Cazuza - Pro Dia Nascer Feliz, O Musical

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
Eu tinha 16 anos quando conheci Cazuza. Pasme, minha primeira experiência foi a partir do filme sobre a vida do cantor, que hoje eu sei que foi muito novelinha-da-globo feelings, mas que ao menos serviu para despertar minha curiosidade e meu interesse pelo Cazuza. Lembro que na época, fiquei mega empolgada, procurei ouvir todas as músicas que encontrei e até li a sua biografia, Só as mães são felizes - apesar de não ser nem um pouco amante das biografias, gosto de lê-las quando gosto do biografado. E ainda teve o ridículo episódio em que minha mãe abordou a Lucinha Araujo no meio de uma loja para dizer que eu a-ma-va o filho dela, fato este que me deu vontade de enfiar a cabeça num buraco e não sair nunca mais. Enfim, memórias. 



Não é que eu ache que Cazuza foi um exemplo, um mito ou um mártir como alguns defendem, mas acho genial a maneira como ele conseguia traduzir sentimentos em palavras tão bonitas e, mesmo sem querer, ser porta-voz de tantas ideias. E andava meio esquecida do quanto eu gostava disso tudo na adolescência, até assistir Cazuza - Pro Dia Nascer Feliz, O Musical. Eu queria ter ido assistir a esta peça desde a primeira vez em que esteve em cartaz, mas acabou não rolando, então fiquei mega feliz quando descobri que o musical iria voltar ao Theatro Net Rio.

E foi bom, não só porque a peça é bem dinâmica e você mal sente as três horas passarem, mas também porque foi uma experiência bastante nostálgica, por assim dizer. Me lembrei da força que suas músicas me passavam, de como eu sentia como se pudesse um dia mudar o mundo (e minha própria vida!), de como eu sentia que em algum tempo e ligar eu poderia ser livre para ser quem realmente era. Sem amarras. Sem cobranças. E isso fez bem à Fabiola de dez anos depois: eu posso não estar onde sempre quis estar, mas certamente ainda danço junto com a música.

Uma coisa é certa: ainda não sei se quero levar a vida ou deixar que ela me leve, nem mesmo faço ideia se preferia viver mil anos a dez a viver dez anos a mil. Mas não importa mais. É a possibilidade de se poder fazer o que quiser, sejam quais forem as consequências, que me fascina.
Eu gosto de musicais. Eu gosto da história do Cazuza apesar de. E gosto de como esta peça juntou tudo isso de uma maneira bonita, por vezes emocionante, e muito divertida de se assistir. E entre dramas, músicas de sucesso gravadas pelo Cazuza e outras inéditas em sua voz, creio que a peça cumpriu bem seu papel.

Recomendo bastante, fora que o Net Rio é um charme de lindo! Saiba mais informações sobre o musical no site do teatro
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.

0 comentários:

Postar um comentário

 
© Blog Colecionando Prosas - Março/2017. Todos os direitos reservados.
Criado por: Maidy Lacerda Tecnologia do Blogger.
imagem-logo