A Dama Fantasma

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
Meu amor por romances policiais já vem de longa data. Meu primeiro livro de Agatha Christie (Treze à mesa, caso tenha interesse em saber) foi lido aos 12 anos, uma idade meio precoce para se ter contato com crimes, assassinatos e venenos, se quer saber. De lá para cá, a paixão só fez aumentar, já devo ter lido mais de cem livros do gênero e é sempre a ele que recorro quando estou de ressaca literária ou preciso de um livro que me dê colo. Sim, para mim, alguns livros são sinônimo de aconchego, e quando não sei o que ler, minha salvação sempre são os policiais. Mas divago. Tudo isso para dizer que a leitura de A Dama Fantasma, de Cornell Woolrich, foi uma grata surpresa.



O autor é o mesmo de Janela Indiscreta, que não li, tampouco assisti à adaptação. Mas curti a sinopse e queria matar a saudade dos policiais, logo, quando vi este exemplar dando bobeira na biblioteca, não hesitei em levá-lo para casa.

A sinopse é simples e, ao mesmo tempo, intrigante. Exatamente o que se espera da premissa de um romance policial de tirar o fôlego. Saca só:

Um homem inocente é acusado de assassinar a própria esposa. A única pessoa que pode salvá-lo é a mulher que o fez companhia durante a noite do crime; eles foram ao teatro e jantaram juntos. Mas, apesar de ter passado seis horas ao lado dela, Scott Henderson não consegue descrevê-la à polícia. Não sabe o seu nome, não lembra como ela estava vestida nem como ela era. Para piorar a situação, ninguém parece ter visto a mulher, nem mesmo o barman e o garçom que serviram o casal na noite do crime. Ele sabe que não foi uma visão, mas ninguém acredita na sua história. Henderson precisa encontrar a moça antes que seu tempo se esgote. Mas ele está preso e faltam poucos dias para sua execução. Sua vida está nas mãos de uma pessoa sem nome, sem rosto e sem forma - uma dama-fantasma.

A maneira como Woolrich constrói seu romance aos poucos é impagável, No início, o leitor nada sabe sobre Henderson, tampouco sente empatia por ele. No entanto, conforme os dias passam e a data da execução se aproxima, um sentimento de claustrofobia vai tomando conta da narrativa, e tudo o que queremos - ou melhor, precisamos - é saber que vai dar tudo certo e o protagonista será inocentado no último segundo. Será?

O desfecho é de tirar o fôlego, daqueles que você não consegue adivinhar, mesmo prestando atenção à cada detalhe. Pode esperar um plot twist daqueles! Minha única reclamação é que o final é um pouco corrido, mas tudo bem, eu perdoo, porque a leitura foi realmente bem prazerosa.

Taí um autor de que ouço falar pouco, mas que surpreendeu! Recomendo. ;)




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Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.

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