O que eu ando lendo

sexta-feira, 29 de maio de 2015
Eu sou dessas pessoas meio loucas que não consegue sossegar e ler só um livro ao mesmo tempo, exceto em casos específicos, como aqueles livros policiais que eu só fecho quando sei o final. Me entedio facilmente e gosto de ficar variando as leituras da vez para não enjoar.

E aí que eu sempre tenho um milhão de livros começados, que sabe-se Deus quando vou terminar. No momento, as leituras em andamento são essas:



O Frenesi Polissilábico do Nick Hornby é um livro tão gostosinho de ler que eu estou economizando. Estou lendo este livro desde o início do ano e não termino porque leio em doses homeopáticas, quando quero algo relaxante, despretensioso e que envolva, é claro, meu assunto favorito: os livros. 

Vivian Contra o Apocalipse da Katie Coyle é um YA surpreendente! Foge dos clichês comuns a romances deste gênero e, além de ter uma mocinha fodástica, ainda faz uma dura crítica ao fanatismo religioso e ao conservadorismo. Não sei se fui só eu, mas notei certas semelhanças deste livro com Os Três, mais alguém? 

Nova Gramática Finlandesa do Diego Marani estava indo muito bem, mas a história começou a ficar em um ritmo meio lento e a leitura empacou. Mas a sinopse é interessante e eu estava curtindo muito o livro, pretendo retomar em breve, quando estiver menos ansiosa e impaciente. 

Estou lendo também dois mangás nas horas vagas: Thermae Romae III e Sailor Moon 6! Não sei porque, mas eu sempre levo vidas para terminar um mangá. Acho que o fato de ler "ao contrário" me cansa, sei que mesmo gostando das séries eu nunca consigo ler rápido. Mas o que importa é que estes mangás são fantásticos! 

E estas são as minhas leituras em andamento, fora aqueles livros que eu comecei há anos e ainda não terminei (Oi, Morte de Tinta). Quem também tem mania de ler vários livros ao mesmo tempo levanta a mão! o/ 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Lendo Gabo: Memória de Minhas Putas Tristes

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Apesar de eu não gostar de Cem Anos de Solidão (Desculpa, sociedade) eu gosto muito² de outro livro do Gabriel Garcia Márquez, que inclusive li mais tarde e apreciei demais a leitura. Estou falando de Memória de Minhas Putas Tristes. Apesar do nome sugestivo, o livro trata, basicamente, do amor. Porém, este tema é abordado com uma sutileza impressionante. A narrativa é muito bonita, digna de Garcia Márquez, e eu confesso que precisei engolir uma ou outra lagrimazinha que teimava em dar as caras durante a leitura. Espero realmente que o filme tenha conseguido captar a essência deste livro.
Memória de minhas putas tristes conta a história de um homem idoso que sempre se orgulhara de só ter ido para a cama com prostitutas ao longo da vida e, portanto, nunca havia se apaixonado. Ao completar noventa anos, ele resolve se dar de presente uma noite de amor com uma bela virgem. Assim, acaba indo parar em um prostíbulo, onde uma jovem de 14 anos, virgem e encantadora, o esperava adormecida. Porém, ele se encanta de tal forma pela moça que decide não a violar, e o que seria apenas uma noite de sexo ardente ou não, visto que ele tinha noventa anos ( haja Viagra!) vira o princípio de um amor puro e sincero. A história narrada passa então a ser a do velho, que, enquanto a jovem dorme, conversa com ela e repensa sobre sua vida.

“O sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcança.” 

Curiosamente, nunca chega a haver sexo entre os dois. O amor que o velho sente pela moça é puramente platônico, nunca chega a se concretizar, visto que ela está sempre dormindo quando eles se encontram. E eu sei que este fato pode fazer com que muitas pessoas se decepcionem com o livro, porém, acredite, é isso que torna a história tão única e especial. A narrativa do velho é muito emocionante, e recheada de passagens marcantes.
Enfim, o livro é pequenininho (132 páginas), fácil de ler e muito, mas muito bom! Recomendadíssimo para quem gosta de histórias de amor “fora da caixinha”. Sei que existe uma adaptação para o cinema, mas ainda não a assisti. Está na listinha!
Você já leu esse livro? Conta para mim nos comentários o que achou!
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





5 músicas pop para dar um up na auto-estima

terça-feira, 26 de maio de 2015


Eu tenho síndrome de Rob Fleming e sempre que possível faço listas mentais sobre tudo! Algumas destas listas envolvem música e viram playlists mais cedo ou mais tarde. Desta vez, decidi listar as minhas 5 músicas pop preferidas quando o assunto é fortalecer a auto-estima.

Fucking Perfect – Pink



Essa é uma das músicas mais legais da Pink! A letra é super inspiradora e me ajudou muito durante uma fase obscura em que eu estava me sentindo um lixo. Fucking Perfect precisa ser ouvida por qualquer pessoa que tenha dúvidas sobre o seu valor no mundo.

"Don't you ever ever feel like you're less than fucking perfect". 

Try – Colbie Caillat


A letra de Try é muito bonita e nos leva a uma reflexão importante: será que a gente se arruma para agradar aos outros, ou a nós mesmas? Fala sobre como não precisamos nos esforçar tanto para sermos perfeitas, porque já somos incríveis do jeito que somos. Cute!

"Take your makeup off, let your hair down, take a breath, look into the mirror at yourself
Don't you like you? 'Cause I like you..."

Shake it Off - Taylor Swift


Taylor Swift nos fala para não dar bola para os haters e viver a vida da maneira como acharmos melhor. Quão legal isso pode ser? Fora que Shake it Off é super animada, adoro quando toca na academia porque dá aquele gás. <3

"Cause the players gonna play, play, play. And the haters gonna hate, hate, hate. But I'm just gonna shake, shake, shake shake it off"

Firework - Katy Perry


Quem nunca se sentiu como um saco de plástico? Quem nunca se olhou no espelho e se achou um lixo? Katy Perry vem quebrando tudo e nos dizendo para brilhar como fogos de artifício. Impossível não se empolgar com essa música, minha gente!

"Cause there's a spark in you, you just gotta ignite the light and let it shine"

Beautiful - Christina Aguilera





Por fim, mais um hino dos meus 15 anos, que continua fazendo todo sentido hoje, 12 anos depois. Não importa o que as pessoas maldosas falem ou pensem de você, nada disso pode te abalar, e nada disso deve fazer você esquecer que é única e especial. E linda, à sua maneira. Todas somos, afinal. Linda mensagem, não? :)

"You are beautiful no matter what they say, words can't bring you down".

E você, tem alguma música para acrescentar a esta lista? Divide comigo nos comentários! 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently

segunda-feira, 25 de maio de 2015


Dia 25 de maio é conhecido como o Dia da Toalha. A data comemorativa é, na verdade, uma homenagem dos fãs da série O Guia do Mochileiro das Galáxias ao autor da série, Douglas Adams. Neste dia, os fãs celebram o legado do autor portando uma toalha o dia inteiro. Mas, afinal, qual é a importância de um objeto tão banal como uma toalha? Bom, vou citar Douglas Adams para explicar: 

"A toalha é um dos objetos mais úteis para um mochileiro interestelar. Em parte devido a seu valor prático: você pode usar a toalha como agasalho quando atravessar as frias luas de Beta de Jagla; pode deitar-se sobre ela nas reluzentes praias de areia marmórea de Santragino V, respirando os inebriantes vapores marítimos; você pode dormir debaixo dela sob as estrelas que brilham avermelhadas no mundo desértico de Kakrafoon; pode usá-la como vela para descer numa minijangada as águas lentas e pesadas do rio Moth; pode umedecê-la e utilizá-la para lutar em um combate corpo a corpo; enrolá-la em torno da cabeça para proteger-se de emanações tóxicas ou para evitar o olhar da Terrível Besta Voraz de Traal (um animal estonteantemente burro, que acha que, se você não pode vê-lo, ele também não pode ver você -estúpido feito uma anta, mas muito, muito voraz); você pode agitar a toalha em situações de emergência para pedir socorro; e naturalmente pode usá-la para enxugar-se com ela se ainda estiver razoavelmente limpa.

Porém o mais importante é o imenso valor psicológico da toalha. Por algum motivo, quando um estrito (isto é, um não-mochileiro) descobre que um mochileiro tem uma toalha, ele automaticamente conclui que ele tem também escova de dentes, esponja, sabonete, lata de biscoitos, garrafinha de aguardente, bússola, mapa, barbante, repelente, capa de chuva, traje espacial, etc, etc." 

Enfim, nada melhor para comemorar o Dia da Toalha do que fazer resenha de um livro do Douglas Adams, yay! Eu ainda não li a série O Mochileiro... apesar de ter muita vontade! Mas o primeiro livro do autor que li, Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently, é muito divertido, e é dele que vou falar por aqui hoje. 

Não foi um livro fácil a princípio, porque eu não sabia exatamente o que me esperava. Acredito para os fãs de Adams a leitura vai ser muito mais fácil, o nonsense não vai causar tanta estranheza a princípio, como causaram para mim, que nunca havia lido nada do autor. Porém, conforme a leitura evoluiu, entrei no clima do livro e acabei gostando muito da história. É um livro muito engraçado, com várias piadas e referências à cultura pop e, ao mesmo tempo, muito inteligente. Me peguei rindo em vários momentos por causa das piadinhas sutis e certeiras de Adams.

Falei sobre o livro em vídeo porque achei mais fácil expressar minhas impressões de leitura desta obra tão peculiar falando do que escrevendo. Vale a pena assistir ;)


E você, já leu alguma coisa do Douglas Adams? Conta para mim o que achou! 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Novel Journals: Os incríveis caderninhos literários

sexta-feira, 22 de maio de 2015
Imagine poder escrever nas entrelinhas do seu romance favorito. Com a coleção Novel Journals da Canterbury Classics isso é possível! Olha só que coisa linda para a coleção de um bibliófilo, minha gente! 



Estes cadernos são extremamente bem acabados, as capas são lindas e inspiradas em grandes clássicos da literatura. Tem Jane Eyre, Grandes Esperanças, Drácula, O Retrato de Dorian Grey, e por aí vai. 

Cada capa é mais maravilhosa do que a outra, as cores são lindas e os caderninhos são apaixonantes.. mas o mais legal de tudo é que as linhas são, na verdade, letrinhas minúsculas que compõem o romance do título. Sim, agora você pode, literalmente, escrever nas entrelinhas daquele autor queridinho.






Já tinha visto na loja física da Livraria Cultura mas achei carinho, em torno dos R$70. Agora estão todos em promoção no site, por R$49. Agora já dá para brincar, né? Achei incrível e já estou cobiçando um, o problema é escolher o meu preferido. Qual você achou mais legal?

Veja todos os modelos dos Novel Journals no site da Cultura:




- Emma








Meus favoritos sem dúvida são Emma, Grandes Esperanças e O Retrato de Dorian Gray. Estou cobiçando muito um destes para catalogar os livros que leio e registrar minhas impressões de leitura. 

Qual foi o seu favorito? ♥


Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





É hoje... é hoje... Leia Mulheres!

quarta-feira, 20 de maio de 2015
Passando para lembrar que hoje rola a segunda edição do Clube de Leitura #LeiaMulheres, mediado pelas muito-lindas Luara França, Denise Mercedes e Marina Burdman. Como o próprio nome já entrega, este encontro mensal tem a proposta de incentivar a leitura de livros escritos por mulheres, e promover o debate sobre estas obras.

O livro da vez é o Luzes de Emergência se Acenderão Automaticamente, da Luisa Geisler. Caso você queira ver o que eu achei do livro, já rolou resenha aqui no blog, confere lá.



Este é o segundo encontro do Leia Mulheres na Blooks e eu amei demais a iniciativa de debater mensalmente livros de autoria feminina. O primeiro livro discutido foi Fugitiva da Alice Munro, uma coletânea de contos, e dessa vez foi feita a opção por um romance epistolar. Fiquei super feliz, afinal, já queria ler o livro da Luisa Geisler e esta foi a "desculpa" perfeita para eu comprá-lo e devorá-lo. 

Eu adoro discutir sobre livros, amo clubes de leitura e afins, e estou adorando o incentivo à leitura de escritoras mulheres, para derrubar este mito de que mulher só pode escrever um tipo de literatura: a saber, aqueles romancezinhos bem água com açúcar. Isso é pura falácia, existem livros incríveis, de diferentes gêneros literários, escritos por autoras talentosíssimas. É isso que pretendemos debater nos encontros.


Fica o lembrete: hoje, dia 20 de maio, às 19:30 acontecerá na Livraria Blooks o segundo debate do Leia Mulheres. A Blooks fica na Praia de Botafogo 316. Aparece lá para a gente conversar! 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Roteiro de viagem inspirado em Agatha Christie

terça-feira, 19 de maio de 2015
Uma das coisas que eu mais amava quando era leitora assídua de Agatha Christie era o clima dos seus livros. Eu adorava a maneira como ela conseguia recriar em suas páginas a atmosfera das cidadezinhas inglesas e seu charme do século passado.



Pois bem, saiba que existem roteiros de viagem na Riviera Inglesa e até mesmo passeios temáticos inspirados na Dama do Crime! São hotéis, museus, praças, teatros e outras atrações localizados na cidade de Torquay, balneário em que Agatha nasceu, 125 anos atrás. Há, inclusive, um concorrido busto da escritora, onde diariamente muitos fãs aguardam pela chance de tirar uma foto. 

Eu li quase todos os livros publicados pela Agatha Christie e ela é uma das minhas autoras favoritas. Confesso que estou bem a fim de reler alguns, pois muitos foram lidos há mais de 15 anos e eu já não lembro de quase nada. Se eu animar faço vídeos falando sobre estas releituras lá no canal

A reportagem completa com o roteiro você encontra aqui, e eu digo logo que fiquei com vontade de pegar um avião e ir direto para a Inglaterra... quem sabe nas próximas férias? :)


Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Luzes de Emergência se Acenderão Automaticamente

segunda-feira, 18 de maio de 2015
E aí que eu finalmente li Luzes de Emergência se Acenderão Automaticamente, da autora Luisa Geisler, que eu já tinha vontade de ler há um tempinho. Calhou de este ser o livro escolhido para o segundo debate Leia Mulheres da Blooks, e foi o empurrãozinho que me faltava. Mas calma, que eu já falo disso com você. Primeiro, vamos às minhas impressões sobre o livro.



Luzes de Emergência... conta a história de Ike, apelido para Henrique, um jovem universitário de Canoas, que tem uma vidinha comum até que seu melhor amigo, Gabriel, sofre um acidente e entra em coma profundo. A partir daí, tudo muda e ele se vê tomado pelo ímpeto de escrever tudo o que acontece na "ausência" de Gabriel, para que o amigo possa ler quando despertar. E é disso que o livro trata: as cartas escritas por Ike sobre o cotidiano e os fatos da vida dão o tom da narrativa.

O livro é epistolar, narrado pelo Ike através de suas detalhadas cartas, com apenas uns poucos capítulos intermediários narrados em terceira pessoa, que servem para dar ao leitor a visão de fatos desconhecidos pelo narrador. É aquele raro tipo de livro que consegue ser despretensioso e, ao mesmo tempo, surpreender. Isso porque, apesar da narrativa coloquial, ele traz analogias muito interessantes, e leva a uma reflexão ao longo das páginas.

Estas reflexões passam longe do pseudointelectual, e estão mais ligadas às duvidas comuns de jovens adultos que ainda não encontraram direito o seu lugar no mundo, como, por exemplo: É preciso ter um motivo específico para ser feliz, ou é possível ser feliz por nada? A sexualidade é algo fechado e imutável, ou dá para um indivíduo se interessar ora por meninos, ora por meninas? É verdade que a gente tira a pessoa da província mas não tira a província da pessoa? E, finalmente, na falta de energia elétrica, como as luzes de emergência se acenderão automaticamente? 

Um fato bem curioso é que o Ike, por si só, não tem nada de especial. É um cara comum, com medos, problemas e dúvidas comuns, por vezes até soa meio obtuso para o leitor. Porém, em certos momentos, tem insights muito interessantes quando começa a refletir sobre a vida e, sobretudo, durante as conversas com seu amigo Dante, personagem que acaba crescendo na história e do qual eu gostei muito. 

É interessante notar que, no início do livro, Ike parece estar escrevendo para ser lido, preocupa-se em "fazer sentido" e não deixar fatos soltos nas cartas. Isso porque ele tinha certeza de que o destinatário dos textos, Gabriel, acordaria do coma e poderia se inteirar sobre o que aconteceu enquanto esteve ausente pela narrativa de Ike. Conforme o tempo passa, a verdade começa a se apoderar de Ike, e ele sente que, muito provavelmente, seu amigo jamais sairá do coma, jamais chegará a pôr os olhos naquelas correspondências. Assim, inconscientemente, passa a escrever mais para si do que para qualquer pessoa, sem a pretensão de ser lido, somente porque colocar os sentimentos no papel faz bem a ele. 

Ah, não se engane. Apesar de ser um livro epistolar, os fatos narrados não giram somente em torno de Ike. Ao longo das cartas, outros personagens vão surgindo, como as famílias de Ike e de Gabriel, Dante, a namorada de Ike, amigos em comum e por aí vai. Isso faz com que o livro não fique chato ou monótono em momento algum. Pelo contrário, é o tipo de livro que se lê em uma sentada só. 

Eu fiz um vídeo falando sobre minhas impressões mais aprofundadas de leitura e ficou muito legal. Vale a pena o play ;)


Se você gostou da premissa e quer ler, ou já leu o livro, fica o convite: dia 20 de maio às 19:30 acontece na Livraria Blooks o segundo debate do Leia Mulheres, clube de leitura mediado pelas lindas Denise Mercedes, Luara França e Marina Burdman. O tema do mês vai ser, obviamente, o livro de Luisa Geisler, e a Blooks fica na Praia de Botafogo 316. Quem nos vemos lá? :)
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Como nos tornamos leitores?

quinta-feira, 14 de maio de 2015
A Juliana do canal Caraminholas de JotaPluftz fez um vídeo muito legal sobre os livros que a fizeram se tornar a leitora que é hoje. Achei a ideia super legal, porque nem sempre quem acompanha a gente nas internets sabe como nos tornamos leitores, e é interessante poder mostrar esta faceta. Então resolvi gravar minha própria versão contando como eu me tornei essa pequena traça que sou atualmente, e mostrando os livros que corroboraram para isso.



Eu tenho uma camiseta com a citação do Ziraldo de que ler é mais importante do que estudar. De fato acredito nisso. Ter começado a ler desde cedo me ajudou de tantas maneiras, desde os períodos solitários de quando eu era criança, até a fase depressiva na adolescência, isso para não citar a riqueza de vocabulário que os livros me deram e a mente aberta que os livros ajudaram a construir em mim. A cada página eu aprendo alguma coisa nova, e isso é algo que não tem preço. 

Este vídeo em particular foi muito gostoso de gravar, e bateu aquela nostalgia ao lembrar de livros que foram, e ainda são, tão importantes para mim. Se quiser saber um pouquinho mais sobre os livros que mais influenciaram minha formação como leitora é só dar o play abaixo:


Top 5 de leituras que marcaram a minha infância/adolescência como leitora:

- Quadrinhos da Turma da Mônica
- A Marca de uma Lágrima
- Coleção Vovô Felício
- Harry Potter e a Pedra Filosofal
- Morte na Mesopotâmia e 13 à Mesa da Agatha Christie (não consegui citar um só da Agatha, sorry)

Em tempo, a coleção do Vovô Felício, do Vicente Guimarães, realmente está esgotadíssima, mas dá para encontrar no Mercado Livre por precinhos suaves na faixa dos R$700 (ouch!). Acho que vou vender os meus... só que não! :P  (Mas calma, também tem mais barato na Estante Virtual)



E você, começou a ler cedinho ou só descobriu os prazeres da leitura mais tarde? Conta para mim nos comentários pois vou adorar saber!
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Batman 66

quarta-feira, 13 de maio de 2015


Eu li recentemente Piada Mortal (aliás, pode me cobrar resenha porque estou devendo) e fiquei com vontade de ler outros quadrinhos do Batman. Para quem não sabe, o homem-morcego é meu super-herói favorito, mas eu nunca havia lido nada sobre ele #nerdfake. Pensei em começar por Pequena Gothan, por ser despretensioso, ou Batman Noel, por envolver A Christmas Carol. Mas no fim das contas acabei lendo Batman 66, coletânea de histórias que se passam no universo do seriado de TV dos anos 60.

O que chama logo a atenção é o estilo da HQ. Não só o traço é bem diferente do Batman sombrio a que estamos acostumados, mas também as histórias são mais leves, engraçadas, sempre com piadinhas no final. De fato parece muito com o famoso seriado que muita gente ama, e outra parcela odeia (e que deu origem à pérola Batman na Feira da Fruta).  

Em Batman 66 vemos um pouco de tudo quando se trata de supervilões: estão presentes a Mulher-Gato, o Coringa, o Pinguim, o Charada, e outros que eu nunca tinha ouvido falar como o Chapeleiro Louco, o Senhor Frio, o Cabeça de Ovo e o Rei Relógio. 






Não se engane se achar tudo meio tosquinho: é proposital, e ouso dizer que é parte da graça. Esta HQ tem um quê de absurda, e é isso que a faz tão divertida. O fato de ser leve, despretensiosa e tirar sarro de si mesma acaba arrancando risadas dos leitores. Inclusive, creio que dá para ser lido por crianças numa boa, ainda que seja um ótimo entretenimento para nós, nerds adultos. 

Uma coisa bem legal e que vale a nota é que, nesta HQ, os atores que interpretaram estes personagens foram imortalizados. Isso mesmo, os personagens foram desenhados retratando as feições de seus intérpretes. Achei sensacional. 

Apesar de amar a fase mais dark do Batman, confesso que foi bem divertido dar uma chance a Batman 66 e conhecer esta faceta mais brincalhona do herói. Vale a pena ler. ;) 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Favoritos de Abril

terça-feira, 12 de maio de 2015
Em abril rolou muita coisa legal por aqui! Teve seriado, peça de teatro, livro, HQ... muito amor envolvido.



Comecei a assistir uma série nova chamada How to Get Away with Murder que é simplesmente viciante! Juro, matei a primeira temporada em um fim de semana e estou em cólicas para a estreia da segunda. Pena que ainda vai demorar...

Também voltei a assistir Drop Dead Diva por motivos de nostalgia, e redescobri meu amor pela série. É muito legal, também é um seriado de direito, mas tem uma vibe mais “mulherzinha”. Fofura define!

De livros, não tenho nada gritante para indicar, li muito pouco, apesar de ter comprado muitos livros (veja a farra do meu book haul de abril). Meu queridinho foi mesmo Luzes de emergência se acenderão automaticamente, da Luisa Geisler.

Tenho uma HQ favorita, yay! Li o primeiro volume de Os Guardiões da Galáxia e achei super divertido! Eu queria mesmo aquele encadernado com capa metalizada que lançaram ano passado, mas, como não encontrei, já fico contente com estes formatinhos. Acabou de ser lançado e acho que você ainda encontra nas bancas. Os meus eu compro na loja Point HQ em Ipanema, e já estamos no segundo volume. Mês que vem eu falo dele e digo se está valendo a pena acompanhar os quadrinhos.

Não costumo falar muito sobre teatro porque não ando frequentando tanto quanto gostaria, mas uma peça que assisti e achei legal foi o musical Cássia Eller, em cartaz no Teatro Clara Nunes. Tive lá minhas ressalvas sobre o roteiro, mas musicalmente falando, é um programa excelente. Nada que envolva a Cássia pode ser ruim. <3

E não poderia faltar a parte de beleza, né? Tenho vários favoritos, sobretudo de cabelo, acho que ando meio viciada. Mas não posso deixar de comentar também o meu amor pelos batons mate líquidos da Quem disse, Berenice. São sensacionais, Brasil!

Quer ver tudo de pertinho? Então assista ao vídeo em que mostro os favoritos do mês.



E você, o que tem de bom para me contar?
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





2 moedinhas sobre se meter na vida alheia

segunda-feira, 11 de maio de 2015
Nos últimos dias ocorreram duas coisas curiosas e que, de algum modo, consegui relacionar em minha mente com um problema que eu vejo cada vez mais se disseminando por aí, como uma epidemia: as pessoas estão perdendo totalmente os limites quando o assunto é se intrometer na vida alheia. Elas se julgam tão acima do bem, do mal e da razão que acham que não basta ter uma opinião contrária, elas precisam forçar sua opinião contrária goela abaixo.



O primeiro episódio foi no ateliê da costureira. Levei um vestido para apertar e a costureira, que eu conheço há anos, veio logo com a afirmação: "nossa, mas como você emagreceu"! Respondi que ainda me faltavam uns sete quilos para perder, quando fui interrompida por uma velha intrometida senhora que exclamou a plenos pulmões: "não precisa, não, já tá bom, magra demais é feio". Respirei fundo, educada que sou, mas fiquei com vontade de retrucar dizendo que, para ser "magra demais" para a minha altura, eu teria que pesar uns 13 kg a menos, mas ok, guardei pra mim. 

E a conversa não parou por aí. Outra menina, que estava dentro do provador, me perguntou o que eu estava fazendo para emagrecer. Apenas dieta e muito exercício, disse eu. E aí, a nossa amiga intrometida atacou de novo: "essa garotada de hoje tá fazendo exercício demais, exercício demais não faz bem para a saúde". E euzinha, que nem faço parte do público-alvo "essa garotada" do alto dos meus 27 anos, mas não consigo ouvir asneira e ficar quieta, finalmente respondi: "olha, não vejo mal algum em exercício físico, pelo contrário, minha coluna está melhorando e me ajuda a ficar disposta e de bom-humor o dia todo". Silêncio no recinto. Deixei meu vestido para apertar e saí, com a certeza de que o mundo tem opiniões demais e bom-senso de menos, esses dias...

O segundo episódio foi em um domingo desses, em que eu caminhava preguiçosamente no calçadão quando me deparei com uma "passeata pela vida" na praia. Eram meia-dúzia de pessoas que claramente não entendiam o que a gente realmente defende quando se posiciona pró legalização do aborto. Até aí, morreu Neves. Afinal, estou cansada de saber que gente estúpida existe desde que o mundo é mundo. 

O que me deixou meio chocada é que, em cima do palanque, com o microfone na mão, falando as mais absurdas mentiras (tal como: "aborto é o pior ato de crueldade que se pode fazer com um ser humano". Sim, um "ser humano" que ainda não tem sistema nervoso nem sente dor, diga-se) estava um homem. Isso mesmo, um homem, que não tem útero, que jamais vai precisar passar por uma gravidez inesperada, que jamais vai ser forçado a carregar em seu corpo uma criança que não quer ou não pode ter. É o nosso corpo, nosso útero, nossa vida que está em jogo. Portanto, sim, é uma questão que se refere somente às mulheres. 

Quando eu vejo mulheres falando contra a descriminalização do aborto eu acho apenas leviano, nada que um pouco de estudo não pudesse resolver, mas quando eu vejo homens enchendo a boca para dizer que são contra o aborto porque "defendem a vida", olha... acho que é um egoísmo absurdo, pela simples razão de que eles não podem falar sobre algo pelo qual jamais passarão. Inclusive, se homens pudessem ficar grávidos, tenho bastante certeza de que o aborto já seria legal. Mas enfim, divago.

Fato é que tanto a senhorinha fuxiqueira quanto o idiota pró-vida tinham em comum o fato de acharem que suas opiniões eram tão importantes que se julgavam no direito de propagá-las por aí, mesmo sem que ninguém houvesse perguntado. Ambos se consideravam os senhores da razão, e qualquer pessoa que se mostrasse contrária precisa ser "convencida". Sei não, viu, mas acho que é um tipo de atitude que não deveria combinar com o século XXI.

E sim, este texto é um desabafo meio inútil, visto que as pessoas continuarão com a arte de se meter na vida dos outros e dar palpite sobre assuntos que não lhe dizem respeito. Para elas, meu apelo silencioso é: pelo bem de todos, usem mais o cérebro e menos a língua. A sociedade agradece. 


Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Notícia YAY do dia: Série sobre o Espinosa

sexta-feira, 8 de maio de 2015
Eu adoro os livros do Luiz Alfredo Garcia-Roza, amo como ele consegue escrever romances complexos, com personagens interessantes e inteligentes e aliar tudo isso a um bom enredo policial, tendo o Rio de Janeiro e suas idiossincrasias como palco. E aí que eu fiquei mega feliz de saber que Uma Janela em Copacabana, um dos meus livros favoritos do autor, vai virar série de TV.

A adaptação será produzida pela Produtora Zola e provavelmente estreará ainda em 2015 no Canal GNT.  Neste livro, o delegado Espinosa precisa descobrir o criminoso por trás dos assassinatos de policiais em diferentes regiões do Rio de Janeiro, e foi um dos que mais gostei de ler, com trama envolvente e final que convence o leitor.



Eu já havia visto duas adaptações de livros do Garcia-Roza. Uma delas, inclusive, foi uma peça teatral baseada em Uma Janela em Copacabana. A outra foi a adaptação cinematográfica para o livro Achados e Perdidos. Amo o livro, mas não curti muito o filme. Espero que com esta nova série de Uma Janela... as coisas sejam diferentes.

Nesta entrevista dá para ler um pouquinho sobre o que o próprio autor acha destas adaptações de suas obras.

E aí, alguém mais está tão curioso quanto eu? ;)
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.





Book Haul de Abril

quarta-feira, 6 de maio de 2015
E shame on me que, com cerca de 150 livros não-lidos na estante ainda me dou ao luxo de comprar mais alguns. Em minha defesa, foram promoções muito boas! E o último volume do mangá mais cute-cute da História! E tem também o livro mais aguardado dos últimos tempos (aka Sobre a Escrita, do King), que finalmente deu as caras aqui em casa. E... Ok, você já entendeu que eu tenho várias desculpas para fazer a becky bloom da livraria



Em abril rolou HQ, mangá, livro de parceria, muuuitas comprinhas livrísticas e até presentes, yay! Quer saber o que chegou de novo no QG Cocota Nerd? Então vem comigo e assista ao vídeo de Book Haul do mês.



Tcharammm, essas foram as comprinhas, livros recebidos e bla blá blás literários do mês de abril. Foi um mês bem produtivo, até. Pena que, para variar, comprei mais do que consegui ler. Quem nunca? (Eu, sempre o/)

Ah, caso tenha se interessado pela assinatura dos mangás de Sailor Moon Short Stories + Sailor V, clica aqui para saber como assinar também. Eu fiz mas ainda não recebi, então ainda não posso indicar. Mas fica aí a dica para quem não encontra nas bancas, né? 

E você, o que andou lendo, comprando e ganhando em abril? Conte para mim sobre suas leituras do mês. *.*
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.
 
© Blog Colecionando Prosas - Março/2017. Todos os direitos reservados.
Criado por: Maidy Lacerda Tecnologia do Blogger.
imagem-logo