Lendo Gabo: Memória de Minhas Putas Tristes

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Apesar de eu não gostar de Cem Anos de Solidão (Desculpa, sociedade) eu gosto muito² de outro livro do Gabriel Garcia Márquez, que inclusive li mais tarde e apreciei demais a leitura. Estou falando de Memória de Minhas Putas Tristes. Apesar do nome sugestivo, o livro trata, basicamente, do amor. Porém, este tema é abordado com uma sutileza impressionante. A narrativa é muito bonita, digna de Garcia Márquez, e eu confesso que precisei engolir uma ou outra lagrimazinha que teimava em dar as caras durante a leitura. Espero realmente que o filme tenha conseguido captar a essência deste livro.
Memória de minhas putas tristes conta a história de um homem idoso que sempre se orgulhara de só ter ido para a cama com prostitutas ao longo da vida e, portanto, nunca havia se apaixonado. Ao completar noventa anos, ele resolve se dar de presente uma noite de amor com uma bela virgem. Assim, acaba indo parar em um prostíbulo, onde uma jovem de 14 anos, virgem e encantadora, o esperava adormecida. Porém, ele se encanta de tal forma pela moça que decide não a violar, e o que seria apenas uma noite de sexo ardente ou não, visto que ele tinha noventa anos ( haja Viagra!) vira o princípio de um amor puro e sincero. A história narrada passa então a ser a do velho, que, enquanto a jovem dorme, conversa com ela e repensa sobre sua vida.

“O sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcança.” 

Curiosamente, nunca chega a haver sexo entre os dois. O amor que o velho sente pela moça é puramente platônico, nunca chega a se concretizar, visto que ela está sempre dormindo quando eles se encontram. E eu sei que este fato pode fazer com que muitas pessoas se decepcionem com o livro, porém, acredite, é isso que torna a história tão única e especial. A narrativa do velho é muito emocionante, e recheada de passagens marcantes.
Enfim, o livro é pequenininho (132 páginas), fácil de ler e muito, mas muito bom! Recomendadíssimo para quem gosta de histórias de amor “fora da caixinha”. Sei que existe uma adaptação para o cinema, mas ainda não a assisti. Está na listinha!
Você já leu esse livro? Conta para mim nos comentários o que achou!
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.

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