“Uma mistura de Jason Bourne e James Bond. Um suspense sensacional”
Me interessei por O Caso Rembrandt, de Daniel Silva, pela capa e pelo título quando estava passeando despretensiosamente pela livraria e, quando vi a sinopse, decidi que queria ler o livro. Não vou mentir, à primeira vista O Caso Rembrandt me lembrou muito Dan Brown, tanto na forma como no conteúdo. Mas logo Daniel Silva trilha um caminho só seu e desfaz essa impressão inicial. Acho que o mais inovador foi focar em espionagem, que é algo meio fora do comum no meu universo de leitora.
O livro começa com um assassinato. Um restaurador de arte é encontrado morto e, na mesma ocasião, Rembrandt no qual ele estava trabalhando é roubado. Para investigar a morte de um restaurador de arte, só mesmo um colega de profissão, e é assim que o ex-espião (e atualmente restaurador!) Gabriel Allon é chamado para o caso. Estas duas facetas do mesmo personagem são postas em cheque em diversas passagens do livro e eu gostei bastante de como a espionagem se mistura com a arte na narrativa.
Para desvendar o Caso Rembrandt, Gabriel utiliza seu cérebro privilegiado e a ajudinha da tecnologia, em uma trama envolvente que prende o leitor e tira o fôlego do início ao fim. Além de referências à arte, há no livro muita espionagem, conspirações, conflitos internacionais e terrorismo e, por incrível que pareça, eu achei que esta mistura inusitada deu muito samba. Tudo isso em uma narrativa clara, fluida e que não deixa o leitor entediado, o que era o meu maior medo quando peguei o livro para ler.
Uma coisa que gostei bastante é que Daniel Silva recheou seu livro com referências histórias. Há menções explícitas e implícitas à Segunda Guerra Mundial, ao Holocausto e a outros eventos igualmente tristes de nossa História, e eu curti muito como isso acabou se encaixando na trama. Outra coisa que preciso destacar é o personagem principal. Gabriel Allon é um protagonista sensato, honesto e, acima de tudo, muito inteligente, o que é sempre bom em histórias de suspense (não sei você, mas eu me irrito demais com "mocinhos burros" #prontofalei).
Posso dizer que O Caso Rembrandt fugiu totalmente da minha zona de conforto e é diferente de tudo o que já li na vida. E foi uma delícia, porque fui pega de surpresa a cada página!
Recomendo demais este livro para quem gosta de histórias surpreendentes e que fujam do comum. :)