E-Books ou "Livros de Papel"?

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Toda vez que eu falo sobre o Kindle em algum vídeo ou post surge, invariavelmente, algum comentário dizendo "mimimi, nada se compara ao cheiro de um livro físico". Eu acho este tipo de comentário uma besteira, honestamente, porque são mídias diferentes, cada qual tem suas vantagens e desvantagens e, portanto, não são exatamente comparáveis. Mas este assunto dá o que pensar. Afinal, será que os e-books substituirão os livros físicos e os e-book readers como o Kindle e o Kobo são a versão moderna da estante?



Em minha opinião, livros têm um valor simbólico que ultrapassa a história contada naquelas páginas: livros são objetos de desejo, muitos contribuem para a decoração de ambientes (quem nunca comprou um livro péla capa, só porque queria tê-lo na estante?), e alguns chegam a ser considerados itens de colecionador. Quem não é bibliófilo não entende como pode uma primeira edição, ou um livro de edição limitada, custar tão caro. Mas quem conhece o valor de um livro, paga feliz o preço de uma edição caprichada, com edição e traduções impecáveis, linda de se exibir para outros amantes de livros!

Eu confesso que antigamente era do time das bibliófilas radicais que amam papel e que pensavam que jamais iriam se render ao mercado de e-book. Mas isso mudou quando eu conheci o Kindle! Obviamente, não acho que ele substitua o cheiro de livro novinho, ou o prazer de folhear pela primeira vez um livro há muito desejado. Mas, hoje, considero meu Kindle um gadget imprescindível e indico para qualquer pessoa que gosta de ler. É muito confortável ler no Kindle por causa da tecnologia da tinta eletrônica, que imita com perfeição a impressão em papel. Ouso dizer que dou preferência a ler livros mais grossos no Kindle, pois não há o incômodo de ficar segurando um livro pesado enquanto vira as páginas. E, a principal vantagem: é leve e cabe na bolsa, o que significa que eu posso carregar quantos livros eu bem entender sem ficar com dor nas costas.





Quando eu amo muito um livro, faço questão de ter na estante. Assim, já aconteceu de eu ler um e-book no Kindle, me apaixonar e acabar comprando o livro mesmo sem pretender reler, apenas para ter um exemplar para chamar de meu. Ainda assim, acho que o Kindle vale muito a pena para as traças como eu, que gostam de ler de tudo um pouco. Fora que, não sei por que, sempre leio muito mais rapidamente no Kindle!

Minha opinião é de que, não, os e-books não substituirão os livros físicos. São mídias diferentes, com interfaces diferentes, cada qual com prós e contras. Continuo amando o Kindle, mas não dispenso o prazer de comprar livros e engordar minha estante, como você pode perceber nos vídeos de book haul que volta e meia eu posto lá no canal do Cocota Nerd

E você, também tem o hábito de ler e-books, ou é do time dos livros de papel? 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Cocota Nerd Lê: A Corte do Ar

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Sabe quando um livro tinha absolutamente tu-do para te ganhar por completo, mas acaba ficando aquém das suas expectativas? Foi essa a minha relação com A Corte do Ar, do Stephen Hunt, que a Editora Saída de Emergência gentilmente me enviou. Estava mega empolgada com este livro, porque nunca tinha lido nada do gênero steampunk e este título é aclamadíssimo, logo, o que poderia dar errado? Acontece que a leitura não fluiu da maneira desejada, e pretendo explicar o motivo nos próximos parágrafos.


A Corte do Ar é ambientado na Inglaterra Vitoriana, habitada por reis, homens-vapor e muitas entidades fantasiosas. O livro narra a história de Molly Templar e Oliver Brooks, dois órfãos que não se conhecem mas compartilham de uma sina terrível: ambos estão sendo perseguidos por pessoas desconhecidas, e ambos têm o poder para salvar o mundo de um mal que, até então, não se sabe exatamente qual é.

A história é extremamente bem escrita, dá para ver que o autor se esmerou para criar um universo totalmente original e verossímil. Eu consegui me identificar com vários aspectos das personagens e adorei várias quotes, tanto que marquei passagens e mais passagens com post-its. Apesar disso, achei o livro um pouco irregular, alternando trechos eletrizantes com outros repletos de marasmo.

Para começar, achei bem difícil entender a história, principalmente pelo fato de não estar familiarizada com o gênero. Como a mitologia criada por Hunt é bem rica e complexa, é preciso ter muita atenção para não perder pequenos detalhes, e eu simplesmente não estava nessa vibe de ler prestando atenção em cada letrinha. Depois de umas duzentas páginas me adaptei, mas, ainda assim, achei que a história demorou a engrenar. 

Outra coisa que me incomodou demais é que realmente não vi necessidade de gastar mais de 500 páginas com este livro, a história poderia ser mais ágil e ser condensada em bem menos páginas, achei cansativo e no fim, tudo o que eu mais queria era terminar logo. Novamente, talvez a culpa seja minha, que não estou muito no clima de livros longos e altamente descritivos, mas ainda assim, ainda sou fã da objetividade. 

Só falei até agora dos pontos negativos, mas o livro tem pontos muito positivos, como a alta crítica social contida nas entrelinhas. Dentre outros dramas, a história apresenta conflitos entre direita e esquerda, entre monarquia e república, entre pessoas que querem lutar para mudar o mundo e outras que desejam a manutenção do status quo. Há inclusive um personagem claramente inspirado em Karl Marx, que escreveu um livro igualmente inspirado n'O Manifesto Comunista. Dá para pescar várias referências, e eu achei isso incrível.

Outra coisa que eu amei foi outro assunto que é trazido à tona no fim do livro: será que, ao chegar o poder, aqueles que antes eram oprimidos continuam pensando no bem do povo, ou o poder acaba subindo à cabeça e eles se tornam, ironicamente, opressores? Esta questão aparece em distopias como A Esperança (Suzanne Collins) e A Revolução dos Bichos (George Orwell) e achei muito bem colocada, me deu no que pensar. O livro é lotado de referências e, como falei, dá para tirar diversas reflexões, inclusive traçando um paralelo com a própria história da nossa sociedade. E foi aí que o livro me fisgou.

Pode parecer que não gostei do livro, mas a verdade é que eu gostei, mas não sou exatamente o público-alvo deste tipo de história, por isso não pude tirar total proveito dela. Já vi pessoas falando maravilhas de A Corte do Ar no YouTube e no Skoob, e tenho certeza que muitos fãs de fantasia e de ficção científica vão amar esta série! Não é a minha praia, mas reconheço a qualidade da obra.

No vídeo eu falo um pouco mais sobre isso e dou uma opinião mais redondinha sobre o livro.


E é isso! Se você tem algum livro steampunk para me indicar faça-o nos comentários, porque fiquei interessada no gênero e quero conhecer um pouco mais. Vou ler a série O Protetorado da Sombrinha logo menos, e conto minha opinião por aqui. ;)

Gostou do livro? Então compre online:





Disclaimer: Este livro foi enviado pela editora para resenha. Tudo o que foi exposto neste artigo é baseado em minha opinião sincera e não recebo nenhum tipo de compensação para escrever o post.
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Sobre sonhos e objetivos

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Pare e pense antes de responder: qual é o seu maior sonho? E ele é o mesmo de cinco anos atrás? Algumas pessoas se mantêm fiéis aos seus sonhos, metas e objetivos. Outras, como eu, mudam de ideia várias vezes ao longo da vida.

Quando eu entrei na faculdade queria porque queria ser redatora publicitária. Na minha cabeça, eu gostava de escrever, e era criativa, logo, tinha tudo o que era preciso para ter sucesso na profissão. Ledo engano. Eu não sou comercial, não presto para vender coisas, sou transparente até demais. No meu caso, precisei esperar alguém me falar claramente que não, eu não servia para isso, para eu cair na real e procurar outro caminho. Mas no fundo eu já sabia há muito tempo. E foi um alívio ouvir a verdade nua e crua jogada na minha cara, porque aí pude mudar de área sem culpa. 

Depois, eu queria muito “trabalhar fora”. Na minha cabeça, faria eu me sentir mais útil para a sociedade. Quando eu era uma dona de casa entediada em São Paulo, vinha para o Rio e ficava morrendo de invejinha das pessoas de roupa social no metrô, voltando para casa após trabalhar um dia inteiro. Porque pelo menos a vida delas devia ser cheia de emoções que não cabiam na minha vidinha pacata no interiorr. Sentia falta de não ter que lidar com pessoas diferentes todos os dias, e de não passar o dia inteiro de pijama.

E aí, quando eu finalmente arrumei um emprego formal, com carteira assinada e tudo como manda o figurino (diga-se de passagem que isso aconteceu há menos de um ano!!) descobri que não é mais isso que me completa. Não é O emprego em si, é o sistema de emprego com mil burocracias, e horários inflexíveis, é a monotonia. Tem pessoas que nasceram para isso, mas eu descobri que não sou uma delas. Gosto mesmo é de poder fazer meus horários da maneira como me aprouver, ser livre para mudar de ideia no meio do vídeo, trabalhar de madrugada se quiser tirar a tarde de folga para espairecer e ir ao cinema. Em outras palavras, de repente eu me dei conta que o meu sonho é trabalhar por minha própria conta, e ser CEO da minha própria vida como diz a Helô




No momento eu encaro o blog como um "emprego informal". Mais o canal do que o blog, na verdade, já que os vídeos exigem de mim muito mais tempo e disciplina. O Cocota Nerd mudou muito ao longo destes quase três anos, assim como eu também mudei, e o perfil das pessoas que me acompanham também mudou. Mas, para mim, ainda não é o bastante. Quero viver de produzir conteúdo e de ajudar a deixar o mundo das pessoas mais bonito, seja indicando um livro muda-vidas, sendo compartilhando dicas imperdíveis. Por enquanto, não é possível. Não enquanto o que ganho com ele é o suficiente apenas para cobrir meus gastos com equipamento, domínio, propaganda e coisas para testar e mostrar aqui. Não tem jeito, para ele dar frutos, é preciso que cresça.

E é por isso que todo o meu tempo livre atualmente é dedicado a gravar e editar vídeos, tirar fotos, e escrever posts. Porque é o meu sonho, o meu objetivo, e eu estou lutando por ele. Se não rolar, não rolou, e a vida segue. Mas, pelo menos, vou poder dizer que eu corri atrás.

Eu me recuso a viver sem um sonho, mesmo que amanhã ou depois eu me dê conta de que aquilo, afinal, não era o que eu mais queria. O que vale é a busca, e não só o resultado. E você? O que está fazendo pelos seus sonhos? Ainda se lembra das metas de ano-novo? Lute por elas! Depois me conte se deu resultado. ;)
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Tudo sobre a minha câmera: Sony Nex-F3

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Quem me acompanha no YouTube já sabe que recentemente eu troquei de câmera, para alegria dos meus 2.400 inscritos que não precisam mais assistir a vídeos com qualidade de imagem duvidosa. Optei por comprar a Sony Nex-F3 e não uma DSLR por vários motivos. Ela é menor, mais leve, mais barata e mais simples de mexer do que uma Canon, por exemplo, mas grava em Full-HD, faz auto-retrato, troca lente e tem tudo o que eu precisava para melhorar a qualidade dos vídeos. Vi como um investimento, mesmo, já que eu realmente encaro o canal como uma espécie de emprego. Como acho que dica boa a gente tem que compartilhar, vim falar um pouquinho mais sobre as funcionalidades da Sony Nex.



Apesar de muita gente afirmar o contrário, a Nex não é uma semi-profissional! Ela é classificada como point-and-shoot, pelo fato de possibilitar o uso de configurações automáticas caso o usuário não manje muito de fotografia. Apesar disso, tanto o zoom quanto o ajuste de foco são feitos manualmente, as lentes são intercambiáveis, há entrada para flash e microfone externos e mais inúmeras funcionalidades típicas das câmeras mais completas. Também dá para configurar ISO, Obturador, Diafragma, controle de branco e mais várias funcionalidades. 

Duas coisas que amei muito na Nex foram o autofocus e a possibilidade de levantar o visor! O foco automático está salvando a minha vida na hora de fazer vídeos em que preciso mostrar os produtos em detalhes, e levantar o visor é uma mão na roda, porque eu consigo ver como estou aparecendo no vídeo sem a necessidade de usar espelhinho. 

Outro ponto que faz dessa câmera muito boa para vloggers é que ela grava em 1080i, o que basicamente quer dizer que você consegue ver cada poro meu no vídeo, de tão boa que é a resolução. Também amo a possibilidade de gravar em mp4, o que facilita minha vida na hora de editar.

Praticidade define


A bateria dura bastante, muito mais do que a da minha câmera antiga (que era uma Cybershot dessas fuleirinhas que todo mundo tem), só que ela não vem com memory card, o que acho uma falha grave, porque vídeos em Full-HD consomem muito espaço. Acabei comprando no Mercado Livre um cartão SD de 16GB para não ter a desagradável surpresa de acabar o espaço no meio de um vídeo, e tem me atendido bem. 

Além do carregador e do cabo USB, ela vem com um cabo micro HDMI para ver as fotos na TV, e com uma alcinha para carregar. Gostei e achei bem completinha, agora preciso urgentemente comprar uma camera bag e um tripé para o meu mini-estúdio ficar perfeito. Também estou estudando a hipótese de investir em um microfone, porque não ando gostando do áudio dos meus vídeos. 

Estou batendo muito na tecla dos vídeos porque minha prioridade quando troquei de câmera era mesmo aumentar a qualidade dos meus, mas também recomendo muito a Sony Nex para fotos, é incrível como as imagens ficam muito mais nítidas, as cores mais fiéis e as fotografias muito mais bonitas com ela!

Eu comprei a minha no Submarino numa mega promoção e paguei R$1200 com frete grátis, mas sinceramente não pagaria o preço atual porque ouvi dizer que ela saiu/está saindo de linha, então considero  R$1800 um valor bem alto para uma câmera que já não é tão top. De qualquer forma, atendeu muito bem as minhas necessidades e achei o custo-benefício bem bacana. Fica aí a dica e aproveite para me acompanhar em Full-HD no canal do Cocota Nerd. ;) 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Ultralafa e suas crônicas em quadrinhos

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Eu sempre gostei de histórias em quadrinhos. Foi, inclusive, com a Turma da Mônica que eu aprendi a ler (e a amar ler). Mas depois de adulta tinha deixado as HQs meio de lado e estou tentando retomar o hábito. E um livro ótimo para isso é Ultralafa, de Daniel Lafayette. Com a proposta de narrar um mundo paralelo do nosso dia-a-dia, ele traz em suas páginas muitas referências a fatos cotidianos, à cultura pop e até à literatura. 

São muuitas tirinhas individuais, o que achei ótimo, pois conseguem contar uma história em poucos quadrinhos. Apesar de se tratar de histórias ilustradas, achei a escrita muito gostosa de ler, com uma pitadinha de ironia aqui e acolá e vários easter eggs

Achei bem bacana a "curadoria" das tirinhas escolhidas para entrar no livro, porque mescla bem as tiras de conteúdo mais sério/político/reflexivo, que fazem uma crítica à sociedade de maneira bem-humorada, com as tiras mais engraçadas e despretensiosas. Assim, o livro não fica cansativo de ler, porque trata de diversos temas diferentes e aleatórios. A propósito, eu li esse livro em uma noite, foi uma leitura bem leve e rápida, mesmo. 

Vou mostrar algumas das minhas tirinhas favoritas de Ultralafa. Eu juro que tentei gravar um vídeo falando sobre este livro, mas eu tenho dificuldade de mostrar quadrinhos em vídeo, então resolvi fazer o post por escrito. 


Mistureba: referências à Star Wars e um rápido comentário sobre o hábito de se pedir diversas "saideiras" no bar (quem nunca?) na mesma página. 


Crítica (e alfinetada) de leve aos reacionários nossos de cada dia e sua arrogância costumeira...


Muitas, muitas, muitas referências à cultura pop: Lego, Popeye, Cebolinha e palavrões sem censura. \o/


Easter Egg: Hermann Hesse e seu O Lobo da Estepe também figura no livro, com o personagem Hermann, o lobo solitário. 


Hannibal, mais Star Wars e humor negro.



Outras referências: Mickey, os patinhos escoteiros do Pato Donald, Garfield...


Quem nunca vendeu a alma ao diabo para comprar um par de sapatos novos, não é? =P



Amo essa tirinha da dieta! hahahaha
Me sinto como a mosquinha quando me jogo de corpo e alma numa bacia caixa de chocolate cheio de gorduras e açúcares e delícias. 


Para quem se interessou, o Daniel Lafayette tem um blog muito bacana onde ele posta suas tirinhas regularmente, e vale a pena ficar de olho. ;)

Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Leituras de Janeiro + Livros recebidos

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Janeiro foi um mês e tanto no Escritório Cocota Nerd. Chegaram vááárias coisinhas legais aqui em casa das editoras parceiras, e eu consegui ler cinco livros, yay! "Só" faltam 47 para a minha meta do ano. Resolvi contar em vídeo o que foi que eu li mês passado e o que tem de novidade por aqui. Aguarde que vou fazer vídeo de tudo ;)

Vamos deixar de enrolação e dar o play?



Livros mencionados no vídeo

- A cidade inteira dorme e outros contos
- Crônicas marcianas
- Enfeitiçadas
- Bliss
- Will & Will um nome, um destino
- Feliz ano velho
- O substituto
- Nick and Norah's Infinite Playlist
- A corte do ar

Compre livros online com segurança e preços bacanas:





E você, leu o que de bom em janeiro? Já leu algum destes livros que eu citei? Conta para mim ;)
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Cocota Nerd Lê: O Substituto, de Brenna Yovanoff

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Alguns livros eu compro só pela capa, e acabo me decepcionando. Mas, felizmente, esse não foi o caso de O Substituto, de Brenna Yovanoff, editado aqui pela Bertrand Brasil.. Além da capa maravilhosa, a história deste livro é incrível! O universo construído é super criativo e diferente de outros romances que já li, mas nada disso é mais importante do que a construção dos personagens, que é maravilhosa e muito rica, e as relações humanas que existem por trás da fantasia e do sobrenatural da narrativa.



O Substituto conta a história de Mackie Doyle, um substituto. Mas, Fabiola, o que raios é um substituto? Bom, um substituto nada mais é do que uma criança que se parece com uma criança humana, mas com algumas peculiaridades, como a alergia ao ferro e ao solo sagrado. Na província de Gentry, de tempos em tempos uma criança é levada de sua casa e, em seu lugar, é deixado um substituto.

Mackie Doyle, o herói de nossa história, é um dos poucos substitutos que consegue chegar vivo à adolescência. Porém, logo descobre que vai acabar morrendo se continuar vivendo em nosso mundo, "venenoso" para a sua espécie, e preciso tomar providências quanto a isso. Nesse meio tempo, estranhos acontecimentos acabam o forçando a procurar suas origens e tentar descobrir, afinal, o que ele é e qual é o seu lugar no mundo.

Os dramas de Mackie servem como metáfora para os dramas de todo adolescente. Quem nunca se sentiu inadequado, um peixe fora d'água? Quem nunca se perguntou qual era  seu lugar, ou se sentiu como se não se encaixasse em lugar algum. Eu já. E aposto que você também. Todos nós somos um pouco como o Mackie. E eu adorei o foco que a autora deu para os dramas familiares e pessoais do personagem, fazendo com que, por incrível que pareça, a mitologia sobrenatural acabasse dividindo espaço com uma profunda reflexão.

Fora a temática super legal e diferente, a história é muito bem contada e eu achei o universo criado por Yovanoff bastante criativo e divertido de se ler. Minha única ressalva é quanto ao final um pouquinho corrido, mas isso eu relevo porque nada é perfeito, e este realmente foi um livro que me surpreendeu bastante.

No vídeo que eu fiz eu conto mais detalhes sobre a história. :)



Preciso dizer que O Substituto está recomendadíssimo? Não, né?

Caso tenha se interessado, compre o livro online nos links abaixo:




Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Carioquices: Parque Lage

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
Eu tenho uma relação meio de amor e ódio com passeios ao ar-livre: acho maravilhoso estar em contato com a natureza, ver paisagens bonitas e relaxar longe da correria da vida, mas, por outro lado, detesto calor, detesto insetos, detesto passar perrengue, de modo que nunca havia ido ao Parque Lage em todos esses vinte e cinco anos de carioquice fake. E daí que semana passada surgiu a oportunidade de eu ir lá com uns amigos e, como eu queria conhecer o lugar e queria testar como minha câmera nova (falo sobre ela em um outro post) se comportava em fotos outdoor, aproveitei a deixa e digo logo que foi mágico.



O Parque é bem maior do que eu imaginava, e tem várias coisas para fazer (eu pensava que seria só mato, mato e mais mato!). Tem a famosa piscina que apareceu no clipe do Snoop Dogg, tem um aquário sensacional que fica dentro de uma caverna, tem lugar para fazer piquenique, mirante e muitas, muitas trilhas! 

Sério, aconselho não seguir o meu exemplo e ir lá de tênis, porque anda-se muito e alguns caminhos são bem tortuosos.  E leve protetor solar, repelente, boné e todas essas coisas que a gente acha que é frescura, mas que são uma mão na roda para este tipo de passeio. Dá para comprar coisas para beber por lá, mas eu super aconselho levar garrafinha de água porque as bebidas são meio caras. 




Eu confesso que, depois de um tempo, ficar desbravando trilhas diferentes para chegar no mesmo lugar perdeu um pouco a graça e comecei a ficar entediada, daí simplesmente fiquei tirando muuuuuitas fotos e me divertindo sozinha enquanto os amiguinhos brincavam de Discovery Channel. Mas ó, super vale a pena passear e descobrir lugares novos, as paisagens são incríveis e rendem belas fotografias.




Não nasci para modelar

A gente entrou na onda do #isoporzinho e fez piquenique por lá. Existem áreas próprias para isso e é bem gostoso ficar beliscando coisinhas de papo pro ar enquanto joga conversa fora. Só não vale largar o lixo lá depois, né? Fica a dica. ;)

Então, taí minha sugestão de programa para um fim de semana preguiçoso. O Parque Lage é um passeio super legal e, melhor ainda, totalmente gratuito. 




E você, tem um lugar bacana aqui no Rio para me indicar?

Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Cocota Nerd Lê: A Menina que Roubava Livros

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014


No meu mundinho de leitora, existem dois tipos de livros: aqueles que a gente lê para se divertir, passar o tempo, e esquecer da história meia hora depois de passar a última página, e aqueles que nos marcam e levam a reflexões, arrancando emoções que a gente nem sabia que existiam antes. Para mim, A Menina que Roubava Livros, do Marcus Zusak, faz parte neste segundo grupinho de livros seletos que entram no meu coração e nunca mais saem de lá. Li logo que a Intrínseca o lançou por aqui e a-mei. E agora, que a adaptação para os cinemas já estreou e o livro voltou à moda, resolvi que era hora de vir aqui falar sobre ele.



O livro conta a história de Liesel, a menina que dá nome ao livro. Ela vive na Alemanha nazista e é adotada por uma família tradicional, já que seus pais eram comunistas e isso não era visto com bons olhos. Com Hans e Rosa, sua "nova" família, Liesel vai passar por bons e maus momentos, conhecer os horrores da guerra e do Holocausto, e aprender a amar os livros de uma maneira bastante peculiar.

Quando ela rouba seu primeiro livro, as circunstâncias não poderiam ser mais tristes: ela estava no cemitério, no velório de seu irmãozinho, quando vê um livro cair do bolso do coveiro e, rapidamente, é tomada pelo desejo súbito de possuir aquele livro. Note que, neste momento, ela sequer sabia ler! Mas o amor pelos livros, pelas palavras, pela literatura, já estava se formando. Quem mais se identifica com o sentimento? o/




Uma coisa bem legal neste livro é que a história é narrada por ninguém menos que a Morte. Vivendo em um país em guerra, nada mais natural que Liesel houvesse estado cara a cara com a morte algumas vezes, e esta famigerada narradora conta ao leitor como foram seus três encontros com a menina que roubava livros. Muito, muito lindo e emocionante, desnecessário dizer que eu chorei cachoeiras, né?

Marcus Zusak nos brinda com uma chuva de quotes impagáveis e uma narrativa sutil, que emociona naturalmente, sem precisar de apelação. Completamente necessário para quem é apaixonado por livros e por histórias bem contadas.



No vídeo, eu conto mais sobre minhas impressões em relação ao livro de Marcus Zusak e falo da adaptação cinematográfica (que, sim, eu já assisti). Caso tenha curiosidade de saber mais, é só me assistir.




E é isso. No vídeo eu reclamei que não dava mais para encontrar a edição com a capa original nas livrarias, mas descobri que várias lojas online ainda têm, então fica aí a dica para quem se interessar.

Compre o livro online:






E você, já leu ou vai ler A Menina que Roubava Livros
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.
 
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