Especial de Halloween: Poe e suas histórias extraordinárias

quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Eu amo Halloween e acharia incrível se as comemorações típicas da época fossem mais comuns no Brasil. Se você acha que "a gente tem que valorizar a cultura e as tradições do brasil, vamos criar o dia do saci", olha só a minha cara de quem gosta de samba e feijoada, cara-pálida! Enfim, obviamente não podia deixar de fazer um vídeo especial, e escolhi como tema meu autor de horror e mistério favorito: Edgar Allan Poe e suas histórias extraordinárias!



Adoro Poe, já li praticamente tudo o que ele escreveu e, no vídeo, falo um pouquinho sobre meus contos preferidos do autor e sobre a influência de sua obra na música, sobretudo no Heavy Metal, estilo que eu amo de paixão e que combina muito bem com o tom sombrio da literatura de Poe.

Sem enrolar muito, assista ao vídeo para saber mais:



Contos/poemas mencionados no vídeo:

- Os crimes da Rua Morgue
- O gato preto
- A queda da casa de Usher
- O poço e o pêndulo
- O corvo (The Raven)
- A dream within a dream (Um sonho num sonho)

Música do Nightwish mencionada no vídeo, de escuta obrigatória para quem aprecia obras de arte em forma de música: "The Poet and the Pendulum"

Capa do CD dos Beatles, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, que traz o rosto de Poe em meio à multidão (logo na primeira fila).



E é isso! Espero muito que você tenha gostado do vídeo, eu com certeza adorei gravá-lo. :)
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Carioquices: Palácio do Catete/Museu da República

quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Semana passada aconteceu mais um evento literário aqui no Rio, a Primavera dos Livros. Acontece todos os anos, e trata-se de uma mini-feira que reúne stands de editoras menores, não tão mainstream, mas que publicam deliciosas pérolas. As principais vantagens da Primavera dos Livros são: disponibilizar livros aos quais normalmente não temos acesso nas livrarias e, principalmente, oferecer livros a preços muito baixos! Algumas editoras estavam dando 50% de desconto em todos os títulos, valia muito a pena! Mas o post não é para falar da Primavera dos Livros, e sim sobre o belíssimo lugar onde aconteceu o evento: o  Museu da República, no Palácio do Catete!



Localizado em um belo palácio na Rua do Catete, o Museu da República é um reduto verde em meio ao caos do Rio de Janeiro. Muita área verde, laguinhos, estátuas espalhadas pelo palácio e espaço de sobra para quem quer estar em contato com a natureza e se desconectar do "mundo real" por umas horinhas. Eu mesma me joguei em um dos banquinhos e fiquei lendo o livro que tinha acabado de comprar, despretensiosamente, ao ar livre.





O museu dispõe de um auditório, de livraria, de um parque para as crianças, e abriga cerca de nove mil objetos, cem mil documentos, nove mil títulos de livros e periódicos, e coleções de fitas cassete e CDs. Mas o que eu mais gostei foi mesmo de aproveitar as áreas ao ar livre. Achei tão bonito que tirei mil fotos, com o celular mesmo. Pena que fui sozinha, seria lindo fotografar looks por lá. ;)





No fim das contas, o programa de domingo, que estava programado para ser apenas mais um episódio de orgia consumista de livros, acabou se tornando um passeio bucólico por um lugar tão incrível que eu quero muito voltar para visitar com mais calma em outra ocasião. Com o extra de eu ter caminhado até o metrô da Glória e almoçado na região, às três da tarde, relembrando a época em que eu estagiava por lá com uma certa nostalgia. Tempos tranquilos em que não havia aluguel, contas para pagar, e a vida era simples, simples. Recordar é viver, afinal.



Mas enfim, digressões à parte, fica aí a dica de passeio cultural bem divertido. E você, já conhecia o Palácio do Catete? 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Livro O menino da Mala

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Tudo começou em uma singela ida à livraria. Vi o livro O Menino da Mala, escrito a quatro mãos por Lene Kaaberbol e Agnete Friis, li a sinopse e... me apaixonei! Aproveitei que a editora Arqueiro é parceira aqui do blog e pedi que me enviassem. Me empolguei tanto que gravei o vídeo assim que terminei de ler, porque é um livro bem denso e eu não queria esquecer nenhum detalhe importante. 

O principal motivo por eu ter querido tanto ler este livro foi que, segundo a contracapa, os fãs da Trilogia Millennium iriam adorar lê-lo. E mais: que a heroína Nina Borg consegue superar a fantástica Lisbeth Salander. Sinceramente? Não vi muitas semelhanças entre as duas obras, a não ser pelo fato de se passarem em países escandinavos e tratarem de temas pesados com várias pitadas de crítica social. Apesar disso, gostei demais de O Menino da Mala.

A trama gira em torno de Nina Borg, uma enfermeira dinamarquesa super altruísta, cuja missão no mundo é consertar tudo o que há de errado. Para isso, acaba negligenciando um pouco a própria família. Quando Nina recebe a ligação de uma antiga amiga pedindo sua ajuda para "salvar uma pessoa", logo fica intrigada. Qual não é a sua surpresa ao se deparar com uma mala contendo um menino de três anos completamente dopado! Ao contatar sua amiga para obter mais informações, descobre que ela foi brutalmente assassinada, o que desperta em Nina o pressentimento que de, agora, ela e o menino também correm perigo. Decide não envolver a polícia no assunto e parte em uma busca desenfreada pela origem do menino da mala, deixando seu marido e seus filhos preocupadíssimos.

Paralelamente, o leitor é apresentado a outros personagens riquíssimos, como Sigita, a mãe solteira forte e determinada da Lituânia, o casal de milionários cujo dinheiro não pode comprar a única coisa de que precisam e até um criminoso violento que, no fundo, age movido a traumas do passado. Isso foi o que mais amei na história: os personagens muitíssimo bem construídos, com backgrounds bem desenhados, que fazem com que o leitor entenda a motivação por trás de suas ações.

Enquanto a trama se desenrola, outras questões surgem, como a imigração ilegal e a indiferença dos cidadãos da Dinamarca perante o assunto, o tráfico de crianças, a exploração da prostituição das estrangeiras que chegam ao país, entre outros. Isso tudo torna a história bem mais rica. 

A narrativa das autoras é feita de modo a liberar pílulas de informações aos pouquinhos, permitindo que o leitor construa a história em sua cabeça até chegar à resposta. Por sinal, o final do livro é inteligente, surpreendente e deixa um gostinho de quero-mais para os livros futuro da série protagonizada por Nina Borg. 

Gostei muito e com certeza recomendo! Fiz um vídeo contando quais foram as minhas impressões do livro e ficou bem legal:


Você também se interessou em ler O Menino da Mala? Conta para mim o que achou da sinopse. ;)

Disclaimer: Este livro foi enviado pela editora para resenha. Tudo o que foi exposto neste artigo é baseado em minha opinião sincera e não recebo nenhum tipo de compensação para escrever o post.
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





O que eu achei de Juliette Society, o livro da Sasha Grey

sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Se uma coisa boa que 50 Tons de Cinza trouxe de bom para a humanidade é que os livros eróticos passaram a ser visto com uma naturalidade maior. Eu já falei por aqui que gosto bastante do gênero, acho divertido e ótimo para passar o tempo. Recentemente o romance Juliette Society entrou em pauta, principalmente porque foi escrito pela ex porn star Sasha Grey. Não estava esperando muito mas li e surpreendentemente gostei. E cá estou para falar o que achei dele.



A história gira em torno de Catherine, uma estudante de cinema que se vê às voltas com a falta de atenção de seu namorado Jack, um workaholic que tem tempo demais para o trabalho e tempo de menos para o sexo. Para piorar, ela tem um desejo absurdo pelo seu professor... tão absurdo que chega a levantar suspeitas. Sua colega de classe, Anna, acaba descobrindo a paixão secreta de Catherine e isso as aproxima. É justamente essa nova amiga que vai introduzir Catherine na sordidez da Juliette Society, mostrando um mundo novo em que poder e sexo estão intimamente ligados.

A Juliette Society em si é como uma sociedade secreta milenar, em que pessoas ricas, influentes e poderosas se reúnem para fazer sexo sem amarras, sem compromisso, sem pudores, costume que perdura por longos anos, até os dias de hoje. Mas se engana quem pensa que ela é o foco principal do livro. Na verdade, a Juliette Society só ganha importância na metade da história. A maior parte da narrativa gira em torno das descobertas sexuais de Catherine e suas aventuras sexuais, com pitadas de sadomasoquismo, sexo anal com manteiga e outras excentricidades. Enquanto algumas das cenas descritas no livro acontecem de verdade, outras são frutos da imaginação da personagem, e muitas vezes isso confunde o leitor, o que eu achei um dos poucos pontos negativos de Juliette Society.



O livro é muito apimentado, se distanciando muito da classificação de "romance erótico" para flertar com o gênero "literatura pornográfica". Decididamente é para ser lido com a mente aberta e livre de tabus e preconceitos quando o assunto é sexo. Porque sim, o sexo aqui é parte fundamental da história, quase como um personagem independente, e o livro de Sasha Grey não existiria sem ele. Não há romancezinho meloso ou protagonistas pudicas, o negócio aqui é putaria hardcore sexo selvagem, ponto.

O que eu amei de verdade foram as referências cinematográficas ao longo do livro! Dá para ver que a autora não só adora cinema como pesquisou para escrever seu livro. Há várias citações contextualizadas e também referências mais implícitas, como a supracitada passagem do sexo anal com manteiga, que remete ao clássico O Último Tango em Paris. Outras referências a filmes como Cidadão Kane, De Olhos Bem Fechados, Um Corpo que Cai, entre outros, também permeiam a narrativa, tornando o livro bem gostoso de ler para os amantes do cinema.

Falei sobre tudo isso e muito mais na minha vídeo-resenha sobre Juliettte Society. Só aviso logo que o vídeo contém todo o tipo de palavras "de baixo calão", então se você não quer ver Fabiolinha falando mais palavrão do que de costume, pule para os outros vídeos do canal. ;)




E você, já leu Juliette Society? Se empolgou tanto quanto eu? Me conta nos comentários!

Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





O Estilo Pastel Goth

quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Quando eu era adolescente flertava muito com o estilo gótico na hora de me vestir. A paixão pelas músicas com influências góticas me levou a adotar o visual e eu adorava fazer a trevosa e sair por aí de preto, da cabeça aos pés. Com o tempo, acabei abandonando o estilo, mas continuo achando incrível. Por isso, babei quando conheci o estilo Pastel Goth, uma variação do gótico em que o tradicional preto se junta à delicadeza dos tons pastel. Como ser mais legal?



A princípio, a combinação pode parecer esdrúxula, mas na prática funciona muito bem, e eu adoro o ar dark but so lovely que o visual proporciona. No Pastel Goth, predominam as cores claras e elementos delicados como unicórnios, cupcakes, flores e perucas coloridas se unem aos elementos de inspiração gótica, como caveiras, spikes, crucifixos, entre outros. Ando mega discreta em meus looks ultimamente, mas estou com muita vontade de arriscar e trazer um toque pastel goth para o meu estilo, porque esta vibe de menininha-fofa-porém-sombria super combina comigo.

Particularmente acho muito engraçada a ironia de se misturar características bonitinhas e inofensivas com elementos mais agressivos, e gosto da ideia de brincar com isso porque, afinal, ninguém é 100% cute, nem 100% dark.




Para quem quer se inspirar no estilo mas não quer sair montada por aí, dá para inserir algumas peças características do Pastel Goth em um look mais básico, criando um visual único. Minha dica é investir em acessórios como tiaras, bijuterias, sapatos, além de usar e abusar da combinação de preto com cores pastel.



Outra coisa que eu acho super legal no visual Pastel Goth são os cabelos coloridos. Meu sonho sempre foi pintar os meus com cores fantasia, mas como eu tenho química nos fios acho que não daria muito certo. Então, juro que estou pensando seriamente em adquirir uma peruca, nem que seja só para brincar e gravar vídeos, por que não? De qualquer maneira, acho o máximo o visual, e combina muito bem com o estilo gótico-fofo. 

O importante é não ter medo de errar. A moda está sempre em construção e não existe certo/errado. A magia está em inventar novas combinações, adaptar as peças ao seu estilo pessoal e descobrir em frente ao espelho o que fica melhor em você.



E você, dedinho para cima ou para baixo para o estilo Pastel Goth?
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Sobre crônicas e felicidade: Livro Viver não Dói

segunda-feira, 14 de outubro de 2013
A melhor parte de ter parceria com editoras é ter acesso a livros que, normalmente, você não escolheria para ler, mas que acabam se revelando belas surpresas. Foi exatamente isso que senti ao terminar de ler Viver não dói, da Leila Ferreira, que a Globo Livros me enviou para fazer resenha. 

Logo de início o título me atraiu e quis ler assim que tive chances, pois adoro crônicas, ainda mais quando se tratam de temas tão sublimes quanto a felicidade e outros bichos. Amei a forma como o livro foi dividido em sub-temas, com cada crônica sendo agrupada em um capítulo temático. Assim, eu pude escolher a ordem em que queria ler cada uma, sem ter que necessariamente adotar uma leitura linear.


Como eu já esperava, minha parte do livro favorita foi mesmo a que fala sobre felicidade. Parece óbvio, mas as pessoas (eu inclusa) tendem a achar que a felicidade é um nirvana a ser perseguido por toda a vida. Pare para pensar em quantas vezes você escutou um conhecido comentando que só será feliz após conseguir aquela promoção tão almejada no emprego, ou após quitar seu apartamento, ou mesmo após se casar e ter filhos. 

Esta idealização e romantização da felicidade contribui para que ela seja, paradoxalmente, cada vez mais inalcançável, o que acaba gerando muita frustração. A autora nos propõe, em crônicas leves e despretensiosas, parar de deixar para ser muito feliz amanhã e focar em ser feliz, na medida, hoje. Aproveitar os pequenos momentos antes que eles virem apenas recordações, extrair a felicidade das coisas mais bobas. Concordo demais com este ponto, tanto é que em 2013 adotei o hábito de todos os dias escrever na agenda algo de bom que tenha me acontecido. Surpreendentemente funciona.



Viver não dói é o tipo de livro que eu tenho vontade de ler com o caderninho na mão, anotando todas as passagens com as quais eu me identifico. Tanto que fotografei alguns trechos de que gostei, na falta de lápis e papel à mão. :) Achei incrível como Leila Ferreira conseguiu traduzir em poucas páginas muitos dos meus pensamentos. 

Só não curti muito a parte sobre viagens, porque não tenho mesmo o costume nem o gosto de ler sobre o assunto. Acabei achando as crônicas deste capítulo meio enfadonhas. Opinião pessoal minha, é claro. Como eu disse, a mágica deste livro é poder ser lido de trás para frente, fora de ordem, com a maior liberdade possível, inclusive pulando algumas crônicas aqui e acolá, para depois voltar a elas em um momento mais propício. 

Fiz um vídeo curtinho sintetizando um pouco da minha opinião sobre o livro, e sugiro assisti-lo caso você tenha se interessado.


Definitivamente Leila Ferreira me provou mais uma vez algo que sempre repito quando falo sobre algum livro de crônicas ou não-ficção: nem sempre o livro mais envolvente é aquele com ação o tempo todo, narrativa eletrizante e personagens com características tão incríveis que chegam a ser inverossímeis. A simplicidade pode ser muito, muito bela. 



E você, também gosta deste estilo de leitura?

Disclaimer: Este livro foi enviado pela editora para resenha. Tudo o que foi exposto neste artigo é baseado em minha opinião sincera e não recebo nenhum tipo de compensação para escrever o post.
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Por que eu não faço, nunca farei e não recomendo a Dukan

sexta-feira, 11 de outubro de 2013
Eu acho que os grupos de dieta/fitness no facebook (e até no instagram) são bem bacanas para quem busca motivação. É claro que sempre tem aqueles tipinhos que acham que não existe vida além da barriga com gominhos e que consideram celulite um sinônimo de "falta de vergonha na cara", mas essas pessoas eu faço questão de ignorar solenemente. Gosto mesmo é dos relatos de emagrecimento, dos depoimentos motivadores, das dicas compartilhadas. Algo que observei passeando virtualmente por essas comunidades foi que várias pessoas são adeptas da Dieta Dukan, e logo que começou o boom eu pesquisei para ver qual era. Li o livro do Dr.Dukan, estudei muito sobre o assunto e... devo dizer que torci o nariz. Relutei, mas hoje vim aqui contar por que eu não faço e não indico a Dukan.



Proibir x Reeducar

Para começar devo dizer que eu sou terminantemente contra qualquer dieta restritiva. Primeiro porque não acredito que seja saudável privar o organismo de um grupo de nutrientes. Segundo porque a privação gera frustração, e o que acontece é que, assim que a pessoa alcança o peso desejado e volta a comer "normalmente", reintroduzindo os alimentos que eram proibidos, acaba querendo compensar o tempo perdido e exagerando na dose, o que pode resultar no temido efeito sanfona. É melhor se reeducar, aprender a comer de uma maneira mais saudável e a fazer boas escolhas, sem neuras ou proibições, porque este hábito a gente leva para a vida, enquanto dietas duram apenas por um período. Isso eu aprendi nos Vigilantes do Peso e me ajudou demais.

Uma dieta com baixíssimo teor de carboidratos traz riscos à saúde, por mais que Pierre Dukan afirme o contrário diversas vezes em seu livro. Tanto é verdade que vejo muita gente relatando problemas como dores de cabeça, fraqueza, tontura, enjôo e por aí vai. Para quem faz muito exercício, como eu, a dieta Dukan é quase suicida, porque com todo o farelo que os adeptos da dieta precisam comer, ainda assim falta energia para aguentar a rotina pesada de treino! Mais: excesso de proteína pode acabar sobrecarregando os rins, então quem faz a Dukan tem que fazer exames constantes para monitorar se está tudo bem. 

Alimentos proibidos x Alimentos permitidos

Uma coisa que não me desce na Dukan é o conceito do que pode ou não pode comer. Primeiro, antes da fase de consolidação (quando já se chegou ao peso desejado) simplesmente não se pode consumir folhas e frutas! Tipo, nunca. Até aí eu entendo, porque apesar de serem alimentos saudáveis as verduras e as frutas têm muito carboidrato. Mas o que não dá para engolir é proibir alimentos saudáveis e permitir adoçantes, sucos Clight, refrigerante zero e todos estes produtos ditos light/zero entupidos de conservantes e aspartame. Oi?? Não pode comer fruta, mas pode se encher de pozinho colorido? Onde que isso faz sentido, minha gente? Pasme, já cheguei ao cúmulo de ver uma "dukaniana" dizendo que determinada receita levava morango, mas como não era permitido, ela substituiu a fruta por Clight e criou uma "sobremesa Dukan saudável". Saudável naonde, cara-pálida?

E é bem bizarro isso, porque como elas não podem comer quase nada, ficam inventando e fazendo adaptações que nem sempre são saudáveis. Tipo adicionar pó para pudim diet em tudo para fazer sobremesas fake, substituir as frutas das receitas por suco em saquinho e por aí vai. É muito produto químico para pouca comida, e eu realmente me pergunto onde fica a saúde nisso tudo. Inclusive, sobre estes pudins de pozinho, cabe o alerta: não só têm aspartame, corantes e mil conservantes na composição, como quase todas as marcas no mercado levam amido de milho transgênico entre os ingredientes. Isso me causou muita decepção, porque consumia de vez em quando e achava bem prático.

Refrigerante sem açúcar, gelatina diet e sucos de saquinho não contam pontos nos Vigilantes, então você pode argumentar que também são alimentos "liberados" neste método. Mas não é bem assim. Eu, pelo menos, nunca vi nenhuma orientadora falar nas reuniões que é melhor optar por coca zero ao invés de um suco natural. Ao contrário, sempre nos orientam a dar preferência pelo suco da fruta, porque apesar de mais calóricos, não são calorias vazias. Em compensação, já vi muitas, mas muitas adeptas da Dukan postando fotos de latinhas de refrigerante zero, se dizendo "viciadas" e dando graças aos céus por eles serem totalmente liberados em suas dietas.



O Efeito Sanfona

Por fim, uma pergunta sincera: quem consegue levar uma dieta dessas por muito tempo? Quem consegue levar estes hábitos para a vida? Não digo restringir os carboidratos, mas sim cortá-los quase por completo. Acredito que, como toda dieta restritiva, a Dukan satura as pessoas e, quando os alimentos antes proibidos tornam a ser permitidos, a tendência é que se exagere neles. A meu ver, não há uma verdadeira mudança de hábitos, uma reeducação, por isso a chance de voltar a engordar é bem grande. Não é à toa que metade das pessoas que eu conheço que fizeram a Dukan ou desistiram da dieta ou acabaram ganhando peso novamente.

Funciona?

É óbvio que funciona. É claro que com uma dieta rica em proteínas e paupérrima em carboidratos a pessoa vai perder muito peso, e muito rapidamente. O meu questionamento não é e nunca foi se a Dukan (e as outras dietas da proteína) traz resultado, e sim se é viável em longo prazo e benéfica para a saúde.

Acho que para quem tem muito peso para perder a Dukan pode ser uma boa alternativa, porque os resultados aparecem logo e isso ajuda a motivar. Mas eu, se obesa fosse, faria a primeira fase só para dar um "susto" no organismo e perder os quilos iniciais e depois partiria para um método menos penoso. Sinceramente? Ainda sou adepta da boa, velha e lenta reeducação alimentar. Os resultados podem demorar um pouco mais, mas certamente são mais duradouros e a saúde não se perde no meio do caminho.

Mas afinal, quem é Fabiola Paschoal para recomendar ou des-recomendar dietas?

Ninguém. Não sou médica, não sou nutricionista, não sou educadora física. Sou apenas uma menina que tentou quase tudo para emagrecer, mas só conseguiu quando passou a rever sua relação com a comida. Eu chego a ser chata olhando todos os rótulos no supermercado mas, pelo menos, estou dentro do peso e meus exames estão super ok. E acho que, depois de perder quase 30 quilos sem tomar remédios, eu posso, sim, dar uns pitacos aqui e acolá sobre emagrecimento e dietas. ;)

E é isso! O post ficou gigante, mas acho que consegui pontuar minha opinião. E você, o que acha deste assunto? Eu sei que é polêmico, mas a discussão é sempre válida. 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Favoritos da vida: comprei, amei e comprei de novo

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Gente curiosa e consumista que nem eu não pode ver uma novidade nas prateleiras e sempre acaba comprando muita coisa para experimentar. Quem tem blog, então, vive testando coisas novas para ter pauta. Assim, é bem difícil eu conseguir terminar um produto, que dirá repetir a dose e comprar de novo quando chega ao fim! Geralmente eu acabo passando para a frente quando vejo que não vou dar conta de usar tudo até a data de validade. Mas existem produtos que são tão, mas tão incríveis que eu sempre faço estoque, de tanto que amo!

Como coisa boa a gente compartilha, resolvi fazer um vídeo contando quais são os produtos que eu comprei, amei e comprei de novo! Se quiser saber quais são meus queridinhos da vida é só dar o play.


Produtos mencionados no vídeo:


E você, tem algum produto que não deixa faltar na coleção? Já usou algum dos meus queridinhos?
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Resenha: Livro Lua de Mel - James Patterson e Howard Roughan

terça-feira, 8 de outubro de 2013
Há alguns meses a Arqueiro me mandou o livro Lua de Mel, de James Patterson e Howard Roughan, e com certo atraso estou aqui para dizer o que achei.  Antes de começar, devo dizer que sou aficionada por romances policiais e é bem difícil algum não me agradar. Em geral, os acho muito divertidos, um ótimo tipo de leitura para desestressar e descansar a mente. Não foi diferente com Lua de Mel



O plot é bem curioso: Nora Sinclair é uma designer de interiores sedutora e extremamente bem-sucedida, mas, misteriosamente, os homens com quem ela se envolve costumam ser vítimas de acontecimentos estranhos. Isto desperta a curiosidade do FBI, e o malicioso detetive John O'Hara resolve investigar. O que ele não sabia é que também iria cair na teia de Nora. 

Logo de cara o livro traz uma coisa de que gosto muito: uma antagonista mega independente, inteligente e forte! Sim, tenho um fraco por vilões, sobretudo se são do sexo feminino e deixam os homens no chinelo. Mas O'Hara também é um personagem interessante e gostei do toque de sarcasmo em suas falas, apesar de achá-lo meio "ingênuo" em certas ocasiões.

Uma coisa bem interessante neste livro é que, como bem explicitado no prólogo, as coisas nem sempre são o que parecem ser. Tanto Nora como O'Hara dominam as artes do disfarce e da dissimulação, enganando um ao outro e, por vezes, ao leitor também. Os personagens principais se envolvem num verdadeiro jogo de gato e rato, fazendo com que o leitor muitas vezes se confunda e mude de opinião. Com tramas paralelas se desenrolando ao mesmo tempo, a narrativa flui de uma maneira bem ágil, o que é especialmente útil quando se trata de um livro de suspense. 

O final eu devo dizer que não me surpreendeu muito, mas em parte isso se deve ao fato de que leio romances policiais há treze anos e, portanto, já peguei "as manhas" dos autores e não me deixo enganar tão facilmente (conforme eu já expliquei em minha resenha de The Cuckoo's Calling). Este livro é daqueles em que o leitor já sabe desde o início quem é o assassino. Mas isso nem de perto estraga o suspense da história, porque várias reviravoltas vão surgindo a todo momento. Ainda assim, curti a experiência e pretendo ler outros livros do autor. Estou particularmente curiosa com a série Clube das Mulheres Contra o Crime, e não devo demorar para começar, pois já tenho o 4 de Julho em casa há muito tempo me esperando.  

Depois de ler Lua de Mel, só me restou uma dúvida: por que raios o James Patterson sempre escreve livros com outros autores? Sério, não entendo esta mania de assinar as obras a quatro mãos. Mas ok, estou divagando. O que importa é que minha primeira impressão do autor foi bacana, que venham outros livros. ;) 

Você já leu algo de James Patterson? Também curte romances policiais tanto quanto eu? 

Disclaimer: Este livro foi enviado pela editora para resenha. Tudo o que foi exposto neste artigo é baseado em minha opinião sincera e não recebo nenhum tipo de compensação para escrever o post.
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Look Poeme-se: E que o mundo Drummond-se

quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Sempre comento por aqui que seguir moda não é nem um pouco a minha praia. Tenho um estilo próprio e gosto mesmo é de criar visuais diferentes e que me ajudem a traduzir e expressar o que sinto e as coisas de que gosto. É por isso que eu adoro as camisetas da Poeme-se! Com elas, consigo vestir poesia, literalmente, e exibir para o mundo todo o meu amor pela leitura.

Já sou cliente da marca há séculos, e fiquei muito feliz por ela ter virado parceira aqui do blog! A Poeme-se me ofereceu uma camiseta de presente à minha escolha, e eu nem titubeei: pedi a "E que o mundo Drummond-se", com direito até aos oclinhos que são marca registrada de um dos meus poetas favoritos. 

Já usei horrores, inclusive na Bienal, mas sempre de um jeito bem básico, combinada com jeans e all star. Desta vez, resolvi sair um pouquinho da minha zona de conforto, achei o resultado legal e fotografei para mostrar aqui.


Achei que a saia de couro fake deu um toque diferente ao visual, deixando a combinação mais ousada. Ia usar sapatilhas pretas de tressê, mas acabei optando pelas nude de camurça porque são extremamente confortáveis e ornaram bem com a camiseta. Fechei com o batom Pura Provocação da Avon, que é um dos meus queridinhos da vida! 

Fui com este look ao Clube do Livro da Saraiva de Setembro, que eu amo de paixão e faço questão de ir todo mês. Sim, eu sou bem óbvia e gosto de ir vestida com temas literários a eventos literários. 



A saia de couro sintético preta é da Renner, já tenho há mais de um ano e uso horrores (mas sei que ainda tem para vender nas lojas, em outras cores inclusive). As sapatilhas nude-amor são da Le Chic e amo porque custaram a bagatela de R$24,50, além de serem ultra macias! Gosto muito de sair do óbvio de vez em quando e arriscar combinações que, normalmente, não seriam a minha primeira opção. 

Além do modelo E que o mundo Drummond-se, eu tenho outras camisetas da Poeme-se que já mostrei aqui no blog. A do Fernando Pessoa eu uso tanto que já deve saber o caminho de casa sozinha!

E eu tenho uma novidade muito incrível, e que me deixou muito feliz, mas não posso contar ainda. =X De qualquer forma, fica aí a dica para quem gosta de roupas mais alternativas e, principalmente, para quem ama tanto poesia que quer levá-la, literalmente, estampada no peito. A Poeme-se vende online e tem várias estampas incríveis, além de outros acessórios literários.

Disclaimer: Este produto foi enviado pela marca para experimentação. Tudo o que foi exposto neste post é baseado em minha opinião sincera e não recebo nenhum tipo de compensação para escrevê-lo.
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Guilty Pleasures Literários

terça-feira, 1 de outubro de 2013
Eu já devo ter comentado por aqui que meu gosto literário é meio diferenciado. Leio de tudo, mas gosto mais dos livros que promovam uma reflexão e agreguem algo à minha vida ao invés de ser mero passatempo. Meus livros preferidos são os que vão além da fórmula “mocinho + mocinha = felizes para sempre”. Mas ninguém é de ferro e eu também tenho certos guilty pleasures literários, ou seja, livros que não têm qualidade tão boa e às vezes nem são muito bem escritos, mas que são ótimos para relaxar a mente e se distrair. 



Meu maior guilty pleasure literário com certeza é chick-lit e eu tenho uma relação de amor e ódio com o gênero. Alguns livros, como os da Marian Keyes, até vão além do “papo de comadre” para tratar de temas mais sérios, mas devo admitir que a maioria dos chick-lits é 100% aguinha com açúcar. Muitas vezes morro de vergonha alheia das personagens principais e sei que em muitos desses livros a linguagem utilizada é extremamente rasa. Mas acho ótimo para dar boas risadas. Só não vale achar que é o melhor gênero literário do mundo e se fechar completamente para outras leituras, né? 

Outro guilty pleasure são os romances policiais. Existem autores e autores, e alguns livros policiais são inteligentes e bem-escritos (me julgue, mas Agatha Christie é diva!) mas outros são descartáveis, a ponto de eu me esquecer totalmente da história dias depois de ler, e têm a função apenas de distrair. Contanto que cumpram este propósito, estou feliz. 

Recentemente entraram na moda os romances eróticos, ou pornô soft, e me julgue com força, mas eu acho divertidíssimo! Haja vista que eu tenho mil ressalvas com 50 Tons de Cinza por conta da submissão da Anastasia, do jeito possessivo, stalker e controlador do Mr. Grey e do fato de a história ser estupidamente mal escrita e repetitiva, mas ainda assim ri horrores lendo o primeiro volume (o segundo, contudo, não consegui terminar porque a mais-do-mesmice atingiu níveis insuportáveis e eu joguei a toalha nas primeiras páginas). Acredito que se o livro fosse (bem) menos machista e escrito com uma linguagem menos patética poderia ser uma leitura bem legal. 

Por fim, a categoria que eu amo odiar: YA, ou young adult! Meu problema com os YAs é que, de uns tempos para cá, todo mundo parece só dar atenção a eles! Estes livros têm um público muito específico, leitores por volta dos vinte anos e, portanto, aborda os assuntos pertinentes a esta faixa. Só que eu já cansei de ver gente de mais de trinta que só lê YA na vida. E ok, cada um lê o que bem entende, e quem sou eu para julgar o gosto alheio? Mas nunca entenderei adultos que só lêem volumes voltados para leitores bem mais jovens. Tem tanta coisa bacana sendo publicada que eu vejo como desperdício que muita gente fique presa a somente este gênero literário, sobretudo quando grande parte desta "muita gente" já nem é mais tão jovem adulto assim.  Gosto do gênero, mas acho superestimado, pronto falei.  



Moral da história? Vou continuar apreciando os clássicos e os livros "de adulto sério", mas no meu coração de leitora tem espaço para vários gêneros, tudo depende do momento que estou vivendo e do que eu espero de cada leitura. 

E você, também tem guilty pleasures literários?
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Favoritos de Setembro!



E mais um mês termina. É impressão minha ou setembro se arrastou até não poder mais? Enfim, cá estou para contar para você o que eu amei no mês que passou. Várias novidades e alguns antigos amores que andei resgatando.Bateu a curiosidade? Então não deixe de assistir ao vídeo:


Produtos mencionados no vídeo:

- BB Cream Maybelline (cor clara)
- Lip Butter Nivea (resenha em breve)
- Batom RS320 Shiseido
- Base Colorstay Gel-Smooth Base Coat Revlon (resenha em breve)
- Gel Hidratante de ação anti-acne Nivea
- Roll-on Nivea Q10 anti-rugas para contorno dos olhos

(falei da minha rotina de pele aqui)

Comidinhas mencionadas no vídeo: 

- Granola com chocolate Tia Sônia
- Pão sem glúten e sem lactose Bem Nutrir

Falei de ambos neste post aqui.

Séries mencionadas no vídeo:

- 8ª temporada de Dexter (FAAAAAAIL total!!)
- 1ª temporada de Breaking Bad \o/

Música mencionada no vídeo:


Livro mencionado no vídeo:

- Faça Acontecer (Lean In) da Sheryl Sandberg (vídeo em breve) 

E você, tem o que para me indicar? Conta para mim nos comentários! 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.
 
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