Do motivo pelo qual eu tenho um blog

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Todo o mundo já sabe que os blogs se tornaram ferramentas de comunicação poderosíssimas (oi, minha monografia foi sobre isso!). De meros diários pessoais, ele se tornaram veículos importantes. Tão importantes que não tardou para que as empresas vissem neles um enorme potencial. 

Por esse motivo, não preciso nem dizer que está se tornando cada vez mais comum criar blogs apenas para ganhar brindes, status e, no caso de algumas, até mesmo dinheiro. Eu, que tenho uma visão mais "romântica" da coisa, sinto falta de um pouco mais de "alma", de personalidade em alguns blogs. Aquela coisa de você se identificar com a blogueira, sentir prazer em ler o que ela escreve, seja qual for o assunto, ao invés de apenas entrar no blog para colher informações sobre algum produto ou aprender alguma técnica de maquiagem, por exemplo. 

No meio de tantos blogs "padronizados" e caça-niqueis, eu meio que fui encontrando blogs realmente bons, transparentes, com blogueiras sinceras e carismáticas. É engraçado, mas acabo nutrindo certa empatia por pessoas que nunca vi na vida. Não estou falando de endeusar "gurus" famosas que cobram para dizer "olá" para as fãs. Estou falando de se identificar com as blogueiras gente-como-a-gente. 

Certas youtubers, como a Mari e a Tânia, ganham uma visualização minha a cada vídeo postado, seja qual for o assunto. Não sei se é o jeito calmo de falar, se é a facilidade em se comunicar ou a sinceridade que os vídeos me passam, sei que muitas vezes acabo assistindo a vídeos repetidos de certas vloggers quando estou estressada. Sim, eu sou boba.

Outro fato curioso é que certas blogueiras me inspiram. Lembro que nos idos 2009 eu, como estagiária não-remunerada, lia posts e ficava babando nos produtos top que estavam completamente fora da minha realidade. E, de certa forma, acho que isso me ajudou a querer sempre batalhar para conseguir subir na vida, não para poder comprar coisas caras, mas porque o fato de poder comprar produtos melhores é um sinal simbólico de que meu poder aquisitivo melhorou. 

E não foram poucas as vezes em que eu estava super triste, desanimada com a vida, e, quando assistia a um vídeo, pensava "olha como a Fulana tem um quarto legal,  uma penteadeira bonita, parece ter um emprego bacana... se ela consegue, por que eu não deveria conseguir?". E, por mais besteira que possa parecer, aquilo me ajudava a me sentir melhor comigo mesma e a ter esperança de que coisas boas passariam a acontecer. E aconteceram.

E eu acho que, no fundo, é por isso que eu tive vontade de criar o meu blog, de produzir conteúdo, de fazer vídeos... quero compartilhar o que eu tenho de melhor e sentir que, de alguma forma, estou ajudando alguém. Em quase um ano de Cocota Nerd, nunca ganhei um puto com ele. Não acho errado monetizar o blog, nem serei hipócrita de dizer que não o faria. Mas este não é e nunca será o meu foco. 

Incontáveis vezes eu cheguei em casa mega cansada, desanimada, e me deparei com algum comentário fofo que fez meu dia melhorar 100%. A cada nova leitora (e as antigas também, viu?) que passa por aqui e diz que ama meus textos, a cada viewer que comenta lá no canal que gosta de me assistir, meu coração se aquece um pouquinho. Antes de tudo, vejo este espaço como um lugar para trocar informações com gente interessante. Já conheci leitoras pessoalmente e foi maravilhoso, certamente quero repetir a experiência.

E agora que a vida anda um pouquinho mais complicada, o blog realmente se tornou uma espécie de refúgio para mim. Por mais que este não seja um blog estilo diarinho, tento imprimir o máximo da minha personalidade em cada texto. Então, saber que você gosta do blog é como se, indiretamente, eu sentisse que você gosta um pouquinho de mim. E, acredite, em tempos conturbados isso super faz diferença. :)

Então, minha dica para quem quer ingressar no mundo dos blogs, de verdade, é: faça o que quiser, mas faça com amor! Pode parecer cliché, mas não vejo outra maneira de se obter sucesso. 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.

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