Morte Invisivel

segunda-feira, 13 de abril de 2015
Em 2013 eu li um livro chamado O Menino da Mala cuja contracapa afirmava ser um livro necessário para os fãs de Stieg Larsson. Ora, eu amo a trilogia Millennium com força, então precisava conferir. Pois bem, o livro das dinamarquesas Lene Kaaberbøl e Agnete Friis não tem tanto a ver com a trilogia de Larsson, mas ainda assim eu curti muito! Falei sobre O Menino da Mala aqui no blog, caso queira conferir.



Quando saiu a continuação, fiquei louca querendo ler, porque estava precisando de um bom suspense na minha vida. E, olha, posso dizer que Morte Invisível é tão bom quanto, ou até melhor que seu antecessor. Uma coisa muito legal sobre estes livros é que apesar de fazerem parte da mesma série e terem a personagem principal em comum, os dois têm seu próprio final, as histórias são totalmente independentes e não é necessário ler na ordem.

Nina Borg, a enfermeira super altruísta, está de novo às voltas com dilemas envolvendo imigrantes. Ao descobrir que um grupo de ciganos húngaros pegou uma doença misteriosa, ela se comove e vai até seu esconderijo cuidar deles. Porém nada é tão simples quanto parece e esta doença começa a se espalhar super rápido, provando que algo muito estranho paira no ar. Rapidamente Nina vai descobrir que uma crise sem precedentes, que pode mudar a história do país para a pior, está para acontecer.

Assim como em O Menino da Mala, a história é contada sob diversos pontos de vista. São vários núcleos diferentes que, a princípio, não têm nada em comum entre si, mas que, em determinado momento acabam se cruzando. Estes núcleos ajudam o leitor a contextualizar os acontecimentos, eu amo este estilo narrativo porque acho que aguça os meus instintos detetivescos!

Morte Invisível vai então trazer algumas questões já mostradas no primeiro livro, como o tráfico de pessoas, a imigração ilegal, a exploração sexual e os direitos das minorias em geral. Porém, neste livro serão abordados outros pontos como o comércio ilegal de armas e medicamentos, a situação de estigma e preconceito em que vivem os ciganos e outras minorias no leste europeu e até que ponto podemos pensar somente nos nossos interesses e negligenciar o bem do restante da sociedade. É um livro bem complexo, que nos faz refletir a cada segundo. É aquele tipo de livro que incomoda, que não nos deixa dormir e que nos faz perder um pouco a fé na humanidade, porque mostram facetas horríveis do mundo que às vezes a gente acaba ignorando.

Enfim, amei demais o livro e compartilho um pouco das minhas impressões de leitura no vídeo abaixo.


E você, já leu Morte Invisível? E O Menino da Mala? Se leu, conta para mim o que você achou! ;)
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.

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