Sobre mudanças e recomeços

terça-feira, 31 de março de 2015
Recentemente eu falei aqui sobre nostalgia, e sobre a dificuldade que eu tenho de desapegar de coisas que me façam sentir segura. E aí, por coincidência, aconteceu um episódio curioso por aqui. Eu tinha um HD cheio de quinquilharias que juntava há anos: fotos de décadas atrás, músicas de bandas que eu nem me lembrava mais, filmes e seriados de uma época em que ainda não existia netflix. Pois bem, depois de muito tempo ao meu lado, meu HD morreu! Apagou, deu piti, já era. E com ele, anos e anos de registros e recordações.

E eu sei que parece besteira, mas eu encarei como um "aviso", sabe? Do tipo: desapega, menina, que há tanta coisa boa ainda por vir! Para que viver de passado se você ainda tem tanto futuro pela frente? Achei providencial a coincidencia. 

Minha mãe costumava chamar esses episódios de "sinais divinos" e acho que gosto de pensar que, de fato, sejam. Por sinal, em abril faz cinco anos que ela se foi e é estranho como eu sempre fico saudosa, e introspectiva, e fechada, e de certa forma melancólica nessa época. Minha memória pode até esquecer a data certinha, mas meu coração sempre, sempre se lembra.

Tem uma música da Pitty chamada Serpente que fala um pouco sobre tudo isso. Por sinal, eu amava Pitty uns anos atrás e recentemente andei resgatando o gosto.



"Chega dessa pele, é hora de trocar

Por baixo ainda é serpente

E devora a cauda pra recomeçar..."


(PS: no fim das contas eu consegui recuperar meus dados - pelo menos os mais importantes - mas isso não prejudicou meu simbolismo)
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.

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