Cocota Nerd Lê: As Mentiras de Locke Lamora

sexta-feira, 25 de abril de 2014
Quando eu pedi para a Arqueiro me enviar As Mentiras de Locke Lamora, da série Os Nobres Vigaristas, fiquei empolgada com as críticas de Pat Rothfuss e George R.R Martin na contracapa, mas não achei que iria amar tanto! Mas a escrita de Scott Lynch e as peripécias dos personagens me ganharam por completo, e, olha, acho que tenho uma nova série de fantasia queridinha. 



Vamos à sinopse. Camorr é uma cidade sem lei, em que a única regra é que os inúmeros ladrões da cidade não podem roubar da nobreza. Comerciantes e integrantes da burguesia podem ser roubados à vontade, mas atentados contra à fortuna de pessoas de "sangue azul" são puníveis com pena de morte, em um contrato selado há eras e denominado Paz Secreta. Porém, a gangue autointitulada "Os Nobres Vigaristas" têm como ofício e principal objetivo de vida quebrar esta regra, desafiando tanto o Duque quanto o Capa, vilão-mór de Camorr. 

Locke Lamora é o líder dos Nobres Vigaristas e, quando as coisas fogem do controle e a gangue vê suas vida e suas fortuna correrem perigo, é hora de ele colocar à prova seus talentos como mentiroso de carteirinha e mestre dos disfarces para se safar e livrar a cara de seus amigos. 

Para começar, eu adorei muito a atmosfera construída por Lynch, que faz o leitor imergir totalmente no mundo fantástico em que a história é ambientada. É tudo mega criativo e cativante que eu não conseguia parar de ler! Os personagens principais se metem em cada enrascada que eu fiquei boquiaberta em vários momentos, me perguntando como eles pretendiam sair daqueles roubadas

E adorei também os personagens, sobretudo Locke Lamora, que é um anti-herói super carismático, irônico, desbocado e incrivelmente engraçado. Nunca pensei que eu fosse gostar tanto de um ladrão, sobretudo um que rouba dos outros sem o menor pudor, por puro prazer. Quem gostou de Kvothe, de A Crônica do Matador do Rei, certamente vai curtir o Locke também.



Aliás, o livro traz toda uma reflexão sobre o quão ruim é o ato do roubo. Em um certo momento, Locke comenta que não se sente culpado por roubar das pessoas ricas e influentes de quem rouba, já que estas residem no topo de um sistema injusto e cruel que beneficia pessoas somente por terem nascido em berço de ouro, e sacrifica aquelas menos afortunadas. E aí, até que ponto é "justificável" este ponto de vista? Não sei se concordo, mas me fez pensar. 

Se quiser saber mais sobre a história do livro e minhas impressões de leitura, sugiro assistir à minha resenha em vídeo para As Mentiras de Locke Lamora. E que venham os próximos volumes! \o/




E aí, quem mais conhece esta série incrível?


Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.

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