Aquisições literárias recentes (março 2013)

terça-feira, 26 de março de 2013
Olha, não escondo que sou bibliófila e compro muito mais livros do que tenho a capacidade de ler. Em março, eu perdi a linha e comprei vários títulos. Em minha defesa, todos estavam na promoção e/ou foram comprados em sebos, então a consciência pesa menos.



Além de comprar livros como se não houvesse amanhã, em março também fiz algumas trocas no Skoob que me deixaram bem satisfeita. Resolvi então, juntar tudo em um vídeo e mostrar quais são as minhas próximas leituras (ou não, né. Tudo vai depender de quão rápido a fila vai andar). 

Quer ver os livros que chegaram para mim este mês? Então, dá o play!




Livros mencionados no vídeo:

- Reading Like a Writer
- Um Best-Seller para Chamar de Meu
- Sushi
- Belo Desastre
- Delírio
- A Estrada da Noite
- Roubada

Resta saber quando terei tempo para ler tudo o que há na minha "fila de espera". Mas isso é detalhe. :D



Em tempo: odeioooooo com força vídeos de "na minha caixinha de correios", acho uma falta de conteúdo sem limites e um show de exibicionismo na maioria das vezes. Então não vou fazer vídeo mostrando minhas aquisições sempre. E quando o fizer, procurarei falar um pouco sobre a sinopse dos livros, minhas impressões sobre eles e tudo o mais. Porque né, quem quer ver um vídeo em que a pessoa apenas mostra os livros sem falar nada sobre?

E é isso. Quais livros você quer ver resenha primeiro? Se interessou por algum? Conta para mim!
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Afinal, quem tem cacife para falar de literatura?

domingo, 24 de março de 2013
Desde que falei em vídeo que não gostei de Cem Anos de Solidão e que o considero um livro superestimado, volta e meia algum talifã desgovernado do Garcia-Marquez vem me dar carteirada e perguntar "quem sou eu" para falar mal do escritor, visto que nunca publiquei um mísero livro!

E este é o argumento mais absurdo que já ouvi na vida, porque, veja bem, eu não sei cozinhar e me sinto perfeitamente apta a falar de restaurantes cuja comida deixa a desejar. Porque, apesar de não saber fazer comida eu sei comer, sei identificar quando o gosto está bom, e quando está ruim.

Assim é com os livros. Posso até não ter escrito um livro. Mas já li muitos na vida, conheço a língua portuguesa e sei muito bem diferenciar um livro bom de um livro ruim.

E aí que eu sempre quis fazer um vídeo falando essas verdades, mas nunca surgia a oportunidade. Ela chegou quando a Tatiana fez um vídeo chamado "Afinal, quem tem cacife para falar de literatura?", onde aborda essas questões. Me animei e gravei um vídeo-resposta dando a minha opinião sobre o assunto. O resultado você pode ver a seguir:



E aí, o que você pensa sobre tudo isso? Qualquer um pode falar sobre literatura ou é preciso ter conhecimento técnico, formação em literatura ou ter escrito algum livro? Conta para mim nos comentários!
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Carioquices: O fascinante mundo dos sebos

quarta-feira, 13 de março de 2013
Como boa apaixonada por livros que sou, não abro mão de ter minha pequena coleção. Para não deixar o bolso mais leve enquanto engordo minha estante, gosto muito de visitar sebos. Não só consigo encontrar preços mais baixos, como também acho uma delícia gastar hooras do meu tempo passeando entre estantes abarrotadas de livros. Quer coisa melhor?



Decidi fazer um post contando quais são meus sebos favoritos aqui no Rio. Digo logo que não conheço muitos, mas quis fazer esta pequena homenagem a lugares tão gostosos e marcantes em minha vida.

O primeiro sebo que me lembro de ter visitado foi o Luzes da Cidade. A filial de Ipanema fica bem perto de onde eu fazia Vigilantes do Peso nos idos tempos de 2006, e dentro de uma galeria que tinha uma lojinha de produtos naturais, uma loja incrível de objetos de decoração inspirados no cinema chamada Mise en Scene e ainda o Cinema Estação. Ou seja, point gritando meu nome em neon. 

Já encontrei várias pechinchas por lá, mas confesso que acho o ambiente ligeiramente zoneado, de modo que prefiro pesquisar o acervo na Estante Virtual antes de ir buscar o que quero. De qualquer forma, se você souber garimpar acha bastante coisa legal.

Já a filial do Luzes da Cidade de Botafogo é mais arrumada e tem mais variedade. Tem cara de livraria cult, não de sebo. Não é dentro do meu percurso, então não costumo ir com frequência. Mas, quando estou disposta a caminhar do Humaitá até o metrô Botafogo, este sebo é parada obrigatória. Já comprei alguns livros lá, e os preços são bacanas. Também fica dentro de uma galeria do Cinema Estação, me pergunto se é coincidência ou se tem alguma relação.



O meu sebo favorito dos últimos tempos é o Baratos da Ribeiro. Localizado na rua Barata Ribeiro, o que explica o trocadilho, ele é um oásis de livros e ambiente agradável bem perto de casa. 

Provavelmente é o sebo mais organizado que eu já vi, os livros ficam organizados por assunto nas prateleiras e é bem raro encontrar um fora do lugar. A variedade é muito boa e a maioria dos livros está em perfeito estado de conservação, o que é ótimo para gente fresca como eu que gosta de manter a coleção de livros limpinha e arrumada. 

Além disso, os preços são ótimos. Já comprei por lá o comentado livro "Trabalho Sujo" por vinte reais em perfeito estado, e recentemente arrematei "Reading like a writer", que eu queria ler há séculos, por oito reais. Edição de capa dura, minha gente! Fora as ofertas de livros por R$5 ou 3 por R$10, que são bastante atraentes, devo dizer. 

Fora isso, o som ambiente é sempre muito bom. Na última vez em que fui lá, estava tocando um CD só de covers de The Cure, em versões lentinhas e muito gostosas de ouvir. Confesso que fiquei um tempinho extra dentro do sebo só para terminar de ouvir Just Like Heaven, que tanto significa para mim.



Por fim, não dá para fazer um post de sebos e não falar dela, a amada e aguardada feirinha itinerante.  Amo tanto que já fiz até um post só sobre ela aqui no blog. Tratam-se de barraquinhas de livros novos ou de segunda-mão que "passeiam" pelo Rio de Janeiro. Os preços geralmente são incríveis e eu realmente já perdi a conta de quantos livros já adquiri nestas feiras. Costumo frequentá-las desde a época da faculdade e cheguei a comprar livros por R$5. 

Eu não sei se há um meio de saber de antemão por onde a feirinha vai passar, pois geralmente esbarro com ela pelas ruas do Rio. Quem souber onde ela está, por favor me avise, pois estou saudosa, não vou a nenhuma desde o ano passado.

Ainda há muitos sebos que quero conhecer, sobretudo no centro da cidade. Sebos virtuais eu não costumo frequentar, à exceção da ótima Estante Virtual, onde já fiz várias compras e recomendo bastante. Mas esses da lista são os meus atuais queridinhos, sobretudo o Baratos da Ribeiro que, ainda por cima, é "palco" de eventos regularmente. 

E esses são os sebos que eu frequento e amo aqui no Rio. Faltou algum na lista? Me indique nos comentários seus sebos favoritos que ficarei extremamente contente por conhecer!
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Ruas Estranhas, um livro fantástico

terça-feira, 12 de março de 2013
Vez ou outra um amigo meu do trabalho de gosto literário parecidíssimo com o meu me indicar algum livro porque eu pre-ci-so ler! E geralmente ele acerta na indicação e eu acabo gostando bastante do tal livro. Foi o caso de Ruas Estranhas, uma coletânea de 16 contos sobre mistério e fantasia urbana.

Para começar, esqueça o o nome do George R.R Martin na capa em letras garrafais, pois ele é apenas o organizador da antologia e não assina contos no livro, apenas uma breve apresentação. Acho de má fé fazer este tipo de coisa, pois pode induzir o leitor a erros, mas ok, releva-se diante das muitas qualidades deste livro.



Os 16 contos foram muitíssimo bem escolhidos, e todos eles têm em comum o fato de trazerem personagens sobrenaturais, detetives, enigmas mirabolantes e muito mistério. Todas as histórias se passam em ruas das cidades, com várias peculiaridades, algumas deveras estranhas

Gostei muito da maioria e detestei dois em especial. O primeiro foi "Dor e Sofrimento", de S.M. Stirling, um conto confuso, sem muito nexo e com um final aberto que dá vontade de socar o autor. O segundo foi "Ladrões de Sombra", de Glen Cook, que é tão sem pé nem cabeça quanto o anterior e tão chato que tive muita dificuldade em não abandoná-lo pela metade. Fora esses dois, só alegria.

Dentre os meus favoritos, posso citar alguns.

"Estige e Pedras", de Steven Saylor, é um conto delicioso sobre fantasmas passado na antiga Babilônia e com muitas pitadas históricas. É baseado numa lenda verdadeira, o que torna a coisa toda ainda mais divertida.

"A Dama Grita", de Conn Inggulden, é sensacional também. Conta a história de um falso médium que, um belo dia, enfrenta um fantasma de verdade. A partir daí, fica amigo deste espectro, que chama carinhosamente de "a dama", e juntos abrem um negócio de "caça-fantasmas". A passagem que dá nome ao conto é épica!

"Hellbender", de Laurie King, é um conto muito foda também. Parte de uma premissa meio bizarra de híbridos entre humanos e salamandras criados em laboratório e que tentam ter uma vida normal na sociedade. Parece bobeira falando assim mas, na prática, funciona muito bem! Adorei, e o final é ótimo. 

Temos também "O Curioso Caso do Deodand" da Lisa Tuttle, que é um dos melhores do livro. A história gira em torno de objetos "amaldiçoados" que já causaram mortes de pessoas no passado. Tem uma mulher como protagonista e insinuação de romancezinho lésbico, adoro!

Por fim, a coletânea é encerrada com chave de ouro, com o ótimo conto "A Águia de Adak", sobre dois soldados metidos numa trama muito, muito intrigante. Um dos protagonistas é inspirado no escritor Dashiel Hammett, autor do clássico policial "O falcão maltês", e nem preciso dizer que já baixei este livro para ler no Kindle, né?

Como o assunto é bem amplo, fiz uma resenha conto a conto em vídeo, e achei que ficou bem completa. Se quiser saber o que achei de cada uma das histórias, é só clicar no play:



Aqui cabe um mea-culpa. Eu esqueci de gravar minha opinião sobre um dos contos do livro e só percebi na hora de editar. O conto negligenciado chama-se "A diferença entre um enigma e um mistério", de M.L.N. Hanover, e é tão curioso quanto seu título. Gosto muito deste conto sobre um exorcista às voltas com um criminoso aparentemente possuído por um demônio. Contudo, não entendi muito bem o final. Ainda assim, um ótimo conto que merecia ter sido mencionado na vídeo-resenha. :(

E é isso. Este foi um dos melhores livros de contos que li, um prato cheio para quem gosta de histórias de suspense, mistério e fantasia. Recomendo!

Você já leu este livro? O que achou? Conta para mim nos comentários!
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Uma moedinha sobre o dia internacional da mulher

sexta-feira, 8 de março de 2013
Hoje o dia foi recheado de ações #fail nas mídias sociais para o Dia Internacional da Mulher. Várias delas devidamente documentadas na ótima página Analista de Mídias Sociais da Depressão. E criaram polêmica. Para variar, pessoal não entende a causa feminista, acha que nós somos um bando de histéricas mal-humoradas que queremos ser melhores do que os homens, quando, na verdade, oque queremos é igualdade e, sobretudo, respeito.

Choveram comentários em minha timeline sobre "estas feministas chatas que não gostam de gentileza e não gostam de receber os parabéns no dia delas". E, pasme, muitos dos comentários anti-feministas partiram de mulheres. Sorry, mas não é bem assim que a banda toca.

Eu, Fabiola, não me ofendo quando me dão os parabéns, quando me dão bombons ou quando me felicitam de alguma maneira por ser mulher, "no meu dia". Porém, acho no mínimo incoerente ver vários homens passarem o dia postando "homenagens" às mulheres no facebook quando, nos demais 364 dias do ano, as humilham, as traem, as machucam, as ofendem. 

Acho fútil quando empresas dirigem toda a sua comunicação a questões como TPM, não ter roupa para sair, quebrar uma unha e coisas do tipo, como se as mulheres fossem só isso, um poço de vaidade e hormônios borbulhantes.

Quadrinho retirado da página da Turma da Mônica no facebook


E sabe por que eu me irrito com isso? Porque o dia da mulher foi criado por um motivo que não dá orgulho nenhum, a nenhuma de nós. Foi feito para simbolizar o triste dia em que 129 operárias que lutavam por condições melhores de trabalho foram trancadas em uma fábrica que foi incendiada, e deixadas lá para morrer queimadas. Bonito, não é? Então, pare de achar que o dia 8 de março foi feito para homenagear as ~lindas criaturas que tornam o mundo mais bonito e delicado~. Não foi. Foi símbolo de uma luta que não para nunca. 

E muita gente deveria estar pedindo desculpas às mulheres, ao invés de postar homenagens duvidosas na timeline, se você quer saber. Prova disso é que hoje, quando saí para almoçar, em um período de meia hora tive que escutar vários comentários baixos na rua, como "delícia", "que que é isso, hein" e outros elogios do tipo. O motivo: como já ia direto para a ~night~, vim trabalhar de vestido curto e salto alto. Aparentemente, ao fazer isso, eu estou pedindo para ouvir baixaria na rua. 

Não só hoje, mas todos os dias do ano, para o resto da minha vida, eu quero poder usar a roupa que eu quero, ir para onde eu bem entender, ter o direito de sair sozinha sem ter que ouvir gracinhas pela rua, sem correr o risco de ser estuprada ou humilhada somente por ter nascido com um cromossomo X a mais. 

Eu não me importo de ganhar doces, de ganhar flores, de ganhar os parabéns no dia da mulher. Não costumo recusar gentilezas, se forem sinceras ao invés de hipócritas. Mas espero, de verdade, ser respeitada todos os dias do ano, e não só em 8 de março. Mais do que ganhar uma rosa, eu quero ser vista como um ser humano, não como um ser mais frágil, mais submisso e, em vários aspectos, inferior. 

Pense nisso. E um feliz dia da mulher para você, hoje, amanhã, e depois de amanhã... :)
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





#cocotanerdday

terça-feira, 5 de março de 2013
E aí que hoje é o dia mais lindo do mundo e a blogueira que vos fala está fazendo 25 aninhos. E é muito bizarro isso, porque eu não me sinto com esta idade, e hoje me sinto muito mais viva e bem-disposta do que aos 15, sem sombra de dúvida!



Durante o ano que passou, muitas coisas aconteceram. Emagreci bastante e voltei a cuidar da minha alimentação, retornei à academia depois de vários meses de sedentarismo e retomei objetivos que estavam adormecidos. 

Posso ser clichê? O blog com certeza foi um dos melhores presentes que eu ganhei, amo poder interagir com tanta gente de gostos parecidos e objetivos semelhantes aos meus, e fico hiper-ultra-feliz quando alguém me toma como "inspiração", massageia meu ego e me faz sentir útil, por assim dizer.

Não vou mostrar look de aniversário nem nada do tipo, porque hoje vou trabalhar e tenho aula à noite, e nem vou comemorar hoje. Dia normal. Vai rolar #cocotanerdday no fim de semana, contudo, e prometo fotografar meu vestido novo mais lindo do universo. Tô empolgadíssima para usar! \o/

Para compensar o fato de que não vou fazer praticamente nada para comemorar hoje, pretendo enfiar os dois pés na jaca, me jogar na comida japonesa e comer um docinho bem gostoso. É só hoje, e eu mereço. :)

Vamos lá, me mime e me bajule, afinal, hoje é meu dia! \o/ 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.
 
© Blog Colecionando Prosas - Março/2017. Todos os direitos reservados.
Criado por: Maidy Lacerda Tecnologia do Blogger.
imagem-logo