O que eu achei de Inferno, de Dan Brown

segunda-feira, 11 de novembro de 2013
"Os lugares mais sombrios do Inferno são reservados àqueles que se mantiverem neutros em tempos de crise moral". Se eu fosse escolher uma frase para resumir Inferno, de Dan Brown, seria essa citação de Dante Alighieri. E hoje estou aqui para falar sobre o que eu achei do livro.



Eu não sou fã de Dan Brown e nem li todos os livros dele, escolhi ler apenas Anjos e Demônios e O Código Da Vinci porque o tema me interessava. Mas Inferno, o mais novo livro do autor, está sendo aclamado como sua obra-prima, então fiquei muito curiosa para ler. Spoiler do que eu achei: sensacional! O hype é totalmente justificável, acredito que Dan Brown tenha se superado neste livro e tenho dúvidas se um dia ele vai escrever algo tão bom quanto Inferno.

Vamos à sinopse: Robert Langdon acorda em um hospital em Florença, sem memória, e sem fazer a mais pálida ideia de o que está fazendo na Itália e o que aconteceu nas últimas 48 horas. Ainda no hospital, descobre que alguém misterioso está tentando assassiná-lo, e, dentre muitas incertezas, a única certeza que tem é que precisa fugir dali o mais rápido que conseguir. Com a ajuda da bela média Sienna Brooks, ele vai aos poucos juntando as peças de um enigmático quebra-cabeças e descobre que o mundo, tal como o conhecemos, periga entrar em extinção por causa de uma ameaça misteriosa.

Como o título denuncia, Inferno é inspirado no inferno de Dante, a parte mais célebre de A Divina Comédia, de Dante Alighieri. Este poema épico narra a passagem do próprio Dante pelo Inferno, o Purgatório, e finalmente o Paraíso. São muitas referências ao clássico e tenho certeza de que quem é mais culto que eu e leu a Divina Comédia vai apreciar ainda mais. Mas não se preocupe, dá para entender a história numa boa, mesmo sem ter lido.

Em Inferno, há todos os clichês típicos do Dan Brown, mas ainda assim o livro consegue cativar e surpreender! É ação o tempo todo, e muitas vezes o leitor mal tem tempo de respirar entre uma reviravolta e outra. Por falar em reviravoltas, elas são muito frequentes em Inferno, e meu conselho para quem for começar a ler é: não confie em nenhum personagem!

O que mais gostei no livro é que ele promove uma reflexão sobre um tema bem atual, e ainda pouco explorado: a superpopulação mundial. Este é um assunto recorrente ao longo da narrativa e nos leva a alguns questionamentos, tais como: até que ponto a ciência pode interferir na vida e o no livre arbítrio da humanidade? Até que ponto os avanços tecnológicos podem ser benéficos, e quando é que começam a ser antiéticos? Todas essas são perguntas que ficam no ar durante a leitura de Inferno, e não são respondidas no final, o que eu particularmente achei ótimo, porque são perguntas que definitivamente não têm resposta.

Aliás, adorei o desfecho meio em aberto e tenho a impressão de que isso vai servir de gancho para futuras aventuras de Langdon. Sim, porque os planos de Dan Brown são escrever nada menos que doze livros protagonizados pelo simbologista. Resta saber se Robert Langdon tem fôlego para mais oito histórias!

Como eu sempre prefiro falar sobre os livros do que escrever sobre eles, fiz um vídeo contando tudo isso e muito mais. Vale a pena assistir!




E você, compartilha das minhas impressões? Conta para mim o que achou de Inferno!
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.

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