Da série "necessito ler": O Caderno Rosa de Lori Lamby

quarta-feira, 28 de maio de 2014
Existem aqueles livros pelos quais você fica obcecada e não sossega enquanto não coloca suas garrinhas sobre a capa, não é? Comigo sempre acontece, e a minha obsessão-platônica-literária mais recente é O Caderno Rosa de Lori Lamby, da Hilda Hilst, simplesmente por causa da palavrinha mágica: polêmica

Fiquei sabendo deste livro muito por acaso e fiquei com muita vontade de ler! O plot pode escandalizar algumas pessoas, pois trata da prostituição e da iniciação sexual de uma criança, narrada por ela própria em primeira pessoa. Lori escreve as suas fantasias sexuais mais perversas em um inocente caderninho rosa. O mais bizarro é que, ao contrário do que acontece em outras publicações envolvendo pedofilia, em O Caderno Rosa de Lori Lamby a protagonista se diverte e se excita com estas investidas sexuais, narrando tudo em uma linguagem infantil e obscena ao mesmo tempo.



Alguns dizem que o livro incentivaria atos pedófilos mas minha primeira impressão é de que, na verdade, O Caderno Rosa tem a intenção de subverter a lógica e a moral e fazer com que o leitor se questione sobre aquilo que se aprende que é certo ou errado. Mas obviamente só vou poder ter uma opinião formada depois de ler o livro, por mais chocante que possa ser a experiência.

Eu, que não tenho medinho de tabus, mal posso esperar para ler e dar meus pitacos. Mas aviso logo que é para os fortes, pois até hoje não vi uma só resenha que não definisse este livro de Hilda Hilst como "perturbador". É aguardar para conferir.

E você, ficou curioso, ou a sinopse é demais para a sua cabecinha? ;)
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Lançamento: Uma Noite e Seis Semanas

terça-feira, 27 de maio de 2014


Ano passado eu falei aqui sobre o maravilhoso Uma Noite e Seis Semanas, do Tiago Morini, e ele entrou até na minha lista de favoritos de 2013. Na época, só estava disponível em e-book, mas hoje trago uma notícia lindíssima: o livro do Morini acaba de ser lançado e edição física, pela editora All Print. Achei ótimo, porque agora todo mundo pode ler esta história tão inusitada! 



O livro foi lançado agora em maio e dá para comprar diretamente pelo site do autor, super baratinho: R$24,90 com frete grátis no momento em que escrevo este post. 

O meu foi um presente do autor, que é um fofo e não só me mandou o livro autografado como incluiu meu nome na parte de agradecimentos (e sim, repetirei isso ad infinitum, me deixa ser feliz). Mas, se não tivesse ganhado, certamente compraria um exemplar para chamar de meu, mesmo já o tendo lido, porque é o tipo de livro que vale a pena ter na estante, daqueles que te fazem refletir, te fazem rir, te surpreendem e te emocionam.




A edição ficou lindíssima, super bem feita, dá gosto de ver! Uma coisa que eu reparei da primeira vez em que li e ficou ainda mais claro folheando a edição física é que o livro é repleto de referências! A epígrafe já arrasa logo de cara, com a citação do Bukowski que eu tanto amo: "my dear, find what you love and let it kill you". É uma das minhas quotes preferidas da vida e se encaixa lindamente com a história. 



Eu já fiz post aqui no blog com minha opinião aprofundada sobre o enredo e a escrita do Morini, e dia desses gravei um vídeozinho rápido só para mostrar a edição física e falar um pouco mais sobre as minhas impressões de leitura. Caso queira saber mais e ver o livro em detalhes, basta dar o play. 


E é como eu seeempre falo: não sou dessas que baba ovo de qualquer livrinho meia-boca com a desculpa de "apoiar a literatura nacional", mas não nego que, quando um autor nacional me surpreende tanto quanto o Morini fez, eu fico super feliz e orgulhosa. 

Recomendo com força que você dê uma chance a Uma Noite e Seis Semanas. Clique aqui para visitar o site oficial e comprar o livro. ;)
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Os Incríveis Livros Policiais de Anne Holt

segunda-feira, 26 de maio de 2014
Eu já falei sobre 1222 e sobre A Deusa Cega da Anne Holt, e resolvi fazer um vídeo sobre os dois livros porque eu acho que resenhas em vídeo acabam sendo mais dinâmicas e objetivas. 

Eu sou do contra e gostei mais do A Deusa Cega do que do aclamado 1222 e conto o porquê no vídeo. Ficou curioso? Então dá o play!



O que eu mais gosto dos livros da Anne Holt é que eles são inteligentes e fora do comum! A protagonista Hanne é cheia de peculiaridades e a autora tem um estilo próprio de escrever que muito me cativou. 

Viciei de verdade, porque são livros policiais diferentes, que se passam em um país com cultura muito distinta da nossa e tudo isso deixa a história ainda mais instigante. Estou louca para ler mais capítulos da saga da inspetora Hanne e fiquei super feliz porque a editora Fundamento me contou que pretende lançar mais livros da série por aqui, eba!



Ando numa vibe de romances policiais ultimamente, e me sentindo de volta à adolescência, quando eu lia este gênero literário à exaustão. Jamais me cansarei! :)

E você, já leu algo da Anne Holt? Se interessou pelos livros? Me conta nos comentários!
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Sobre A Escrita

sexta-feira, 23 de maio de 2014
Comecei a ler On Writing do Stephen King (muito bom, por sinal) e fiquei pensando que faz tempo que eu não escrevo nem lista de supermercado. Digo escrever mesmo, com E maiúsculo, não produzir textos para redes sociais. Escrever sem fins lucrativos, pelo simples fato de que me dá prazer e me ajuda a externalizar minha alma. 



Eu já falei aproximadamente meio milhão de vezes aqui no blog ou em vídeos que meu sonho maior de toda a vida sempre foi escrever um livro. Se ia vender, se as pessoas iam ler, se ia ser um best-seller ou me dar dinheiro eram meros detalhes. O sucesso estaria no processo, e não no resultado em si. Então, a cada dia que passa que eu não escrevo sequer uma linha que não seja por "obrigação" ou por trabalho eu me sinto fracassar um pouquinho. 

E aí que eu pensei que o blog seria uma maneira interessante de me desafiar a escrever mais, a ousar mais nos temas escolhidos para escrever e a treinar. Agora que passei a focar nos livros como assunto principal do blog, sinto que tenho mais liberdade de experimentação. Tenho a impressão que publicar mais textos autorais por aqui não vai ser tão fora de contexto assim.

“The scariest moment is always just before you start.” 


A Vanessa Chanice do blog Central da Leitura propôs um desafio bem legal, que consiste em escrever alguma coisa, qualquer coisa, durante todos os dias de junho, sendo que cada dia receberá um "tema" diferente. Estou considerando a possibilidade de participar, ou então de fazer um "autoprojeto literário" parecido, pensando ainda no que será mais simples de seguir (e concluir). Escrever bem é uma tarefa que necessita de treinos contantes e, se você não pratica, acaba enferrujando.

Acho que a experiência pode ser bem legal. Então, prepare-se para ler cada vez mais textos meus por aqui, sobre tudo e qualquer coisa do mundo, ao invés de somente resenhas de livros. Quem vem comigo? ;)


Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





TAG: No País das Maravilhas

quinta-feira, 22 de maio de 2014


Eu adoro responder a TAGs literárias, e a última que respondi em vídeo foi sobre o universo de Alice no País das Maravilhas. Nunca li o livro, mas achei a proposta super divertida e o vídeo ficou muito legal.

Quer saber quais são os livros que eu relacionei com o universo criado pelo Lewis Carroll? Então dê o play abaixo e vem comigo!



Regras da TAG:

1) Encontrar um livro para cada personagem citado
2) Não usar, em hipótese alguma, o livro Alice no País das Maravilhas como resposta

Personagens e livros citados:

Alice: um livro que te fez cair em um mundo completamente diferente.
A Seita dos Assassinos de Licia Troisi.

Chapeleiro Maluco: um livro com um protagonista louco.
Dias Perfeitos de Raphael Montes.

Coelho Branco: um livro que atrasou suas leituras.
A Corte do Ar de Stephen Hunt.

Gato Risonho: um livro que te fez rir muito.
O Pau, de Fernanda Young.

Lagarta Azul: um livro que fez você refletir.
Nada a Dizer de Elvira Vigna e Quando Nietzsche Chorou de Irvin D. Yalom.

Tweedledee e Tweedledum: dois livros que são parecidos.
Morte Súbita de JK Rowling e Criancinhas de Tom Perrotta.

Rainha de Copas: um livro cujo o autor adora matar personagens.
Harry Potter e as Relíquias da Morte de JK Rowling.

Não vou taguear ninguém, mas quem quiser responder também vai me deixar suuuper feliz! \o/ 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Meu Clássico Preferido: O Morro dos Ventos Uivantes

quarta-feira, 21 de maio de 2014
Eu amo os clássicos, mas confesso que leio pouco. Então, resolvi reservar um espacinho só para os grandes clássicos da literatura nacional e internacional aqui no blog. Quem sabe não me incentiva a investir mais neste gênero, não é mesmo? Enfim, para "inaugurar" a sessão decidi falar de O Morro dos Ventos Uivantes, que eu li há um tempo e virou amor para toda a vida! 



Há, na literatura, histórias de amor lindas e inspiradoras, recheadas de casais que ultrapassam mil barreiras em busca da felicidade. Todo mundo tem uma preferida, e eu mesma me derreto por romances bem açucarados. Mas, e quando a paixão é tão forte que vence até mesmo… a morte? Pode parecer macabro ou sombrio, mas este é o mote do clássico britânico O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brontë.

Antes de eu começar a resenha, porém, devo lembrar a você que O Morro dos Ventos Uivantes não é um romance aguinha com açúcar, em que os protagonistas comem o pão que o diabo amassou antes do final feliz. Portanto, se você está esperando diálogos do tipo “você é a minha vida agora”, este livro não é para você. Digo isto porque, como a obra de Brontë é a favorita do casal de Crepúsculo, muitas fãs da série acabam se decepcionando com a leitura. O Morro dos Ventos Uivantes não é, na verdade, uma história sobre amor, mas sim sobre paixão doentia, aquela que beira à obsessão. Talvez por isso cause tanto estranhamento em leitores desavisados.



O casal principal do livro é composto por Catherine, filha mimada do rico dono da propriedade O Morro dos Ventos Uivantes (Wuthering Heights), e Heathcliff, que foi adotado pelo pai da mocinha quando menino. Muito cedo Catherine e Heathcliff apaixonam-se. Porém, após a morte do pai de Catherine, seu irmão mais velho revela-se um tirano e passa a comandar Wuthering Heights com mãos de ferro, tratando Heathcliff como um mero criado, humilhando-o sempre que possível. Começa a nascer aí um sentimento deódio, porém Heathcliff agüenta as agressões por causa de Cathy. Ela, por sua vez, ama Heathcliff profundamente, mas, orgulhosa, não pode suportar a idéia de relacionar-se com um criado rude e mal-educado.

Assim, quando recebe um pedido de casamento do jovem Edgar Linton, proprietário da fazenda vizinha, Catherine não hesita em aceitar, pois ele vinha de família importante e tinha muito dinheiro. Decepcionado com a traição, Heathcliff deixa Wuthering Heights sem se despedir. Tempos depois, quando Catherine e Edgar já estão casados, Heathcliff volta rico e com sede de vingança. Depois de retomar a casa de Wuthering Heights, ele volta a se encontrar com Cathy, que finalmente se arrepende de ter rejeitado Heathcliff. O casal ensaia uma reconciliação, mas Catherine acaba morrendo de parto antes disso.

A partir daí, o que acontece é uma sucessão de atos cruéis e vingativos de Heathcliff para com Edgar Linton, a filhinha homônima de Catherine e até mesmo seu próprio filho. Em certos momentos, as atrocidades cometidas por ele eram tantas que eu tinha vontade de fechar o livro. Não faltam brigas, barracos e armações, pois, para se vingar dos maus tratos e das humilhações sofridas durante toda a vida, Heathcliff não mede esforços. E, mesmo depois da morte de Cathy, ele continua fiel e devotado a ela, visitando seu túmulo regularmente e “conversando” com a amada. Tanto que uma das cenas mais lindas do livro é justamente no começo, quando o suposto fantasma de Catherine vai bater à sua janela e ele chora como um bebê, despindo a máscara do homem mau e vingativo.

Como eu já disse, não creio que o que Heathcliff sentia por Cathy era exatamente amor. Tinha mais a ver com uma paixão que, mesmo após sua morte, continuava a arder. Ela, por sua vez, era egoísta e mimada, e a única verdade em sua vida era o amor que sentia por Heathcliff. Este amor, contudo, não foi o suficiente para fazê-la abrir mão de um casamento vantajoso. Creio que, no fim das contas, a paixão por Heathcliff estivesse ligada ao controle e à possessão, já que ela era mais rica e, portanto, mais poderosa do que ele.



Crueldades e paixões obsessivas à parte, O Morro dos Ventos Uivantes é um livro que todo mundo deveria ler algum dia. O livro é extremamente rico e bem escrito, com uma narrativa que alterna entre a primeira e a terceira pessoa, uma inovação para a época. É uma pena que Emily Brontë não tenha vivido o suficiente para escrever mais romances, porque este com certeza virou um dos queridinhos da minha estante. Nem preciso dizer que recomendo muito, né?

Em tempo, O Morro dos Ventos Uivantes é tão famoso que virou filme E música. Kate Bush fez uma canção baseada no livro, chamada Wuthering Heights, e eu acho sensacional. Mas a minha versão favorita é a versão do Angra. A letra é muito bonita e bem bolada, é o espírito da Cathy dialogando com Heathcliff. Lindo demais. *-*

"I'm coming back, love. Cruel Heathcliff! My one dream, my only master.
Too long I roam in the night. I`m coming back to his side to put it right.
I'm coming home to Wuthering ,Wuthering, Wuthering Heights.

Heathcliff,
It's me, Cathy, I've come home and I'm so cold
Let me in your window..."
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Aleatoriedades Literárias

segunda-feira, 19 de maio de 2014
Ando postando bem menos do que eu gostaria, e o motivo é bem simples: faltam horas no meu dia. Faltam horas para sentar e escrever posts decentes que passem no "padrão Cocota Nerd de qualidade". Faltam horas para pensar em pautas criativas. E faltam, principalmente, horas no meu dia para ler. Mas o que não me faltam, felizmente, são novidades, então resolvi fazer um post curtinho com aleatoriedades literárias que eu gostaria de compartilhar com você.

Parcerias, Press Kits e Compras 


Esperei TANTO por esse livro!! Vou ler e conto o que achei, e de quebra comparo com o filme Blade Runner


Tem chegado tanta coisa legal aqui em casa! Isso aí em cima é só uma parte dos livros que chegaram aqui para eu resenhar. O vídeo de Book Haul de maio será assustador! :)



Também andei fazendo compras, me julgue. Todos eram livros que eu queria há um tempão, então nem estou me sentindo culpada!



Beijinho no ombro pro recalque passar longe :)


E ganhei o presente mais lindo ever: a edição física do maravilindo Uma Noite e Seis Semanas do Tiago Morini. Com direito a autógrafo E meu nominho na parte de agradecimentos do livro (sim, vou falar disso até cansar). Vou fazer post sobre o lançamento mas já tem vídeo lá no canal

Ah, nem comentei que agora o blog também é parceiro da Novo Conceito, oba! Não sei se é vaidade demais da minha parte, mas sempre fico com orgulhinho quando fecho novas parcerias, porque acaba sendo um sinal de que o conteúdo está bacana e o trabalho está sendo bem feito, né? ;)

Inutilidades Úteis 



Volta e meia me perguntam o que são as flags coloridas com que eu marco meus livros, e tá aí a resposta: são post-its para marcar o texto, e eu uso principalmente para destacar citações que me interessam nos livros, ou porque é algo que me fez refletir muito durante a leitura, ou porque quero lembrar de mencionar aquela passagem na resenha. É uma mão na roda na hora de fazer roteiro de vídeo! Eu sempre ando com um pacotinho na bolsa e deixo outro na mesa de cabeceira. Os meus comprei na Kalunga mas é fácil de achar em papelarias e livrarias. 



Continuo na vibe de achar que um livro + uma xícara de bebida quentinha estão bem próximos da minha definição particular de paraíso! Outro dia resolvi enfiar o pé na jaca e degustar o maravilhoso capuccino da Kopenhagen, que vale cada um dos muitos centavos que custa. Degustei também o segundo Stephen King da minha vida e, felizmente, não tive indigestão. Adorei Misery e logo, logo terá vídeo-resenha sobre ele no canal.

3 Anos do Blog


Me julgue, mas deixei o aniversário de 3 aninhos do Cocota Nerd passar em branco. Nem rolou post-sentimental-bobo como de costume, esqueci mesmo. :( 



O blog mudou tanto esse ano, né? Ainda não achei o formato perfeito, mas uma coisa é certa: quero continuar falando de livros para sempre! 

Por falar em aniversário do blog, antes que me cobrem, eu já fechei o formulário do sorteio comemorativo de Suicidas, só não tive tempo ainda de fazer o sorteio, mas logo farei e solto o resultado lá no canal. Não se preocupe, e não precisa ficar "me lembrando" disso nas redes sociais, o resultado vai sair quando o resultado sair.

Para saber das novidades em tempo real, me siga no instagram e se inscreva no canal do blog, tem sempre vídeo fresquinho por lá. \o/ 

Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Cocota Nerd Lê: 1222

quinta-feira, 15 de maio de 2014
Já falei aqui sobre A Deusa Cega, da norueguesa Anne Holt, e hoje voltei com a resenha de 1222, outro romance da autora que eu li e gostei bastante.



Em 1222 a ex-inspetora Hanne, agora presa em uma cadeira de rodas, viaja com mais 268 passageiros de trem, quando um acidente interrompe sua viagem. Com o seu maquinista morto no acidente e presos a 1222 metros de altura, os desafortunados passageiros nada têm a fazer senão buscar abrigo em um hotel nas redondezas e esperar pelo socorro. 

Antes que o resgate finalmente chegasse, no entanto, um misterioso assassinato é cometido, o que instala um pavor geral, pois o criminoso necessariamente está entre eles. Afinal, como lidar quando seu vizinho de quarto pode ser um assassino? Em quem confiar nestas circunstâncias? São essas as questões que Hanne precisa responder, mesmo sem a menor vontade de retomar seu antigo trabalho como policial.

Eu adorei o clima deste livro! Para mim, que sou amante de frio, neve e afins, foi super gostoso entrar na atmosfera do romance. Mas o que mais gostei foi a maneira como Anne Holt construiu sua história. O ritmo é bastante envolvente, novas perguntas surgem a cada instante, o que estimula o leitor a continuar lendo para, quem sabe, desvendar o mistério.

Em meio aos crimes que são cometidos ao longo da trama, outros mistérios paralelos, envolvendo conspirações e segredos de Estado também vão sendo introduzidos pouco a pouco, o que aguçou ainda mais a minha curiosidade.

Gosto bastante também da forma como os personagens são construídos. A própria Hanne é uma personagem peculiar e riquíssima, cheia de frustrações e amarguras que refletem em sua maneira de enxergar o mundo. Apesar de seu mau-humor crônico, é impossível não se identificar com ela em determinados momentos da trama. Achei que esta parte da história foi bem desenvolvida.


Quanto ao final, tenho minhas dúvidas. Não se pode negar que é um desfecho imprevisível, porém achei meio corrido e confuso, tanto que precisei procurar uns spoilers na internet para ter certeza de que havia entendido. Também notei algumas pontinhas soltas, coisa que não aconteceu em A Deusa Cega, e confesso que isso me deixou meio triste. Ainda assim, é um ótimo livro e indico muito para quem curte histórias policiais com muita ação. 



Vale lembrar que os livros da Anne Holt são parte de uma série estrelada pela inspetora Hanne, e como A Deusa Cega se passa antes de 1222, indico a leitura de A Deusa Cega primeiro, e depois de 1222. E que a Fundamento traga os próximos livros também (de preferência na ordem correta \o/). 


Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Cocota Nerd Lê: O Segredo da Bastarda

terça-feira, 13 de maio de 2014
Eu nunca havia me interessado por romances históricos, até ouvir vários comentários elogiosos à escrita da Cristina Norton. Assim, peguei O Segredo da Bastarda, enviado pela Editora Leya, para ler meio despretensiosamente, e acabei amando bem mais do que achei que fosse amar! 

O Segredo da Bastarda conta a história do segredo mais bem-guardado da Família Real portuguesa, escondido debaixo dos panos por anos e anos: o segredo de que a filha de Eugenia de Meneses, neta do Marquês de Marialva, seria na realidade a bastarda de Dom João XVI. Para contar essa história, Cristina Norton mistura ficção com realidade, e cria um livro repleto de licenças poéticas e extremamente gostoso de se ler. 



Como apaixonada que sou por histórias não-lineares, adorei a forma como a autora construiu sua trama, com capítulos intercalados, sendo que cada um deles trata de um período histórico e do desenrolar do destino de um personagem em especial. Gostei principalmente dos capítulos dedicados à Eugenia de Meneses e achei genial a ideia de incluir capítulos narrados pela imagem de uma santa! Super original, e funcionou muito bem.

Para recontar esta história, Cristina Norton utilizou cartas da época. Adoro essa coisa de misturar romance com fatos reais e, como é comum acontecer em livros como este, muitos dos fatos narrados provêm da imaginação da escritora. Assim, O Segredo da Bastarda é um delicioso romance de época com pitadas de acontecimentos reais, o que deixa tudo ainda mais belo.

Fiz um vídeo falando um pouco mais sobre minhas impressões de leitura e recomendo fortemente que você assista, sobretudo se for dessas apaixonadas por romances históricos.


E você, também curte histórias deste tipo? Se interessou pelo livro? Conta para mim nos comentários.

Disclaimer: Este livro foi enviado pela editora para resenha. Tudo o que foi exposto neste artigo é baseado em minha opinião sincera e não recebo nenhum tipo de compensação para escrever o post.
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





2 TAGs: Como eu Leio + Hábitos de Leitura

sexta-feira, 9 de maio de 2014


Dá para notar que amo responder TAGs literárias, né? Desta vez, agrupei duas bastante parecidas, a "Como eu Leio" e a "Hábitos de Leitura", até porque várias pessoas me perguntam OMG Fabiola como você faz para ler tanto??? e achei bacana responder a umas curiosidadezinhas.

Assista ao vídeo e conheça (quase) todos os meus TOCs literários. 


Perguntas da TAG Hábitos de Leitura

1. Quando você lê? (manhã, tarde, noite, o dia inteiro ou quando tem tempo)
2. Você lê apenas um livro de cada vez?
3. Qual seu lugar favorito para ler?
4. O que você faz primeiro: lê o livro ou assiste ao filme?
5. Qual formato de livro você prefere? (áudio-livro, e-book ou livro físico)
6. Você tem algum hábito exclusivo ao ler?
7. As capas de uma série tem que combinar ou não importa?

Perguntas da TAG Como eu Leio 

1- Como você descobre sobre novos livros para ler?
2- Como você entrou nesse mundo da leitura?
3- Como o seu gosto literário mudou com o passar do tempo?
4- Com que frequência você compra livros?
5- Como você entrou nesse mundo dos Canais Literários?
6- Como você reage quando não gosta do final de um livro?
7- Com que frequência você espia a última página do livro pra ver o que acontece no final?
8- Quem você vai marcar pra responder essa TAG?

Não vou taguear ninguém por motivos de preguiça, mas se quiser fazer fique super à vontade, vou amar ver suas respostas. =) 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Book Haul: Recebidos e Lidos de Abril (2014)

quinta-feira, 8 de maio de 2014


Me comportei razoavelmente bem e só comprei um livro em abril. Em compensação, tem novidadezinhas interessantes que chegaram aqui e achei legal mostrar. Fiz um vídeo mostrando o que comprei, o que chegou de parceria e também o que eu li. Infelizmente meu ritmo de leitura caiu um pouco, mas ok, a gente supera.

Se quiser saber as novidades literárias de abril, é só dar o play.



Livros mencionados no vídeo:

- A Deusa Cega de Anne Holt
- A História Sem Fim, de Michael Ende
- Redação Publicitária - Sedução pela Palavra, de Celso Figueiredo
- As Mentiras de Locke Lamora de Scott Lynch
- Meus Desacontecimentos de Eliane Brum
- As Cariocas de Sérgio Porto
- O Segredo da Bastarda de Cristina Norton


Leia o post sobre a agenda da Zocprint + Cupom de desconto EXCLUSIVO para os meus leitores. E o caderno maravilhoso que mostrei no vídeo é da Flame Tree Publishing, comprei na Livraria da Travessa. 

E vamos que vamos, porque a minha fila de livros aparentemente é interminável! E você, o que anda lendo de bom? :)


Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Cocota Nerd Lê: A Deusa Cega

quarta-feira, 7 de maio de 2014
A escritora norueguesa Anne Holt é considerada por muitos uma mistura de Agatha Christie com Stieg Larsson. Como estes são, provavelmente, dois dos meus autores favoritos, fiquei empolgadíssima para conhecer o trabalho de Holt. E depois de ler A Deusa Cega não me arrependi nem um pouquinho!



A Deusa Cega conta a história da inspetora Hanne Wilhelmsen, do assistente de promotoria Hakon Sand e da advogada Karen Borg. Estes três personagens têm suas vidas conectadas quando um assassinato brutal que, aparentemente, parecia ser um crime fácil de solucionar,  revela ser apenas parte de uma trama complexa envolvendo tráfico de drogas. 

Tal trama, caso venha à tona, pode afundar reputações consideradas inabaláveis, o que acaba trazendo trágicas consequências para todos os envolvidos. A "Deusa" citada no título, no caso, é Deusa da Justiça que, com os olhos vendados, precisa ser imparcial. Mas a troco de que?

E, não vou negar, a comparação com Larsson de fato procede. Tanto por se passar em um país escandinavo, tanto por tocar em pontos como corrupção e tráfico de drogas, o livro de Anne Holt tem semelhanças inegáveis com a trilogia Millennium. Porém, A Deusa Cega tem luz própria, e é um livro extremamente gostoso de ler. 

O mistério é tão envolvente que eu virei madrugadas lendo, porque simplesmente precisava saber o final! Adoro a maneira como Holt consegue prender a atenção do leitor, não deixando que a narrativa se torne morosa em momento algum. 

E os personagens são fora de série! Me identifiquei horrores com Hanne, a policial discreta e meio anti-social, mas extremamente competente em seu ofício. Fiquei com pena dela em certos momentos da história, mas acho que seria spoiler se eu contasse, então vale a dica de (tentar) não se apegar muito aos personagens de Anne Holt. Os personagens construídos pela autora são muito bem trabalhados, nada fica "no ar" e a história flui sem pontas soltas, o que sempre é ótimo em caso de livros policiais. 



Em tempo, gostei tanto da autora que li o outro livro dela publicado pela Fundamento no Brasil, o 1222. Também é excelente, e em breve vou soltar resenha dupla de 1222 + A Deusa Cega lá no canal, e atualizo o post. 

Gostei demais, e recomendo a leitura para quem, como eu, é fã dos romances policiais. A propósito, dá para comprar os livros online na loja virtual da Editora Fundamento. Achei super legal essa ideia, e os preços estão muito dignos, vale a visita! ;)
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Cocota Nerd Lê: Meus Desacontecimentos, de Eliane Brum

segunda-feira, 5 de maio de 2014
Nada como aquela sensação incrível de se deixar ser surpreendida por um livro. Meus Desacontecimentos, de Eliane Brum, me fisgou por completo logo nas primeiras páginas!



À primeira vista, pode-se dizer que o livro de Eliane Brum trata-se de uma autobiografia bastante peculiar e original da jornalista, mas vai bem além disso. Na verdade, Meus Desacontecimentos conta a história do amor da autora pelas palavras e pela arte de contar histórias, entremeada com passagens importantes de sua vida. E, olha, preciso dizer que é leitura obrigatória para quem tem a escrita como ofício e/ou como paixão. No meu caso, ambas as afirmações são verdadeiras, o que só me fez amar ainda mais o livro.

Apesar de narrar diversos capítulos importantes da vida de Eliane Brum, Meus Desacontecimentos não  tem uma estrutura linear. Narra diversos fatos aleatoriamente, sem seguir ordem cronológica, e que aparentemente nada têm em comum, exceto pelo fato de todos os acontecimentos, ou desacontecimentos, narrados no livro, terem contribuído de alguma forma para a pessoa que Eliane se tornou. Para ela, a sua própria vida foi sua primeira ficção.

Assim, ela conta sobre como o nome de família perdeu uma letra por acaso, e de Brun tornou-se Brum. Conta sobre pessoas queridas que marcaram sua infância. Narra sua gravidez precoce, e também sua relação com os familiares. Fala sobre perdas físicas e emocionais, sobre a vida e sobre a morte. Conta como aprendeu a ler (e suas primeiras palavras lidas foram, pasme, numa igreja. Isso sim é o que eu chamo de milagre..). E fala, principalmente, sobre como decidiu ser escritora. Ou melhor, como as palavras a escolheram como porta-voz, e como a salvaram de uma existência medíocre e banal.

Tudo isso é narrado com um lirismo que dá gosto de se ler. A escrita de Eliane consegue ser, ao mesmo tempo, rica e simples de ler. Bonita sem ser pedante. Coisa que só uma jornalista extremamente competente conseguiria fazer.

Entre muitas quotes impagáveis,destaquei algumas para não me esquecer jamais:

"Ouvi de alguns chefes que a indignação faz mal para o exercício do jornalismo, que bom jornalista não tem causa. Discordo. Indignação só não faz bem para quem tem como única causa a do patrão".

"Pela palavra escrita eu tornava-me capaz de transcender o concreto, transformar impotência em potência. Fui salva pela palavra escrita quando comecei a ler – e (talvez) em definitivo quando escrevi. E – importante – quando fui lida"

"Nesses anos todos testemunhei muita gente se alienar da própria escrita para não sofrer. É uma alternativa. Bem cara. Para mim essa escolha nunca foi nem desejo nem possibilidade. Eu era o que escrevia. Sou."

"A palavra fez a volta, mas como na fita de Moebius. Libertei as letras, e elas emergiram dos meus abismos como voragem. Voltei a escrever. Dessa vez, uma vida para mim."

Foto daqui :)

Nem sempre, ao se ler o livro, o mais importante é a história contada, mas a maneira como esta história é contada. A forma é tão ou mais importante que o conteúdo. E fazia tempo que eu não tinha nas mãos um livro tão bonito, tão bem escrito, desses que preenchem o coração e nos fazem ter vontade de marcar  com marca-texto fluorescente todas as citações relevantes. 

Recomendo com força Meus Desacontecimentos de Eliane Brum para todos aqueles que ainda têm a capacidade de se emocionar com um livro e, sobretudo, que gostam de coisas bonitas. Eu certamente irei atrás de absolutamente tudo que a autora escrever. 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





#StarWarsDay: Vilões que me fariam ir para o lado negro da Força

domingo, 4 de maio de 2014

Eu não vou negar, tenho uma tendência e me identificar com vilãs, e me apaixonar perdidamente por vilões, e eu espero que isso não diga nada contra o meu caráter... mas na verdade, o que acontece é que não tenho muita paciência para protagonistas bundões e mimimizentos, e quando é este o caso, eu invariavelmente torço para os antagonistas!

Resolvi aproveitar que hoje é #StarWarsDay para contar quais são os meus vilões fictícios favoritos de todos os tempos, aqueles pelos quais eu não hesitaria em ir para o lado negro da Força! Para assistir ao vídeo, que ficou super divertido, e de quebra me ver pagando mico vestida de Princesa Leia, é só dar o play abaixo ;)


 Vilões mencionados no vídeo:

- Darth Vader
- O Fantasma da Ópera
- Dexter
- Vilão de "Inferno" de Dan Brown (assista à resenha de Inferno)
- Coringa
- Gru de Meu Malvado Favorito
- Tom Riddle



E você, também tem uma quedinha por vilões da ficção? Me conte por quais você iria feliz para o lado negro da Força.

Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Novidades no ar #1 Love in LA

sexta-feira, 2 de maio de 2014
Não sou muito fã de falar sobre livros que ainda não li, mas eu tenho recebido uns releases legais que acho interessante postar por aqui. Um deles que me pareceu promissor foi a de que a Editora Charme vai publicar um chick-lit em três volumes, que eu ainda não conhecia mas fiquei com vontade de ler. 

A editora adquiriu os direitos de tradução e publicação da trilogia Love in LA da autora Audrey Harte. A série conta com os volumes Love in all the wrong places, All the right things e The winner takes it all, todos ainda sem título em português. A previsão de publicação do primeiro livro da série por aqui é no primeiro semestre de 2015.



O mote é a história de Annie, uma mocinha atrapalhada que sonha em encontrar seu grande amor, e decide procurá-lo em um site de relacionamentos. Como não poderia deixar de ser em um chick-lit, muitas confusões e corações partidos se desdobram. Reza a lenda que é super divertido. :D

Por sinal, a Charme está comprando os direitos de várias séries ~mulherzinha feelings~ super bem-faladas no Goodreads e nos blogs estrangeiros, acho que vem coisa boa por aí, yay!

Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





DarkSide lança o livro Star Wars, A Trilogia

quinta-feira, 1 de maio de 2014
Maio é mês de #StarWarsDay e a DarkSide encontrou um lindo jeito de comemorar: lançando o livro Star Wars, a Trilogia, em volume único e capa dura, que reúne os romances inspirados nos três primeiros filmes da saga. 



Você já sabe que eu sou super fã de Star Wars e acho Darth Vader o vilão mais sensacional de todos os tempos, então é desnecessário ressaltar o quanto eu estou mega-ultra-empolgada com este lançamento, né?

Star Wars, A Trilogia compreende os filmes clássicos da série: Uma Nova Esperança, O Império Contra-Ataca e O Retorno de Jedi. O livro é uma adaptação do roteiro original dos filmes de George Lucas, e promete ser um prato cheio para quem quer matar a saudade de Star Wars, já que o novo filme da saga só será lançado em 2015. A qualidade editorial é tão impecável quanto a de todos os demais livros da DarkSide, que sempre preza por edições dignas de se exibir na estante com orgulho! 

Eu só sei dizer que estou louquinha para me jogar no lado negro com força e devorar este livro. *-*
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.
 
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