Mais um vício para a coleção

quarta-feira, 25 de maio de 2011
Como hoje é o #diadoorgulhonerd, nada melhor do que postar aqui um dos meus passatempos mais nerds e mais viciantes. Eu nunca fui muito boa em joguinhos, quando eu era criança meu pai comprava video-games para mim e eu me divertia mais assistindo aos outros jogarem do que jogando propriamente, porque eu era muito ruim, não conseguia fazer nada e acaba perdendo a paciência. Hoje em dia até arrisco jogar um pouco no Wii do meu nerd, mas tomo tanto esporro porque não sei jogar direito, que acabo desistindo. Daí que eu nunca ia imaginar que algum dia um joguinho online seria meu hobby. Mas foi exatamente isso que aconteceu. E meu maior vício nerd é esse aí, World of Warcraft.  
Basicamente, trata-se de um RPG online da Blizzard, onde duas facções (Horda e Aliança) convivem no mundo fictício de Azeroth, onde vivem grandes aventuras (sessão da tarde feelings). Daí você pode criar seu personagem, e, de acordo com a facção que você escolhe, há uma série de raças disponíveis.  Existem também várias opções de classes (que seriam tipo o "papel" que seu personagem irá representar) para escolher. No meu caso, eu sou Tauren Hunter. Enfim, falando assim parece bobeira, mas tem toda uma história por trás, bem costuradinha. Eu acho fantástico.

Eu comecei a jogar WoW no final de 2009 por causa de uma aposta. Nesse meio tempo, eu ganhei a aposta, não me pagaram, mas eu simplesmente não consegui mais parar de jogar. Ruim pro @fmartins_f que teve que me dar todas as expansões, e bom para mim que ganhei um hobby. Sério, o troço é viciante, eu tenho que me policiar para não passar mais tempo online do que deveria.  E, surpreendentemente, eu aprendi a jogar direitinho, considerando minhas experiências anteriores com video-games. 

Marymuu The Kingslayer (aka o título mais foda que eu tenho)

Eu tenho várias personagens, mas sou preguiçosa e acabo jogando só com a Marymuu, que foi a minha primeira, e é a única que eu tive saco de upar até o nível 85. Eu escolhi a raça Tauren porque acho que combina mais comigo. Fico vendo as meninas jogarem com elfinhas pequenas e frágeis e não consigo me imaginar jogando com uma. E sou hunter porque gosto mesmo de bater (nossa, que menina agressiva) e é mais fácil para mim atacar de longe do que de perto, vai entender. Olha minha vaquinha, como é charmosa:

Vaca de trancinhas, porque eu posso ser nerd, mas sou muito feminina :P

A parte ruim disso tudo é que jogar WoW requer um certo investimento, porque, além de comprar o jogo e as expansões, que não são baratas, você ainda precisa pagar a mensalidade de 15 dólares. Mas eu adoro, me divirto horrores e é sempre engraçado ver a cara das pessoas quando eu falo que jogo, porque decididamente eu não tenho a menor cara de gamer

E aí? Você também tem guilty pleasures nerds?
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





#orgulhonerd

Quem acessa o Twitter com certeza viu que as hashtags #orgulhonerd e #diadatoalha estão nos Trending Topics. Mas o que vem a ser isso, afinal? Bom, essa história de "dia da toalha" na verdade é uma alusão à série "O guia dos mochileiros das galáxias", criada por Douglas Adams. A série narra as desventuras de Arthur Dent, cujo melhor amigo é um extra-terrestre, em uma época em que a Terra foi destruída para a construção de uma nova via intergaláctica. Segundo os livros, um mochileiro deve sempre andar com a sua toalha. No aniversário de morte de Douglas Adams, em 25 de maio, comemora-se então o "dia do orgulho nerd", como uma forma de homenagear os fãs da série. (Eu também não sabia disso, tive que pesquisar. Sou nerd fajuta, beijos.)

Apesar de nunca ter lido esta série (não por falta de vontade), também resolvi comemorar o #diadoorgulhonerd aqui, e vou postar aqui meus atuais objetos-de-desejo nerds, porque, afinal, não é só de maquiagem que vive a minha wishlist. :D




Dvds "The Big Bang Theory": Nem é um desejo tão grande porque o namorado tem, mas eu acho a série tão divertida que tenho vontade de comprar os dvds.  No Submarino.

Caneca Star Wars Coffee: Achei sensacional! Certeza que ainda compro uma dessas! Na Loja Geek.

Pen Drive Yoda: Adoro! Só não compro porque acho carinho pra um pendrive. Tem dos outros personagens também. Na Imaginarium.

Camisa Polo com símbolo da Horda: Amo essa camisa porque no corpo ela fica arrumadinha, não tem tanta cara de camiseta de nerdice. Eu diria que dá para ir trabalhar com ela, até. Na Jinx.

Pelúcia Yoda: Dá para notar que eu gosto do Yoda? No Mercado Livre (tem do Darth Vader também)
Não conheço o vendedor, hein? Só tô mostrando porque achei cuti-cuti.

Livros "As crônicas do gelo e do fogo": Tô adorando Game of Thrones e, depois que descobri que a série foi inspirada nestes livros, fiquei louca para ler. No Submarino.

E a lista não pára de crescer, enquanto procurava imagens para o post já fiquei de olho em mais um monte de coisas. =D

E você? O que tem na sua wishlist #orgulhonerd?
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Carioquices: Forte de Copacabana

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Eu acho a minha cidade muito bonita, de verdade. Nem falo só das belezas naturais, das quais as pessoas costumam lembrar primeiro, mas das construções, também. Adoro bater perna no centro da cidade, acho uns charme aqueles edifícios antigos. Fico chateada com essa mania que carioca tem de achar que entretenimento é sinônimo de praia, e que, se não fizer sol, não vale a pena visitar o Rio de Janeiro. Eu, por exemplo,  não curto ficar virando camarão na areia e sou bem feliz aqui, obrigada. 

Motivada por isso, decidi escrever uma série de posts sobre lugares que eu acho legais por aqui. Eu me lembro que quando fui para São Paulo fiquei que nem louca procurando "roteiros" nos blogs para programar minhas atividades e consegui encontrar muita coisa legal graças às diquinhas que andei garimpando, então espero que meus posts ajudem algum turista em potencial também. :)

Hoje vou falar do Forte de Copacabana, que eu acho fantástico. Morei ali perto por muitos anos e costumava ir de vez em quando com meu pai, quando criança. Domingo eu cismei que queria tomar café da manhã na Colombo que existe lá dentro, e fui até lá dar um passeio. O café da manhã, infelizmente, não aconteceu porque a fila estava gigantesca, mas para não perder a viagem, eu aproveitei para tirar muitas fotos para o post. 

O Forte foi palco da Revolta dos 18 do Forte que a gente estuda nas aulas de história, e hoje em dia é aberto para visitação. O que eu acho bem legal é que ficam uns soldados à caráter passeando por lá, e de vez em quando eles saem marchando alegremente pelo forte. Morro de rir e ainda vou tirar uma foto.  Mas a parte sensacional mesmo é a vista. Da cúpula dos canhões dá para ver a praia toda, e, como eu não sou chegada a ir à praia, mas amo ver o mar, posso ficar um bom tempo por lá, devaneando. Há um museu permanente lá dentro, que eu já nem visito mais porque já conheço de cor. 
(Aliás, um adendo: fiquei impressionada com os turistas que vão lá. No dia em que fui, uma excursão estava visitando, e, quando eles passaram pelo banheiro dos inferiores, um ceromano perguntou ao guia "por que eles eram inferiores". Quando o guia respondeu que "eram inferiores porque estavam abaixo", o cidadão teve a pachorra de perguntar: "abaixo de que?"  Oi? Não conhece patentes?)

Vista da Cúpula dos Canhões: Praia do Arpoador

Outra coisa que eu gosto bastante é que volta e meia tem eventos acontecendo por lá. Ano passado teve um festival de cultura francesa, com comidinhas típicas, música, achei digno. Fora a sala de exposições temporárias que sempre tem mostras interessantes. Lembro que uma vez estava tendo uma exposição sobre Star Wars, a nerd aqui se amarrou. Desta vez o tema era "novos pintores" e tinha alguns quadros bons, outros  que eu não gostei tanto, mas houve um pelo qual eu fiquei apaixonada, não parava de olhar. Se chama "O poeta e o mar", de Jane Santos, e é a reprodução exata da estátua do Drummond (esta aqui), com o banquinho, a praia ao fundo e tudo o mais só que, ao invés de mostrar uma estátua sentada no banco, mostra o próprio Carlinhos. Achei muito interessante mesmo, pena que não podia tirar fotos. 

Vista da Colombo. Dá pra ver toda a praia de Copacabana praticamente

Não dá vontade de ficar olhando para sempre? *-*

Por fim, eu super recomendo dar uma passada na Confeitaria Colombo para tomar um café diante da vista maravilhosa da praia de Copacabana. Os doces de lá são perfeitos, adoro #vaigordinha. Só aconselho a chegar cedo (a casa abre às 10h) porque eu cheguei em torno das onze e já tinha cerca de cinquenta mesas na minha frente. :(  Mas este fim de semana foi o show do Paul, então acredito que a cidade estivesse mais cheia por conta disso.

É isso, fica a dica para quem procura um programa que não é caro e pode ser bem interessante. 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Sobre ser mulherzinha

terça-feira, 17 de maio de 2011
As coisas são engraçadas. 90% das pessoas afirmam que são contra rótulos, que estes devem ser destinados à vidros de geléias, e não a seres humanos, e outras frases estilo para-choque de caminhão como estas. Porém, muitas vezes, inconscientemente, elas próprias acabam se auto-rotulando, e, pior, vivendo presas a estes rótulos, de modo que existe gente que é praticamente um estereótipo ambulante. E, para mim, este é o tipo de coisa que não faz o menor sentido, já que estou longe de querer ser uma pessoa só: sou muitas, e ao mesmo tempo.

Na faculdade, tive uma professora que se encaixava perfeitamente nesse caso. Ela gostava de "falar difícil",  só ria das próprias piadinhas e não tinha um pingo de vaidade. Estava sempre com a cara lavada, o cabelo ressecado e com meio metro de raiz branca aparecendo, unhas mal-tratadas. Nunca vi a criatura usando sequer um batom. E, como eu não presto eu sou uma pessoa extremamente crítica, sempre que fazia algum comentário sobre a aparência da dita-cuja, alguém vinha com alguma desculpa para ela não se cuidar: "Ah, mas ela é muito inteligente" - diziam eles. Ok, é inteligente, tem mestrado, já publicou livros, e tudo isso é muito admirável. A questão é que eu não acho que cuidar da aparência e cuidar do intelecto sejam coisas excludentes. Por mais ocupada que a pessoa seja, dez minutinhos que se perca toda manhã,  ao menos para dar um jeito nasfuça, pentear o cabelo e passar um batonzinho não são tão prejudiciais. Mas as pessoas parecem achar que isso é "coisa de mulherzinha", e que não condiz com o comportamento de uma intelectual, de uma professora, ou do que quer que seja.

É óbvio que não estou dizendo que toda mulher tem que ser vaidosa, porque cada um faz o que quer da própria vida. Há dias em que eu mal tenho saco de me pentear, quanto mais de passar creminhos e me maquiar. O que me incomoda, porém, é essa idéia generalizada de que cuidar de si mesma e se preocupar com a aparência é coisa de gente fútil e desocupada. Não, não é. É coisa de gente que se gosta e que quer se sentir bem. Ter seu lado "mulherzinha" e seu lado super-mulher podem, e devem coexistir. Eu ainda acho que o essencial é invisível aos olhos, mas creio que qualquer mulher, mesmo que secretamente, se sente um pouquinho mais feliz quando recebe um elogio inesperado. 

E eu acho que é um pouco por isso que o blog recebeu este nome, afinal. Tenho lá meu lado nerd, jogo video-game (mal, mas jogo), gosto de escrever, estou sempre com o Kindle dentro da bolsa para ter o que ler a qualquer momento, e gosto de assistir a filmes e séries que ninguém mais conhece. Mas nem por isso dispenso meus esmaltes, meus batons, e todas as outras cocotices que a gente tanto ama. E é dessa salada de assuntos que eu pretendo falar aqui, afinal, não consigo mesmo ser monotemática. =)
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.
 
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