Durante o inverno, a vida em cores

domingo, 26 de maio de 2013
Finalmente está chegando o friozinho que tanto amo, a época do ano que faz meu coração se sentir aquecido. Outro dia eu vi um busdoor anunciando uma festa junina, e fiquei tão feliz! Essa é, possivelmente, uma das minhas épocas favoritas do ano. O tempinho agradável que me oferece a possibilidade de tirar meus cachecóis do armário para fazer charminho, as comidinhas gostosas, as festas juninas das igrejas, os docinhos de abóbora em formato de coração e outros docinhos à venda na barraquinha da doceria da Galeria Menescal. Comer fondue tomando vinho sem me preocupar com as mil calorias que terei que queimar no dia seguinte. 

E aí fiquei lembrando de todas as coisas que eu perdi no ano passado. Das festas juninas a que não pude ir porque estava muito ocupada curtindo fossa e colando os pedacinhos do meu coração. Dos convites para jantar em restaurantes que amo que não aceitei porque não teria companhia pela primeira vez em quase quatro anos. De todas as coisas que eu adoro e que não pude aproveitar no ano passado. Da estação, e quiçá, do ano que perdi acreditando que ainda dava para salvar alguma coisa do amor, aquele ingrato. 



E olhando para trás, agora, eu penso que, por mais clichê que possa parecer, o tempo realmente cura! Um ano passa tão rápido e, felizmente, traz experiências que acabam canibalizando os maus momentos. Acho até difícil acreditar que tantas coisas incríveis tenham acontecido na minha vida depois que você deixou de ser um fato e passou a ser uma estatística. Quero realmente acreditar que eu sou merecedora de cada uma dessas coisas. E quer saber? Estou cada vez mais convencida de que sou, sim. 

Não acho que meu coração já esteja 100% curado, mas as feridas estão fechadas, e se porventura alguma resolver voltar a sangrar, a gente coloca um band-aid e finge que não está doendo mais. Não vou passar mais um inverno trancada no quarto, chorando, sofrendo. Aprendi a lição. Em 2012 eu perdi um semestre. Hoje, não estou disposta a perder um segundo. Nem por você, nem por ninguém.

Normalmente eu escreveria que "depois do inverno é a vida em cores". Mas por hoje, só por hoje, deixa eu parafrasear o Leoni e dizer que durante o inverno é a vida em cores. :)




Este provavelmente é o texto mais aleatório e intimista que já publiquei por aqui. Não faço ideia se está dentro do contexto do blog, mas tive vontade de compartilhar. Espero que faça algum sentido para mais alguém além de mim. 
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.

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