Quem nunca teve vontade de voltar no tempo para ter uma nova chance e fazer escolhas diferentes que atire a primeira pedra. Imagine se você pudesse mudar o passado para consertar pequenos erros, que incrível seria! Este é o ponto central de Seconds, graphic novel de Bryan Lee O'Malley (sim, o mesmo autor de Scott Pilgrim). Porém. as coisas não são tão fáceis assim.
Seconds vai contar a história de Katie, jovem chef em ascensão que comanda a cozinha do Seconds, um restaurante que abriu com amigos quatro anos atrás. Porém, beirando os 30 anos, ela acha que aquilo não tem mais muito a ver com ela e decide mudar de ares e abrir um novo restaurante, com a sua cara. Tudo ia bem, até que começam a ocorrer vários probleminhas: as obras do novo restaurante atrasam muito, uma de suas funcionárias sofre um grave acidente de trabalho e seu ex-namorado ressurge das cinzas.
Katie se sente ridiculamente perdida e deseja do fundo do coração poder voltar no tempo e tomar outras decisões que mudariam sua vida. E é aí que surge a possibilidade de tornar este sonho real: Katie encontra cogumelos mágicos que vêm com um bilhetinho de instruções explicando como ela deve fazer para corrigir erros do passado. Meio descrente, Katie testa e... não é que dá certo?
Nem preciso dizer que a partir daí Katie perde o controle e começa a usar os cogumelos mágicos para tudo, mudando o passado como quem muda de calcinha. Mas nossa protagonista logo vai aprender que não dá para alterar o passado sem sofrer consequências no presente. E é aí, meu bem, que o bicho pega e a história fica bem mais sombria e complexa.
Eu fiz um vídeo com minhas impressões de leitura e ficou muito legal! Vale a pena assistir, ;)
Seconds não é necessariamente uma história com premissa super inovadora, afinal, esse questão de viagens no tempo já não é novidade nos quadrinhos há muito tempo. Porém, eu não diria que esta é uma graphic novel sobre ficção científica e nem creio que o ponto central seja as mudanças que Katie faz no passado.
Na verdade, Seconds trata basicamente sobre o medo e a insegurança de recomeçar, sobre assumir a responsabilidade pelos próprios atos, sobre solidão e sobre a capacidade de aprender com os próprios erros. É uma história que vai esfregar na cara do leitor que, no fim das contas, são as nossas escolhas que nos fazem ser quem somos.
Preciso nem dizer que amei Seconds, né? Vale super a pena a leitura!
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