidas amorosas muitas vezes.

A história é narrada em primeira pessoa pela Ava Lavender, a tal menina com asas, mas o foco da narrativa não é ela mesma, e sim toda a sua família e suas desventuras amorosas, começando pela bisavó, chamada apenas de Maman. Geração após geração, Ava conta a história de sua família e mostra ao leitor como o amor foi injusto e cruel com todos os membros, ano após ano, década após década. Conta também como aqueles que permaneceram vivos após tantas tragédias acabaram por se fechar para o amor, com medo da "maldição" que a família parecia carregar. 

Apesar de ser um livro contemporâneo, sobre a sociedade real em que vivemos, há diversos elementos mágicos permeando a narrativa. As asas de Ava (que também podem ser lidas de maneira metafórica!) são um exemplo disso. Sua tia-avó, que acabou por literalmente se tornar um canário, é outro. Por mais inusitados que possam parecer, estes elementos fantásticos estão bem mesclados à história, e não causam estranhamento. Ao contrário, dão uma nova vida ao texto e permitem inúmeras interpretações não tão literais. 

A lição que fica, apesar dos pesares, é que embora o amor não tenha lógica e muitas vezes pareça cruel conosco, sempre há um jeito de recomeçar e voar em busca da liberdade. É um livro que te faz pensar sobre muitas coisas, mesmo após fechar a última página! 

Eu achei As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender um livro quase poético, embora não seja para todos. Mas, caso você goste de histórias meio líricas, sensíveis e bem contadas, pode se jogar na leitura!

Ah, eu me empolguei com o tema e acabei fazendo um mega texto sobre o livro mas, caso você prefira o dinamismo das resenhas em vídeo, pode conferir o vídeo abaixo, que gravei com minhas impressões de leitura:



O livro me foi enviado como cortesia pela Novo Conceito e eu me surpreendi muito. Adorei! Quem aí já leu ou quer ler?  :) 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Quando Nightwish encontra Patrick Rothfuss

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
A despeito do fato de ser pequenininha e parecer fofa e angelical (aham, cláudia) eu amo heavy metal e Nightwish é a minha banda favorita da eternidade. Amo como o som e as melodias parecem se moldar aos meus sentimentos e traduzir meu estado de espírito como se tivessem sido escritas por mim. Na minha opinião, tem uma canção do Nightwish para cada ocasião da vida. E quando minha banda favorita encontra uma das minhas sagas literárias favoritas, como lidar? Pois bem, possivelmente é isso que ocorrerá no novo álbum da banda, Endless Forms Most Beautiful, que tem lançamento previsto para março deste ano e traz, dentre as faixas, uma intitulada Edema Ruh.



Quem já leu O Nome do Vento e O Temor do Sábio do Patrick Rothfuss, editados aqui pela Arqueiro, já está familiarizado com o nome, que se refere a uma trupe de artistas nômades, cujo principal objetivo de vida é levar entretenimento e música aos mais distantes lugares. Como ainda não vi a letra não posso afirmar que, de fato, a canção é uma referência aos livros. Mas caso os rumores se confirmem, imagine só que mágico um encontro musical entre a saga de Kvothe e as letras de Tuomas Holopainen! Sério, mal posso esperar! Para quem não viu, já falei sobre a série Crônica do Matador do Rei, do Patrick Rothfuss, aqui e aqui



Metal melódico, diga-se de passagem, sempre me lembra sagas épicas e histórias de high fantasy! E esta não foi a primeira vez que bandas de metal se inspiram em livros de fantasia. Inclusive o próprio Bling Guardian tem um álbum inteiro dedicado à obra de Tolkien, que também inspirou bandas como Amon Amarth e Battlelore. 

Já o Nightwish tem uma música no primeiro CD que também faz referência aos elfos de Tolkien, a incrível Elvenpath. Diga-se de passagem, esta música super me lembra World of Warcraft, vai entender as referências nerds da pessoa! Recentemente, porém, Nightwish preferiu beber nas fontes de Poe e lançar uma canção (muito linda, por sinal) inspirada no famoso conto O Poço e o Pêndulo. A canção se chama The Poet and the Pendulum e eu já havia mencionado este fato em um vídeo de Halloween! =O 

Saindo do campo do heavy metal, Haruki Murakami se inspirou nos Beatles na hora de dar nome ao seu livro Norwegian Wood! Ainda não o li, mas a sinopse muito me interessou. Está no Kindle esperando a sua vez, e espero que eu goste tanto do livro quanto gosto da música! 

Mas divago. Voltemos então ao Nightwish. Endless Forms Most Beautiful deve ser lançado dia 27 de março e eu já estou mega curiosa! Afinal, só uma coisa pode ser melhor do que um novo álbum de metal: um álbum de metal que faz referências literárias. É muito amor para o meu coraçãozinho geek! ♥
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Cazuza - Pro Dia Nascer Feliz, O Musical

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
Eu tinha 16 anos quando conheci Cazuza. Pasme, minha primeira experiência foi a partir do filme sobre a vida do cantor, que hoje eu sei que foi muito novelinha-da-globo feelings, mas que ao menos serviu para despertar minha curiosidade e meu interesse pelo Cazuza. Lembro que na época, fiquei mega empolgada, procurei ouvir todas as músicas que encontrei e até li a sua biografia, Só as mães são felizes - apesar de não ser nem um pouco amante das biografias, gosto de lê-las quando gosto do biografado. E ainda teve o ridículo episódio em que minha mãe abordou a Lucinha Araujo no meio de uma loja para dizer que eu a-ma-va o filho dela, fato este que me deu vontade de enfiar a cabeça num buraco e não sair nunca mais. Enfim, memórias. 



Não é que eu ache que Cazuza foi um exemplo, um mito ou um mártir como alguns defendem, mas acho genial a maneira como ele conseguia traduzir sentimentos em palavras tão bonitas e, mesmo sem querer, ser porta-voz de tantas ideias. E andava meio esquecida do quanto eu gostava disso tudo na adolescência, até assistir Cazuza - Pro Dia Nascer Feliz, O Musical. Eu queria ter ido assistir a esta peça desde a primeira vez em que esteve em cartaz, mas acabou não rolando, então fiquei mega feliz quando descobri que o musical iria voltar ao Theatro Net Rio.

E foi bom, não só porque a peça é bem dinâmica e você mal sente as três horas passarem, mas também porque foi uma experiência bastante nostálgica, por assim dizer. Me lembrei da força que suas músicas me passavam, de como eu sentia como se pudesse um dia mudar o mundo (e minha própria vida!), de como eu sentia que em algum tempo e ligar eu poderia ser livre para ser quem realmente era. Sem amarras. Sem cobranças. E isso fez bem à Fabiola de dez anos depois: eu posso não estar onde sempre quis estar, mas certamente ainda danço junto com a música.

Uma coisa é certa: ainda não sei se quero levar a vida ou deixar que ela me leve, nem mesmo faço ideia se preferia viver mil anos a dez a viver dez anos a mil. Mas não importa mais. É a possibilidade de se poder fazer o que quiser, sejam quais forem as consequências, que me fascina.
Eu gosto de musicais. Eu gosto da história do Cazuza apesar de. E gosto de como esta peça juntou tudo isso de uma maneira bonita, por vezes emocionante, e muito divertida de se assistir. E entre dramas, músicas de sucesso gravadas pelo Cazuza e outras inéditas em sua voz, creio que a peça cumpriu bem seu papel.

Recomendo bastante, fora que o Net Rio é um charme de lindo! Saiba mais informações sobre o musical no site do teatro
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Eu, Robô de Isaac Asimov

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015


Eu já havia lido Eu, Robô do Isaac Asimov muuuito tempo atrás mas, quando a Aleph me mandou a nova edição em um press kit muito amor, não teve como eu não gravar vídeo falando sobre o livro. Aproveitei pra compartilhar um pouco das minhas impressões e mostrar a edição nova da Aleph.

Se quiser saber mais sobre o livro, basta conferir o vídeo abaixo: 


Infelizmente o robozinho fofo não é comercializado, fez parte somente do kit de divulgação para imprensa. Mas enfim, a edição é linda e vale muito a pena.



Indico demais este livro para quem quer iniciar no campo da ficção científica. ;)

E você, já leu algo do Asimov? Tem algo para me indicar? 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Sobre Metas de Ano Novo

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Todo ano é a mesma coisa: a gente faz metas muitas vezes impossíveis no início do ano e acaba se frustrando quando chega no final e vê que não realizou metade daquilo. Por isso, minha principal resolução para 2015 é estabelecer metas reais, fazíveis e pé no chão.

Meu ano foi bem legal, até. Consegui realizar muitos dos meus desejos mas alguns planos ficaram pelo meio do caminho e pretendo retomá-los agora para 2015. Normal, né? Nem tudo sai sempre do jeitinho que a gente quer, e o importante é saber tirar dos erros um acerto.

Eu falhei em quase tudo o que se refere à organização #mybad mas, em contrapartida, consegui juntar dinheiro, consegui ser persistente e continuar no mesmo um emprego por mais de um ano e consegui ser uma pessoa mais feliz na maior parte do tempo. Este ano pretendo continuar a controlar minhas neuras, crises e outras idiossincrasias, mas isso vai com o tempo.

No que tange à leitura, minha meta para 2014 era bem alta (em relação à minha rotina exaustiva de trabalho) e eu planejava ler 52 livros. Não rolou e eu tive que parar nos 46. Foi quase lá, e ainda assim consegui ler mais do que li em 2013, ano em que concluí a leitura de 44 livros. Para 2015, espero alcançar os 55. Sim, estou sonhando alto, mas como pretendo ser uma pessoa mais focada e organizada, acho perfeitamente possível. Acompanhe o andamento das minhas leituras do ano no Skoob!

No vídeo abaixo eu repasso minhas metas de 2014, conto o que deu certo e o que ficou para trás, e também compartilho com você os meus planos para 2015.


Se 2014 me ensinou alguma coisa, foi que as pessoas mudam, logo, as metas também podem mudar pelo caminho. Mas o que for importante vai persistir. Espero nunca esquecer do que é importante e continuar indo atrás dos meus sonhos. :)

E você, também tem o costume de traçar metas de ano novo? 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Favoritos e Coisas Aleatórias de 2014

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015


Tô atrasada mas tô aqui para responder quais foram as minhas aleatoriedades favoritas de 2014! Teve taaaanta coisa legal na minha vida no ano que passou, meu povo! São muitas coisas para indicar: tem filmes, seriados, comidinhas, produtinhos de beleza e lugares que me conquistaram. Se quiser saber a lista completa é só dar o play abaixo:




E é isso, espero que minhas dicas tenham sido úteis! Ah! E não se esqueça: se você quiser saber quais foram meus livros favoritos do ano, eu mostrei os doze-mais neste post aqui. Corre que tem muuuita indicação boa!
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.
 
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