Sobre sonhos e objetivos

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Pare e pense antes de responder: qual é o seu maior sonho? E ele é o mesmo de cinco anos atrás? Algumas pessoas se mantêm fiéis aos seus sonhos, metas e objetivos. Outras, como eu, mudam de ideia várias vezes ao longo da vida.

Quando eu entrei na faculdade queria porque queria ser redatora publicitária. Na minha cabeça, eu gostava de escrever, e era criativa, logo, tinha tudo o que era preciso para ter sucesso na profissão. Ledo engano. Eu não sou comercial, não presto para vender coisas, sou transparente até demais. No meu caso, precisei esperar alguém me falar claramente que não, eu não servia para isso, para eu cair na real e procurar outro caminho. Mas no fundo eu já sabia há muito tempo. E foi um alívio ouvir a verdade nua e crua jogada na minha cara, porque aí pude mudar de área sem culpa. 

Depois, eu queria muito “trabalhar fora”. Na minha cabeça, faria eu me sentir mais útil para a sociedade. Quando eu era uma dona de casa entediada em São Paulo, vinha para o Rio e ficava morrendo de invejinha das pessoas de roupa social no metrô, voltando para casa após trabalhar um dia inteiro. Porque pelo menos a vida delas devia ser cheia de emoções que não cabiam na minha vidinha pacata no interiorr. Sentia falta de não ter que lidar com pessoas diferentes todos os dias, e de não passar o dia inteiro de pijama.

E aí, quando eu finalmente arrumei um emprego formal, com carteira assinada e tudo como manda o figurino (diga-se de passagem que isso aconteceu há menos de um ano!!) descobri que não é mais isso que me completa. Não é O emprego em si, é o sistema de emprego com mil burocracias, e horários inflexíveis, é a monotonia. Tem pessoas que nasceram para isso, mas eu descobri que não sou uma delas. Gosto mesmo é de poder fazer meus horários da maneira como me aprouver, ser livre para mudar de ideia no meio do vídeo, trabalhar de madrugada se quiser tirar a tarde de folga para espairecer e ir ao cinema. Em outras palavras, de repente eu me dei conta que o meu sonho é trabalhar por minha própria conta, e ser CEO da minha própria vida como diz a Helô




No momento eu encaro o blog como um "emprego informal". Mais o canal do que o blog, na verdade, já que os vídeos exigem de mim muito mais tempo e disciplina. O Cocota Nerd mudou muito ao longo destes quase três anos, assim como eu também mudei, e o perfil das pessoas que me acompanham também mudou. Mas, para mim, ainda não é o bastante. Quero viver de produzir conteúdo e de ajudar a deixar o mundo das pessoas mais bonito, seja indicando um livro muda-vidas, sendo compartilhando dicas imperdíveis. Por enquanto, não é possível. Não enquanto o que ganho com ele é o suficiente apenas para cobrir meus gastos com equipamento, domínio, propaganda e coisas para testar e mostrar aqui. Não tem jeito, para ele dar frutos, é preciso que cresça.

E é por isso que todo o meu tempo livre atualmente é dedicado a gravar e editar vídeos, tirar fotos, e escrever posts. Porque é o meu sonho, o meu objetivo, e eu estou lutando por ele. Se não rolar, não rolou, e a vida segue. Mas, pelo menos, vou poder dizer que eu corri atrás.

Eu me recuso a viver sem um sonho, mesmo que amanhã ou depois eu me dê conta de que aquilo, afinal, não era o que eu mais queria. O que vale é a busca, e não só o resultado. E você? O que está fazendo pelos seus sonhos? Ainda se lembra das metas de ano-novo? Lute por elas! Depois me conte se deu resultado. ;)
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.

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