Falando de HQs: Saga \o/

terça-feira, 28 de abril de 2015
Eu ando muito namorativa com HQs, mangás, graphic novels e afins. A fim de treinar meu gosto e encontrar meus gêneros favoritos, andei lendo muita coisa diferente, mas nunca havia lido nenhum quadrinho de ficção científica... isso até conhecer Saga



Saga tem roteiro de Brian K. Vaughan e arte de Fiona Staples, e é simplesmente uma das coisas mais legais que passou pelas minhas mãozinhas nos últimos tempos. Eu via os booktubers gringos falando muito bem sobre, e fiquei super feliz quando a editora Devir trouxe o primeiro volume pro Brasil. Paguei caro, mas pelo menos a edição é caprichadíssima, e eu ainda ganhei um pôster de presente na loja. :)

Ainda não saíram outras edições por aqui (eu comprei o primeiro volume em dezembro) mas dá para importar, lá fora já está no terceiro volume e, olha, considerando o preço da edição brasileira, acho que não deve ser mau negócio mandar vir de fora, hein? Enfim, sei dizer que aguardo ansiosamente a publicação de mais volumes, o final deste encadernado deu um super gancho para o próximo e eu já estou muito curiosa para saber o que vem por aí. 

Mas enrolei, enrolei, e não falei sobre o que é Saga. Pois bem, a HQ conta a história de uma guerra intergaláctica e, no meio desta guerra, se encontram Alana e Marko, pessoas de espécies diferentes, planetas diferentes, mas que se apaixonam e decidem fugir juntos, mesmo sabendo que seus planetas são inimigos. Para piorar a situação, eles acabaram de ter uma filha, Hazel. A mestiça é alvo do interesse de muitos, pois este tipo de híbrido era totalmente inédito até então. E é assim que Alana e Marko começam a ser caçados pelo universo...

A missão de destruir os dois amantes interplanetários e capturar Hazel fica a cargo dos freelancers, assassinos de aluguel altamente qualificados. Pode parecer que eles são os supervilões de Saga, mas não é bem assim que funciona. Na verdade, estes mercenários, muitas vezes, demonstram ter mais bom senso e moral do que muitos outros personagens. Os que já apareceram na história são bastante complexos, e um deles tem o bicho de estimação mais legal de todos os tempos: a gata da mentira, que fala apenas quando alguém está mentindo! 

Saga tem ação, humor negro, sarcasmo e um plot muito intrigante. Ou seja, tem tudo ser super divertido. No vídeo abaixo eu mostro os traços e conto com mais detalhes o que eu achei deste primeiro volume:


Fique com mais algumas imagens, para sentir o traço de Fiona Aple. Achei tudo incrível e já quero conhecer mais coisas da artista!






Ah, se você não lê em inglês e quer continuar acompanhando Saga, dá para encontrar os scans traduzidos aqui.

E é isso! Já leu ou quer ler Saga? Então conta para mim nos comentários e vamos trocar ideias. ;) 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





E finalmente eu li Alta Fidelidade, do Nick Hornby

terça-feira, 21 de abril de 2015
Eu já queria ler Alta Fidelidade do Nick Hornby há séculos, e sempre deixava para lá, até que finalmente me rendi e posso dizer que o livro superou as minhas expectativas. De fato, posso entender porque este livro é considerado um clássico contemporâneo, e é imperdível para pessoas que gostam da cultura pop.



Alta Fidelidade conta a história de Rob Fleming, que é o típico loser: apesar de já ter passado dos 35, não tem uma carreira, não tem amigos, e acaba de ser deixado pela mulher de sua vida. Sua única paixão na vida é a música, que constitui boa parte do seu universo e que norteia a narrativa. 

Uma peculiaridade de Rob, além de ser mimado, egocêntrico e um crianção irritante na maior parte do tempo, é que ele adora fazer listas, e inventa top 5 para praticamente qualquer assunto. Me identifiquei muito com essa parte, por sinal, pois vivo fazendo listas e adoro esquematizar tudo.

O livro é repleto de referências pop e, apesar de se passar nos anos 90, não é um romance datado, pois as questões centrais da história - leia-se a dificuldade de encarar a vida adulta e a solidão dos tempos modernos - são atemporais. Eu me identifiquei, e muita gente vai se identificar também, mesmo sendo o Rob um cara totalmente anticarismático, babaca e imaturo. Aquele clássico exemplo de livro cujo personagem você detesta, mas que acaba compreendendo a razão de ele ser do jeito que é.

Afinal, quem nunca se sentiu perdido na vida, quem nunca se sentiu imaturo, quem nunca sentiu pena de si mesmo e pensou que a vida foi injusta consigo? Eu já, e aposto que você também. É por isso que é tão fácil sentir empatia pelo Rob, apesar dos pesares. E é por isso que é tão fácil amar Alta Fidelidade, apesar de a sinopse em si não ser nada genial. 

No vídeo abaixo eu comento um pouco sobre minhas impressões de leitura e explico por que você não deve deixar de ler Alta Fidelidade:



Em tempo, existe uma adaptação para o cinema de Alta Fidelidade, e vale super a pena assistir, sobretudo porque a trilha sonora é ótima. Aproveita que está disponível no Netflix. ;)

E você, já leu algo do Hornby? Conta para mim o que achou!
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Book Haul - Março

quarta-feira, 15 de abril de 2015


Sério, alguém me segura durante as promoções de livros! Comprei horrores em março, mas, em minha defesa, foram ótimas promoções (desculpa de viciada consumista louca...). Também ganhei alguns presentes e chegou muita coisa legal de parceria. Quer ver o meu surto consumista? Então assista ao vídeo de Book Haul!



#MomentoDesabafo: Eu vejo muita gente pregando o desapego, prometendo não comprar mais livros mas eu, particularmente, jamais me "obrigarei" a cumprir este tipo de meta, pelo simples motivo de que, para mim, qualquer dinheiro gasto com livros é um dinheiro bem investido, nunca desperdiçado. Jamais me sentirei culpada por gastar com livros, porque eu não gasto desenfreadamente, e porque é o tipo de coisa que me deixa muito feliz.

Sim, eu tenho muitos não lidos na estante. Mas todos serão degustados a seu tempo, cada um foi adquirido por uma razão e absolutamente todos são amados por mim de alguma maneira. Eu gosto de ter livros. Gosto do objeto livro, de apreciar, folhear, admirar na estante. Minha paixão, eu diria, nem é pelo ato de ler, e sim pelos livros em si. Não me incomodo de deixá-los paradinhos na estante por um tempo, porque eles têm seu valor, independente de eu lê-los ou não.

Eu entendo quem é desapegado, se desfaz de livros e não compra mais do que consegue ler. Mas não funciona comigo, eu gosto de tê-los, guardá-los e esperar a a vez de cada um deles na fila. E, sim, eu planejo ter uma biblioteca recheada um dia, só me falta o espaço...

Mas enfim, falei, falei e espero ter feito algum sentido. Espero que, se não meus mimimis, minhas dicas de livros possam ser úteis. :) 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Morte Invisivel

segunda-feira, 13 de abril de 2015
Em 2013 eu li um livro chamado O Menino da Mala cuja contracapa afirmava ser um livro necessário para os fãs de Stieg Larsson. Ora, eu amo a trilogia Millennium com força, então precisava conferir. Pois bem, o livro das dinamarquesas Lene Kaaberbøl e Agnete Friis não tem tanto a ver com a trilogia de Larsson, mas ainda assim eu curti muito! Falei sobre O Menino da Mala aqui no blog, caso queira conferir.



Quando saiu a continuação, fiquei louca querendo ler, porque estava precisando de um bom suspense na minha vida. E, olha, posso dizer que Morte Invisível é tão bom quanto, ou até melhor que seu antecessor. Uma coisa muito legal sobre estes livros é que apesar de fazerem parte da mesma série e terem a personagem principal em comum, os dois têm seu próprio final, as histórias são totalmente independentes e não é necessário ler na ordem.

Nina Borg, a enfermeira super altruísta, está de novo às voltas com dilemas envolvendo imigrantes. Ao descobrir que um grupo de ciganos húngaros pegou uma doença misteriosa, ela se comove e vai até seu esconderijo cuidar deles. Porém nada é tão simples quanto parece e esta doença começa a se espalhar super rápido, provando que algo muito estranho paira no ar. Rapidamente Nina vai descobrir que uma crise sem precedentes, que pode mudar a história do país para a pior, está para acontecer.

Assim como em O Menino da Mala, a história é contada sob diversos pontos de vista. São vários núcleos diferentes que, a princípio, não têm nada em comum entre si, mas que, em determinado momento acabam se cruzando. Estes núcleos ajudam o leitor a contextualizar os acontecimentos, eu amo este estilo narrativo porque acho que aguça os meus instintos detetivescos!

Morte Invisível vai então trazer algumas questões já mostradas no primeiro livro, como o tráfico de pessoas, a imigração ilegal, a exploração sexual e os direitos das minorias em geral. Porém, neste livro serão abordados outros pontos como o comércio ilegal de armas e medicamentos, a situação de estigma e preconceito em que vivem os ciganos e outras minorias no leste europeu e até que ponto podemos pensar somente nos nossos interesses e negligenciar o bem do restante da sociedade. É um livro bem complexo, que nos faz refletir a cada segundo. É aquele tipo de livro que incomoda, que não nos deixa dormir e que nos faz perder um pouco a fé na humanidade, porque mostram facetas horríveis do mundo que às vezes a gente acaba ignorando.

Enfim, amei demais o livro e compartilho um pouco das minhas impressões de leitura no vídeo abaixo.


E você, já leu Morte Invisível? E O Menino da Mala? Se leu, conta para mim o que você achou! ;)
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





De por que eu achei Cinderela a grande decepção de 2015

quinta-feira, 9 de abril de 2015
Eu ando amando a "nova onda" da Disney, vide minha paixão por Frozen e Malévola (e acrescentaria Valente à lista!) e como adoro adaptações não-animadas das animações que marcaram minha infância, é natural que Cinderela fosse um dos lançamentos mais esperados por mim em 2015. Fui assistir na maior empolgação e o filme me decepcionou num grau que eu não só fiquei #xatiada por gastar dinheiro à toa com o ingresso: eu simplesmente saí revoltada da sala de cinema, e não consegui segurar vários comentários maldosos ao longo do filme.



Para começar, o filme é um mar de clichês. É claro que trata-se de uma releitura de conto de fadas, não sou louca de esperar mil plot twists no enredo, mas eu esperava algo novo, que fugisse à mesmice, que não fosse tão somente uma versão com atores do desenho que vi quando criança. E definitivamente não foi isso que encontrei. Não há nada neste longa que surpreenda, que tire o fôlego, que te faça ansiar por mais. Achei tudo bem raso, tudo bem mais ou menos.

Fora o roteiro entediante, eu acho até bacana o lema "tenha coragem e seja gentil", no trailer parecia promissor e poderia dar margem para transmitir uma mensagem bem bonita... mas o que acontece é que este "slogan" é repetido exaustivamente ao longo da história, eu não teria dedos para contar quantas vezes ouvi menções da Cinderela a ter coragem e ser gentil. Ok, a gente já entendeu, podemos virar o disco? Tá chato, tá repetitivo, tá enchendo linguiça. Fora que a personagem principal é uma mosquinha morta que claramente confunde "gentileza" com ser ingênua, imatura e submissa. Parece que gosta de ser escrava, de ser humilhada, de ser tratada como lixo e ainda aplaudir. No desenho animado não me lembro de a personagem chegar a este extremo, muito menos no conto de fadas original. Além de não convencer, isso me irritou profundamente!



Por sinal, eu acho um puta de um retrocesso um filme da Disney trazer uma mocinha tão otária apática depois dos últimos longas que quebravam tantos paradigmas. Digo logo que a Merida e a Rainha Elsa chutariam a bunda da Cinderela sem dó nem piedade

Não sou do time que acha que todas as mulheres da ficção precisam ser fortes e duras na queda, pelo contrário, gosto que os filmes (e livros, e séries..) representem os diversos tipos, tamanhos e personalidades de mulheres que existem neste mundo, mas eu não consigo engolir uma pseudo-heroína tão boba e infantil quanto esta versão de Cinderela. Não me representa, sabe? Acho mesmo é que daria para fazer muitos origamis com o papel de trouxa da personagem. 

(E, aliás, o que houve com aquele discurso de que "você não pode se casar com alguém que você acabou de conhecer", hein, hein, hein, hein, Dona Disney?)

Mas, Fabiola, o filme não tem pontos positivos? Tem, sim. A fotografia é absurdamente linda, de cair o queixo em alguns momentos. Os figurinos também têm lá seu charme, e eu realmente gosto dos efeitos visuais, sobretudo quando o vestido da Cinderela roda durante o baile, acompanhando seus movimentos. Achei um dos pontos altos do longa, realmente dá gosto de se ver, muito embora eu ache que o modelito azul com borboletas e fru-frus tem um pé na breguice. Mas divago. 

Sinceramente, não acho que o fato de Cinderela ser visualmente bonito pague o completo tédio que senti durante duas longas horas no cinema. Não cheguei a odiar o filme, mas ficou tão aquém das minhas expectativas que é impossível conter a decepção. Acho que dá para notar meu descontentamento pela quase-resenha, né?



Meu veredicto é: a melhor parte de Cinderela é o curta de Frozen, Febre Congelante, que passa antes de o filme começar. É muuuuuuuuito fofo, e eu já quero um bonequinho de neve de pelúcia para chamar de meu. ♥

Enfim, se quiser uma crítica muito mais embasada do que a minha, sugiro que você visite o site do Almanaque Virtual e leia a crítica da Raíssa, que traz muitos pontos com os quais concordo plenamente. É claro que tem gente que amou o filme, mas gosto é aquilo mesmo que você está pensando, né? Cada um tem o seu. ;)

Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Coisas Favoritas de Fevereiro e Março

segunda-feira, 6 de abril de 2015
E aí que eu acabei não gravando meu vídeo de favoritos de fevereiro. Ou melhor, gravei duas vezes, nas duas vezes odiei a iluminação e desisti de postar #soudessas. 



Então, resolvi fazer um "favoritão do mês" agrupando meus queridinhos de fevereiro e março. Tem muuuuita dica boa, e falo sobre produtos de beleza imperdíveis, músicas nostálgicas dos últimos tempos, as séries em que estou viciada ultimamente e também os filmes a que andei assistindo. Quer saber quais foram meus favoritos? Então é só dar o play!


Sentiu falta dos livros favoritos do mês? Pois é, eu também! Tinha esquecido de falar sobre minhas leituras favoritas no vídeo, então gravei um pequeno complemento indicando meus livros, mangás e quadrinhos favoritos de fevereiro e março. 



Não li tanta coisa assim nos últimos meses, mas pelo menos foram leituras proveitosas. Vem ver quais foram as leituras que mais me chamaram a atenção, vem!




Se você perdeu, pode assistir à resenha de O Menino da Mala clicando aqui, e assistir ao vídeo de Seconds clicando aqui. Sobre os outros livros ainda não falei no blog ou no canal, mas pode deixar que vai ter resenha em breve. ;)

E você, tem algo para me indicar também? 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.
 
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