Love is an accident waiting to happen

domingo, 12 de junho de 2011
(Viu só como dá para começar post de dia dos namorados sem usar "Love is in the air" no título? =P)

A vida, às vezes, nos prega peças.

Muitos anos atrás, em uma galáxia muito distante, em um colégio muito picareta, existia um pessoal meio babaca, que sacaneava meio mundo, e que despertava a antipatia desta que vos fala. Dentre estes elementos, havia um nerdzinho que super destoava dos outros. Ele era diferente dos coleguinhas, não tinha o mesmo jeito bobão, era mais quietinho, sei lá. Só que eu sou adepta da filosofia do "diga-me com quem andas que eu te direi quem és" e, portanto, também achava o nerdzinho em questão meio babaquinha. Não fique com pena dele: ele provavelmente me achava uma chata. Mas a gente tinha amigos em comum, e conversava de vez em quando. O ensino médio acabou e cada um seguiu sua vida.

" However far away I will always love you. Whatever words I say I will always love you "

E então o tempo passou, eu entrei para a faculdade, comecei a namorar e yada yada. Nunca mais tinha ouvido falar no tal do nerdzinho. Até que, um belo dia, estava voltando para casa e encontrei com ele no ônibus. É bem verdade que ele não me reconheceu de primeira, mas conversamos durante o caminho todo e, daí para frente, foram muitos scraps e depoimentos no orkut (oi, sou velha), conversas no msn e pequeninas insinuações. E, olha só, não é que eu mudei de ideia quanto a ele ser babaca? Ao contrário, comecei a achar que falar com ele era muito divertido. Enfim, para encurtar a história, ele me "roubou" do ex (modo de dizer, na verdade foi uma longa história) e a gente começou a namorar, ao som da bateria do salgueiro, olha que romântico... -not. E quem irá dizer que não existe razão?

"Never fade from my mind. Always there when I close my eyes "

Depois disso, já foram três dozes de junho juntos, cada um mais especial do que o outro. Depois de muitos anos passando essa data em companhia de uma caixa de bombons e de um filme água-com-açúcar, enquanto tinha vontade de cortar os pulsos com faquinha de rocambole, é bom ter alguém para me esquentar nestas noites frias de junho. E, apesar dos quatrocentos quilômetros que, por hora, me separam de meu nerdzinho, é a primeira vez em minha vida que eu cogito a hipótese de que, no fim das contas, o "para sempre" nem sempre acaba. Do futuro a gente não sabe, mas o presente vai bem, obrigada.

Nerds need love too <3

E mesmo depois de tanto tempo eu ainda consigo achar graça na ironia das coisas. Quem diria, afinal, que fosse dar tão certo?
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.

6 comentários:

  1. Que história fofa! A minha foi estranha assim no começo tbm. Eu não gostava do jeitão dele, o achava antipático. Mas hoje é o amor da minha vida. Não vivo sem!
    Abs =)

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  2. Como vc ousa a me deixar de fora dessa historia??? eu que te incentivei a ir rolar com ele nas areias de copacabana em pleno ano novo srsrrss

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  3. Queria deixar registrada a minha insatisfação com a condição de ex-babaca... muito injusto isso!

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  4. LOL mas amooor, é melhor ser ex-babaca do que continuar sendo babaca. ^^

    Samya: partiu queimar meu filme, né? Não rolei na areia com ninguém, eu hein =X

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  5. Oh..Que história fofa!!!

    A minha foi totalemnte maluca..Entrei na faculdade e no primeiro dia de aula despenquei sobre o meu então "futuro marido" na escadaria do prédio. Ele diz que me joguei, sei, sei..

    Ele começou a me paquerar e eu dando uma de nojenta só esnobando. Sei lá, não me senti atraída de início. Depois de 2 meses de insistência por parte dele, rolou o primeiro beijo e lá se vão seis "25 de maio" juntos.

    Estamos juntos há 6 anos e 2 meses, casados há quase 2 anos e esperamos nossa primeira filha para setembro.

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