Livro Nada a Dizer, de Elvira Vigna

segunda-feira, 24 de junho de 2013
Sou do time que defende que, além de divertir e informar, os livros também têm o papel de nos fazer refletir. Não que eu dispense os livros escritos exclusivamente para entretenimento, porque às vezes necessito deles para desopilar a cabeça. Mas minha praia são mesmo os livros que me obrigam a pensar. Foi o caso do romance Nada a Dizer, de Elvira Vigna.



Eu conheci a autora por causa de um post da Ju d’O Batom de Clarice, e logo que bati os olhos em Nada a Dizer já sabia que iria gostar. Isso porque a história de um adultério contada sob a percepção da própria mulher traída tinha tudo para me emocionar por mil e um motivos. E eu não estava enganada.

A narradora não tem nome, o que faz com que possa ser qualquer uma de nós, afinal, atire a primeira pedra quem nunca sofreu uma desilusão amorosa. Marquei várias passagens do livro com que me identifiquei, mesmo a protagonista sendo, em tese, muito mais velha e totalmente diferente de mim. A história do casal que se muda do Rio para São Paulo e lá vê o amor se desgastar e se tornar outra coisa também me pareceu dolorosamente familiar, se me permitem dizer.

Além disso, a escrita da autora flui maravilhosamente. É um livro fácil de se ler, embora a história seja difícil de se digerir. Ela é densa e intensa, e confere todo o tom de emoção que o enredo pede. Li muito rápido e não conseguia largar as páginas, o que havia muito tempo não acontecia. 

Gravei um vídeo comentando mais a fundo minhas impressões sobre o livro, e indico muito a leitura.



Já comprei no sebo mais um livro da Elvira Vigna, Coisas que os homens não entendem, e baixei o promissor O que deu para fazer em matéria de história de amor, porque sou assim. Quando eu amo alguma coisa, I just can’t get enough. 

Fica aí a dica de uma autora nacional realmente boa. ;)
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Dica de domingo: O melhor da telona

domingo, 23 de junho de 2013
Em tempos de protestos e teorias de conspiração borbulhando internet afora, muita gente tem me convidado para um evento "Um dia sem globo" no facebook. E eu fico rindo sozinha sempre que me mandam um convite desse, porque na minha casa dia sem globo é todo dia, já que minha TV é meramente objeto decorativo! Bobeiras à parte, eu tenho uma única televisão em casa, pequena e antiga, que é ligada basicamente quando eu tenho visitas. Tudo o que eu não invisto em um televisor mais moderno e em TV a cabo eu invisto em internet de alta velocidade, assim posso baixar tudo o que quero e ver no conforto do meu monitor, sem ficar escrava da grade de programação.

Sempre baixei muitas séries, mas os filmes eu acabava alugando por comodismo mesmo. Recentemente passei a me aventurar no mundo do download de filmes e sempre baixei por torrent, mas como encontrei um site muito sensacional resolvi vir compartilhar a dica.



O site O Melhor da Telona tem bastante variedade de títulos, separados por gênero. A pesquisa funciona e é bem fácil de encontrar o filme que se quer ver, já legendado e pronto para assistir. É bem fácil baixar pelo site, não tem que instalar nenhum programa ou barra de navegação, e com poucos cliques você consegue fazer o download. Os filmes já vêm legendados em RMVB, formato ótimo e leve para assistir no PC, mas que não serve para assistir na TV (no caso, teria que converter). 

O que mais gostei neste site é que, diferentemente de vários outros sites de download, ele disponibiliza vários clássicos! Adoro filmes cult/alternativos e bem sei como são difíceis de encontrar sem ter que recorrer ao torrent. Lá n'O Melhor da Telona tem vários, inclusive foi lá que baixei o Daydream Nation, filme indie de onde saiu a cena do gif sobre slut-shaming que eu postei aqui e várias pessoas me perguntaram de onde era.

Enfim, fica aí a dica, depois que conheci este site meus HDs têm sofrido, porque baixei muuuuita coisa para assistir.

Você tem outro site de downloads para me recomendar? Deixa a dica aí nos comentários!




Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Como converter e-books para o Kindle

terça-feira, 18 de junho de 2013
Os assuntos sobre o Kindle não se esgotam! Sempre utilizei o programa Calibre para fazer a conversão de qualquer formato de e-book para o MOBI, formato que o Kindle lê preferencialmente. Porém, recentemente, fiquei sabendo que existem dois outros meios de converter, e são ainda mais fáceis e práticos. 



A primeira dica é utilizar o e-mail Kindle que você recebe da Amazon quando compra o aparelho. Basta procurar nas configurações do seu Kindle para descobrir qual é o seu e-mail Kindle. Para transferir arquivos direto para o seu dispositivo, basta enviar uma mensagem para o e-mail Kindle com o e-book desejado em anexo. Se o seu email for: fulanadetal33333@gmail.com provavelmente deverá enviar os e-books que deseja converter para fulanadetal33333@kindle.com.

Caso o e-book já esteja em formato MOBI, não precisa escrever nada no campo de mensagem, nem no de assunto. Já se o documento estiver em outro formato de texto, como DOC, PDF ou mesmo EPUB, coloque como assunto do e-mail a palavra Convert. O e-book chegará já convertido e pronto para a leitura em seu Kindle. Assim que o Kindle conseguir captar sinal de wi-fi, o livro será enviado para a biblioteca.

Achei o máximo saber disso, uma funcionalidade muito prática que a Amazon oferece a seus usuários. Não ria de mim, mas em dois anos utilizando o aparelho, eu só fui descobrir isso agora!

A segunda dica é utilizar o aplicativo Send to Kindle. Basta instalar no computador o Kindle for PC e clicar com o botão direito em cima do arquivo que deseja enviar. O programa envia o arquivo de texto direto para o Kindle e o converte automaticamente. 

O Send to Kindle também está disponível em forma de extensão para o Chrome e o Firefox. Tenho usado no Chrome e achando bem prático. Também existe a versão mobile, uso no Android e amo, porque também posso enviar e-books para ler no celular em emergências. Vai que eu esqueço meu Kindle em casa, né? Tem para download no Google Play. Não sei se tem para iPhone também, vale a busca na App Store. 

Fiz um vídeo hiper-explicativo ensinando a converter e-books para ler no Kindle sem necessariamente ficar refém da Amazon e do Calibre, se quiser saber mais, é só assistir:



E você, já aderiu aos livros digitais?
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Sobre slut-shaming e declarações infelizes

sábado, 15 de junho de 2013
Há alguns dias a Marina Ruy Barbosa apareceu por aí dando declarações infelizes sobre “mulheres rodadas não conseguirem atrair homens decentes” e outras pérolas. Sinceramente, nem dou trela para estas jovens atrizes porque, em geral, para uma sensata há 9 alienadas que só sabem do mundo aquilo que o papai e a mamãe contam. Enfim, ignorei os comentários da moça, até porque eu também já tive a idade dela e também já falei muita besteira, com a pequena diferença que as besteiras que eu falava não eram ouvidas em rede nacional. Por sinal, nunca achei que um dia eu iria admirar a Nana Gouvêa, mas ela arrasou rebatendo as declarações da Marina

Mas eu fico meio abismada de ver mulheres na casa dos vinte anos mergulhadas em conservadorismo. Porque, sim, apoiar esta ideia retrógrada de “mulheres de respeito x mulheres da vida” é tão antiquado que até me faltam palavras para descrever.



E olha, até acho que todo o mundo tem direito a ter sua própria opinião, ainda que eu não concorde. Democracia é isso, liberdade de expressão é isso. Só que, quando você é uma pessoa pública tem que tomar cuidados redobrados na hora de se posicionar acerca de assuntos “polêmicos” porque querendo ou não você é formadora de opinião, você influencia outras pessoas. E, sem querer, pode acabar contribuindo para a disseminação de ideias não tão legais. 

Sei não, mas me parece, no mínimo, perigoso, reforçar indiretamente a ideia de que as mulheres precisam ser “decentes” (leia-se: não serem livres para fazerem o que bem entendem) para ter valor na sociedade. Porque aí pode começar a parecer normal chamar a coleguinha de colégio que ficou com dois garotos na festinha de “galinha” ou coisas piores. E espalhar boatos sobre a menina “mal-falada” da turma, acabando com a sua auto-estima. E aprendemos desde cedo a praticar o slut-shaming* e a cercear o comportamento das mulheres.









É claro que ela não disse, literalmente, que apoiava o slut-shaming. Mas, indiretamente, pensar e apoiar este pensamento besta de que mulheres só têm valor se forem puras e castas dá margem para esta interpretação. E, em pleno século XXI, tal comportamento me parece não só anacrônico, mas também incoerente e injusto, visto que dos homens nunca se espera um comportamento puro e casto. 

E, olha, isso ficou como dica para mim, que tenho uma certa "credibilidade" na internet e pretendo escrever profissionalmente num futuro próximo: pensar cinquenta vezes antes de postar qualquer coisa nas redes sociais, porque o que o google indexa não sai nunca mais da internet, mesmo que você mude de opinião sobre o assunto em questão. E quando a gente trabalha vendendo sonhos e fantasias, é fundamental cuidar de nossa imagem para não nos queimarmos à toa.


*Segundo a Wikipedia, slut shaming é o termo usado para definir o ato de fazer as mulheres se sentirem culpadas ou inferiores por causa de seu comportamento sexual. 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Livro Uma Noite e Seis Semanas

quarta-feira, 12 de junho de 2013
Uma das coisas mais bacanas de se ter um blog é ter o reconhecimento de outras pessoas. É claro que é ótimo ganhar coisas das empresas, ter status de "imprensa" e tudo o mais, mas a melhor parte com certeza é saber que as pessoas acreditam em você, respeitam sua opinião e reconhecem o seu trabalho. Sério, é muito gratificante.

Um dos episódios mais interessantes da vida de blogueira foi quando, recentemente, um autor entrou em contato comigo, dizendo que concordava com muitas das minhas resenhas literárias e compartilhava das minhas opiniões e, que, por isso, gostaria muito que eu lesse seu livro sem compromisso. Aceitei e hoje, dois meses depois, venho fazer a resenha de uma das melhores e mais originais coisas que li nos últimos tempos: o livro Uma noite e seis semanas, de Tiago Morini.



Digo logo que não é um livro para todos. Sua sinopse é bem heterodoxa, eu diria, e aborda temas um pouco espinhosos para pessoas que não possuem a mente tão aberta. E foi justamente isso que me chamou a atenção, porque de tanto ler livrinhos mais do mesmo, eu estava ansiosa por novos ares. E foi exatamente isso que o livro de Tiago Morini proporcionou à minha vida de leitora: um sopro de originalidade em uma história bem escrita e bem construída. 

O livro conta a história das jovens Mariane e Leila, um casal de lésbicas de personalidades bem distintas mas que, ainda assim, se amam. Tudo ia bem em seu relacionamento quando Leila, de repente, aparece grávida, e não faz a menor ideia de como esta gestação aconteceu! A partir daí, a história dá mil reviravoltas, e outros elementos são adicionados, como o fanatismo religioso, interesses pessoais, jogadas políticas e outras polêmicas que não cabem aqui porque seriam spoilers.  

Confesso que achei BI-ZAR-RA a sinopse quando li e fiquei com medo de ser loucura demais para a minha cabecinha. Mas que nada, adorei a forma como a história foi contada e, principalmente, o final genial (e ousado) escolhido pelo autor.

Apesar de haver muitas cenas de sexo, com detalhes apimentados, não se engane: este não é um pornô-lésbico. Não é um romance erótico de maneira alguma, e sim uma história que aborda o sexo de uma maneira natural e não-censurada, sem meias palavras. Os palavrões também são uma constante, e são um elemento necessário ao enredo, já que faz parte da personalidade impetuosa de Mariane ser desbocada e falar o que pensa. Preciso dizer que me identifiquei absurdos com ela? 

Gravei uma vídeo-resenha falando um pouco mais sobre o livro e minhas impressões sobre ele, vale a pena assistir:


Ah, e detalhe mais fofo da vida: meu e-book veio autografado! Na dedicatória diz que eu sou "o equilíbrio entre o belo e o inteligente".  Muito amor, né? 

O Tiago publicou seu livro de maneira independente, em forma de e-book, e você pode baixar o livro gratuitamente. Recomendo MUITO a leitura e desejo muito sucesso para o autor. Adoro ver ideias novas criarem forma e florescerem. :)
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Naquela noite vazia

domingo, 9 de junho de 2013
Você me ligou naquela noite vazia e me valeu o dia

Era uma noite de novembro. Havia passado a última hora num quiosque, trabalhando em meu último conto enquanto bebia uma água de coco, olhando para o mar. Sim, é assim que me inspiro, é assim que trabalho. Mas divago.



Eu estava triste porque havia acabado de receber um esporro muito do injusto do meu ex-chefe idiota, e estava me sentindo um lixo. Era véspera de feriado e tudo o que eu conseguia pensar era: “só faltava isso para acabar com meu feriadão”. 

Mas aí você me ligou. Eram onze da noite de uma quinta-feira e eu estranhei ver a chamada perdida. em meu celular novinho, que ficara carregando em casa enquanto eu rabiscava meu conto na praia. Retornei a ligação mais por curiosidade do que por segundas intenções, para ser sincera. Não é todo dia que seu ex te liga, num feriado, sem que fosse para avisar que você havia esquecido uma bolsa em sua casa ou dizer que enfim havia terminado o livro que você havia emprestado.

Mas não, não era nada disso. Simplesmente você estava entediado e queria desfrutar da companhia de alguém com que gostava de conversar. E aí, fomos jantar. Em um restaurante que costumava ser um dos nossos favoritos nos velhos tempos, com seu ambiente intimista, seus pratos charmosos e deliciosos, sua carta de vinhos honesta e variada, e a melhor sobremesa da face da terra. E aquele jantar mudou muita coisa.

Vou confessar, eu esperava que você quisesse conversar sobre a gente, se é que você me entende. Me ajudar a achar as respostas que tanto eu procurava. Ou não, pelo menos dar um adeus. A gente não teve despedida, você lembra. Simplesmente, puf, acabou. Sem frases vazias como “eu vou sentir a sua falta” ou “ espero que você encontre alguém legal”. Você sabe, essas frases que a gente diz por dizer, sem que correspondam de fato à realidade. Mas nada disso aconteceu naquele jantar. E sim, foi um pouco frustrante, mas nem me incomodo, porque foi nesta mesma noite que você me deu um conselho que mudou minha vida.

Na época, eu estava decepcionadíssima com minha vida profissional. Odiava meu emprego e me sentia explorada em muitos aspectos. Como naquele dia estava especialmente chateada, despejei tudo em você. Falei sobre o absurdo de receber e-mail malcriado em véspera de feriado, sobre como eu detestava quando me faziam trabalhar até altas horas sem pagar hora extra e me empurrar tarefas que nada tinham a ver com a minha função. E comentei que estava pensando seriamente em me demitir, porque era melhor ficar desempregada do que ficar ouvindo gracinha e trabalhar de graça.

E foi então que você me deu o conselho que fez toda a diferença: “Não peça demissão antes de arrumar outro emprego, faça o que você foi contratada para fazer, e nada mais. Se cobrarem a mais, diga que precisa renegociar o salário, pois isso não foi acordado na entrevista. Assim, você ensina à empresa a valorizar o seu trabalho. Se te demitirem por isso, você briga na justiça e pronto, qualquer juiz vai te dar razão”. 

E foi exatamente o que fiz. E foi o que funcionou para manter minha sanidade e minha auto-estima como profissional enquanto estava trabalhando lá. Em quatro anos você nunca havia me dado um conselho tão bom quanto o que deu naquela noite, que era para ter sido vazia, mas foi consideravelmente cheia. 



E o jantar terminou bem melhor do que eu esperava.
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Livros trocados e adquiridos em maio - 2013

sábado, 8 de junho de 2013
Promessa mais fail a minha de não comprar livros em maio, hein? Em minha defesa, devo dizer que  o Submarino não sabe brincar, faz promoções de 5 livros por R$50 para me falir. Comprei cinco na promoção e troquei mais sete no sebo. Ah, vai, troca não conta como compra, né? :p



De qualquer forma, tem várias novidades na minha estante, e vou mostrar aqui o resultado da minha orgia literária de maio. Quer ver quais foram os meus escolhidos do mês? Então é só assistir ao vídeo.



Livros mencionados no vídeo:
  • Pandemônio - Lauren Oliver
  • Coisas que os homens não entendem - Elvira Vigna
  • Peixe Grande - Daniel Wallace
  • Romance negro e outras histórias - Rubem Fonseca
  • Divorciada e debutante - Plum Sykes
  • Agência nº 1 de mulheres detetives - Alexander McCall Smith
  • Sangue na neve - Lisa Gardner
  • A sombra do vento - Carlos Ruiz Zafón
  • O prisioneiro do céu - Carlos Ruiz Zafón
  • O jogo do anjo - Carlos Ruiz Zafón
  • As memórias do livro - Geraldine Brooks
  • A louca da casa - Rosa Montero 
  • Um aprendizagem ou o livro dos prazeres - Clarice Lispector

E estes foram os treze bebês que vieram morar na minha mini biblioteca. E você, fez alguma compra de livro ultimamente? Andou lendo algo legal? Conta para mim nos comentários!

Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Resenha - Livro Cuco

sexta-feira, 7 de junho de 2013
Tive vontade de ler Cuco, da Julia Crouch,  desde a primeira vez em que vi a sinopse. A história de velhas amigas de infância que de repente se tornam inimigas quando uma tenta "roubar" a vida da outra me pareceu bem promissora. A princípio, a premissa me pareceu semelhante à do filme Mulher Solteira Procura, mas no fim das contas acabou tendo muito pouco a ver.



Li o livro bem rápido, mesmo ele sendo grande, porque a escrita é eletrizante. Terminei de ler de madrugada pois não conseguia parar, precisava saber o que iria acontecer. O final é surpreendente e me agradou bastante. 

Achei as personagens super bem construídas, em várias partes do livro eu consegui entender a motivação por trás das atitudes, e a história é bem costuradinha.

Creio que este livro seria perfeito nas telas! É o tipo de narrativa ideal para virar um filme, e confesso que eu gostaria de assistir um longa baseado nesta obra. Com certeza seria um thriller imperdível.

Gravei um vídeo comentando minhas impressões sobre o livro, então, se você se interessou, é só assistir:




E você, já leu este livro? Gosta de suspense? Conta para mim nos comentários. 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Guest-post: Por que você deveria escrever mais

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Imagine uma audiência de milhares e milhares de pessoas, todas sentadas e com a atenção fixa em uma única coisa: o que você tem a dizer.

Não sobre um tema que lhe foi entregue de antemão, pelo qual você não se interessa muito. Eles querem ouvir você falar o que você deseja falar. Suas ideias. Suas paixões. Suas experiências. Suas histórias sejam elas fantasia ou não. Todas aquelas coisas que você sabe e fala com segurança.

Agora imagine uma criança, sozinha, sentada no chão bem na sua frente, lançando um olhar de súplica, esperando ouvir exatamente a mesma coisa. O sentimento continua mais ou menos o mesmo, não é? 

Todos nós temos uma mensagem para passar. Ideias para espalhar. Histórias para contar. Elas podem afetar milhares de pessoas, mas mesmo que afetem apenas uma, já vale a pena tirá-las de nossas cabeças e expô-las ao mundo.

Eu falo isso por experiência própria. Já mantive minhas ideias dentro das paredes do meu crânio durante tempo demais, então sei como é. Que jogue a primeira pedra quem nunca passou por isso: ter uma ideia e achar que se interessará por ela. Pensar em uma incrível história de romance, mas nunca escrevê-la por achar que não é boa o suficiente.

Com esses receios, ao invés de escrevermos ideias que mudarão o mundo, nós escrevemos mensagens que sabemos que todos irão aprovar. No facebook, no twitter e até no nosso próprio blog. Escrevemos o que achamos que as pessoas querem ler. Esquecemo-nos de escrever o que realmente queremos passar.

O MUNDO QUER OUVIR O QUE VOCÊ TEM A DIZER.


Ou ler, que seja. O fato é que, enquanto você não se expressa, suas ideias não estão indo a lugar algum.

Por que escrever mais?


Escrever é uma arte. Não só uma arte, mas uma das formas de comunicação mais usadas ainda nos dias de hoje. Além disso, ela evolui conforme você a treina. Se você não escreve, não vai aprender a escrever melhor. Se você é um leitor atencioso, sabe que estamos vivendo numa época onde as pessoas têm preguiça de escrever. A quantidade de assassinatos do português que lemos por aí é tamanha que não podemos nos tornar mais um neste meio. Faça um favor a sua língua nativa e escreva mais.

A escrita é perene. Você pode tentar argumentar que fotos e vídeos também são, mas no final, a escrita sempre ganha. Palavras não dependem de plataforma, formato de arquivo, espaço em disco, conexão de internet ou placa de vídeo. Às vezes, imagens falam mais que mil palavras. Mas nenhuma imagem diz o que você está pensando, não é?

É fácil escrever. Você realmente só precisa de papel e caneta. Nada de material caríssimo ou tempo de sobra. Você pode escrever no ônibus, em casa ou durante a aula entediante da faculdade. Pode publicar um blog gratuito e expor suas ideias ao mundo.

O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO?


Prometa isso para mim: você irá sentar hoje e escrever. Não precisa ter um tema. Pegue uma folha em branco (ou abra um novo arquivo no word) e escreva o que vier na cabeça. Uma história de aventura. Um diário. Uma confissão. Sua opinião sobre a situação do mundo e como melhorá-lo. Não pense em quem lerá, apenas escreva o que você gostaria de expressar, nada mais. Então, publique no seu blog.
Não tem um blog? Comece um. Tem um, mas está parado? Volte à ativa.

Mas eu escrevo contos de ficção / fantasia. Quem quer ler isso nos dias de hoje?” Eu diria que milhares de pessoas. Milhões. Eu sou um deles. Se as pessoas não quisessem ler ficção, não existiriam tantos livros de ficção nas livrarias. É comum acharmos que a nossa ficção é boba demais. Talvez ela seja boba, ou talvez ela seja o próximo best-seller internacional. Você nunca vai saber se não tirá-la da sua cabeça e coloca-la em algum lugar para as pessoas lerem, correto?

Eu também sou escritor e estou iniciando o meu blog. Como falei anteriormente, passei muito tempo escondendo dentro de mim o que eu queria expor ao mundo. Não que eu saiba de uma fórmula mágica para melhorar o planeta, ou que eu me sinta um verdadeiro escritor, digno de comparação com os melhores. Eu apenas cansei de falar para as pessoas que eu tinha algumas boas ideias, e nunca expô-las a ninguém. Se você se identifica com isso, seja bem-vindo.

Mas eu já escrevo, pombas”, você pode pensar. Se você escreve suas ideias livremente, sem medo de ser criticada, sem medo de falhar e sem tentar correr atrás da aprovação de todos, então você está de parabéns. Eu ainda estou tentando.
De qualquer forma, escreva ainda mais.


Até mais ver!

SOBRE O AUTOR
Marco Aurélio é Analista de Sistemas, Escritor e vem experimentando o território do Empreendedorismo como empresário. Ele mora no Rio de Janeiro, no município de São Gonçalo com sua amada esposa Livia.
Muito recentemente ele começou a escrever o seu livro, seu sonho de muitos anos. Ele está começando o seu blog (Abre Parenteses) com o intuito de publicar o que lhe vier à cabeça, especialmente seus textos até hoje inacabados, e também ajudar outras pessoas a publicar os seus.
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Os favoritos de maio - 2013

segunda-feira, 3 de junho de 2013
E finalmenteeeee, os favoritos de maio! Sou só eu que acho que o ano está VOANDO? Parece que foi ontem que eu estava na praia assistindo os fogos e esperando 2013 começar.



Enfim, chega de conversa fiada, no mês passado eu usei um montão de coisas novas e tenho várias dicas para compartilhar. Além de cosméticos, falei um pouco também sobre livros e música que me acompanharam ao longo do mês.

Quer saber o que andei usando? É só dar o play.




Produtos mencionados no vídeo:
Acessórios mostrados no vídeo:
Livros mencionados no vídeo:
  • Fantasma - Luiz Alfredo Garcia-Roza
  • Cuco - Julia Crouch (tem vídeo sobre ele no meu canal) 
Músicas mencionadas no vídeo:
  • До Наступления Рассвета - Luna Aeterna
  • What Kind of Love - Avantasia

E foi isso aí que andei usando-lendo-ouvindo em maio. E você, o que tem de bom para me contar?

Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





As coisas que eu não pude te dizer

domingo, 2 de junho de 2013

Esta semana eu fiquei pensando em todas as coisas que guardei para te dizer, mas que não tiveram a oportunidade de sair pela boca. Nada útil, nada especialmente importante, nada que fosse realmente mudar a sua vida. Ou a minha. Mas que eu gostaria de compartilhar.



Você lembra quando eu reclamava todos os dias sobre como eu não conseguia arrumar emprego, e que me sentia um fracasso por isso? E como eu ficava desolada a cada recusa que eu recebia das agências? Pois bem, meu bem, dog days are over. Eu só queria te dizer que eu mudei de emprego, sabe? Duas vezes, de abril para cá. E que, depois disso, recebi mais uma proposta. Quer dizer, as coisas estão melhorando. Sei lá, tive vontade de compartilhar com você as boas novas.

A propósito, estou trabalhando no mesmo shopping em que você trabalhava quando te conheci. E obviamente isso me faz lembrar de cada momento. Da primeira vez em que fui encontrar contigo depois da faculdade, para almoçarmos juntos. De todas as vezes em que fomos encontrar com seus amigos no Outback, das happy hours em que eu enchia a cara de caipivodka de melão e você dizia que eu ficava chata quando estava bêbada, como se você não ficasse muito pior do que eu. De quando você comprou as puccas-frutas para mim, mesmo achando que eu já tinha bichos de pelúcia suficientes para alguém que já havia passado dos vinte anos. Até do barraquinho no restaurante japonês logo no início do relacionamento, você lembra? Eu quase havia me esquecido. 

Minha vida profissional nunca esteve tão intensa. Estou pegando freela atrás de freela, sabe? Dormir para que? Acredito que a gente colhe o que planta, então realmente não me importo de trabalhar no meu tempo livre para ganhar um dinheirinho extra. E, para falar a verdade, eu até me divirto. Rio sozinha toda vez em que lembro que eu escrevo para um blog de cachaça, sem beber cachaça.

Falando em escrever, você continua sendo inspiração para várias cenas do meu livro, sabia? Mas não, não se sinta orgulhoso. Tenho impressão de que você não vai gostar nada, nada de ler certos trechos. Mas não posso fazer nada se não sei escrever sem transferir minhas próprias emoções para o papel. E quase quatro anos me deram muito repertório emocional para trabalhar em cima. Por sinal, meu livro já tem nome e final escrito, mas é surpresa por enquanto. Além do livro "principal" estou com mil ideias na cabeça para outras histórias. Todas elas estão iniciadas, mas ainda inacabadas. Ainda perco esta mania de não terminar o que começo...

O blog? Vai bem, obrigada. Tenho recebido press kits, releases, livros para resenhar. Já teve até autor pedindo que eu lesse sua obra, alegando que respeitava minha opinião, imagine só! São essas pequenas coisas que me fazem amar ter um blog. Dinheiro, dinheeeeeiro ainda não está dando. Mas estou crescendo aos poucos, ficando conhecida, ganhando credibilidade. Cada coisa ao seu tempo. 

E eu também queria te dizer que agora eu moro perto de vários barezinhos e restaurantes simpáticos. Tenho ido a vários lugares legais. Sozinha, com amigas, com amigos. Eu me viro bem sozinha, surpreendentemente melhor do que achei que me sairia. O meu porteiro tem até estranhado, sabe? Porque aquela Fabiola que ia do trabalho para casa e vice-versa, com eventuais passadas na academia no caminho, não existe mais. Porque agora o normal é eu chegar em casa de madrugada, geralmente reclamando que o ônibus me deixou em um ponto distante ou que meu sapato está machucando e eu realmente quero desabar na minha cama. Eu estou tentando seguir com minha vida, enfim. A gente se acostuma a quase tudo, né? 

E você me desculpe por estar sendo tão direta em meus textos. E publicando detalhes tão bobos assim, para todo o mundo ler.  É que eu sou escritora e gosto de escrever sobre aquilo que conheço bem. Sabe como é, "se queres ser universal começa por pintar a tua aldeia"

Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Vícios em série: Drop Dead Diva

sábado, 1 de junho de 2013
Nunca fui muito chegada à novelas, e conta-se nos dedos a quantas eu assisti em toda a vida. A narrativa me irrita um pouco, sempre acho as personagens com jeito fake e acaba tudo sendo muito previsível. De séries, porém, sempre gostei! Desde quando comecei a ter acesso à programação paga, eu achava divertidas as sitcoms americanas (que eu super discordo que sejam parecidas com os folhetins, por N motivos). Hoje em dia, acompanho várias, a algumas sou mais fiel do que a outras, mas todas tem um espacinho no meu coração. Já fiz um post recentemente falando um pouco sobre minhas séries queridinhas da vida.

Você vai ver que meu gosto para séries é bastante variado, mas vou começar falando sobre uma série mulherzinha que acho que pouca gente conhece: Drop Dead Diva!



Drop Dead Diva conta a história de uma modelo fútil e burrinha chamada Debby, que vivia feliz com seu noivo-advogado-bonitão Grayson e sua amiga lôraburra Stacy, até que certo dia ela sofre um acidente de carro e morre. Porém, no céu, Debby acaba apertando um botão de retornar, e volta para a Terra. O único empecilho é que ela vai parar no corpo de Jane, uma advogada superdotada e acima do peso, ou seja, exatamente o oposto do que Debby costumava ser!

Uma coisa legal é que, apesar de Debby manter suas memórias, ela passa a contar com a inteligência e o bom humor de Jane. Como ela continua, no fundo, sendo uma patricinha, Jane sofre uma mudança de visual e, de mulher recatada e "sem graça", passa a ser vaidosa e divertida. No início, Debby se incomoda com o excesso de peso em seu novo corpo e tenta emagrecer a todo custo, mas logo se dá conta de que, para ela, o prazer de comer é maior que o prazer de caber no manequim 36, então aceita as medidas de Jane e passa a usar roupas que valorizem suas curvas.

Acho muito interessante como as questões do sobrepeso e da autoestima são abordadas na série. Mesmo sendo gordinha, a protagonista é sexy, atraente e coleciona admiradores e casinhos, apesar de seu coração ainda bater forte pelo ex-noivo. Ser obesa não parece ser um grande empecilho, pois ela usa roupas que valorizam seus pontos fortes e, mais importante, tem atitude e conteúdo, que é algo muito mais valioso do que a beleza física pura e simples.

Várias outras questões interessantes são levantadas ao longo da série, e muitos dos episódios têm uma mensagem bonitinha por trás. Já houve até o caso de uma blogueira processada por falar bem de um produto resenhado somente porque recebeu o produto da empresa. Ri muito neste episódio e confesso que identifiquei algumas blogueiras neste esterótipo.



Ainda não assisti a todos os episódios que já saíram. A série chegou a ser cancelada, mas felizmente voltou a ser produzida e já já teremos uma temporada nova por aí.

Enfim, recomendadíssima para quem quer assistir uma série despretensiosa e adorável. 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.
 
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