I'm getting old and I need something to rely on

segunda-feira, 16 de março de 2015


Oh simple thing, where have you gone?
I'm getting old and I need something to rely on

Eu ando estranhamente e absurdamente nostálgica. Ando com saudades da Fabiola de 19 anos, que achava que tinha o mundo nas mãos, a cidade nos pés e um grande futuro pela frente. Fiquei com vontade de gravar aquela tag #QueridaEuMesma e conversar com a antiga eu, mas a verdade é que, infelizmente, acho que não teria tantas notícias boas para contar a ela. É claro que coisas bacanas aconteceram ao longo destes anos, mas eu tinha tantos sonhos que evaporaram ou simplesmente ficaram incubados, e me deixa triste pensar no que poderia ter sido em outro tempo e espaço.

Não ajuda o fato de 2015 estar sendo um ano turbulento, por assim dizer. Nos últimos meses tive várias notícias chatas, que vão desde tia-avó falecendo até o diagnóstico de um problema chato de coluna que vai me obrigar a parar com quase todas as atividades físicas que eu gosto, passando pela minha luta contra a balança que parece não ter fim e meu computador que anda me trollando (e falindo) cada dia apresentando um defeito novo.

So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin 

Acho que é por isso que ando buscando coisas que eu conheço bem, que me tragam boas lembranças, que me façam sorrir. Ando apegada a tudo que me lembra épocas mais tranquilas. Tenho ouvido músicas que eu ouvia na faculdade, não no smartphone mas no ipod dinossáurico. Algumas das músicas que não saem da FM mental são Me Adora, 3 Libras, Pride e, é claro, Somewhere only we know que serve de epígrafe para esta postagem.

Tenho até mesmo usado esmaltes que eu usava naquela época. Ando semienjoada das cores chegueis e exóticas, dos glitters e efeitos especiais que andava usando, e me reaproximei dos clássicos. Tons de rosa, vermelho e vinho têm sido uma constante nas minhas mãos, e estou gostando de ser temporariamente básica, se quer saber.

Parece loucura e pode até ser que seja, mas me apegar a situações conhecidas de certa forma me ajuda a sentir menos sozinha, e menos perdida. Pisar em terrenos a que estou acostumado me ajuda a me manter nos eixos.

Isso seria bom, se não fosse ruim. Ruim no sentido de que a gente não cresce se não deixar o passado para trás, e ficar remoendo coisa velha acaba tirando o foco para construir coisas novas. Eu sei, racionalmente. O difícil é colocar em prática.


Eu não sei em que momento este blog deixou de ser literário e passou a ser um amontoado de textos autobiográficos e repletos de aleatoriedades. Mas, deixe estar. Ser monotemática nunca foi minha praia, de qualquer forma. 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.

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