Se eu ficar, de Gayle Forman

quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Eu estava super empolgada para ler Se eu Ficar, da Gayle Forman. A premissa de uma garota em coma que precisa decidir se vai viver ou morrer me parecia super interessante! Porém, o livro não foi tudo o que eu esperava e eu vou contar o porquê.



O começo do livro parece promissor. Em um dia de folga devido à nevasca, Mia, seu irmãozinho Teddy, seu pai e sua mãe decidem dar um passeio de carro. No caminho, acabam sofrendo um grave acidente, e somente Mia sobrevive, porém fica em estado gravíssimo. Ela fica em coma e sua alma consegue ver seu corpo, refletir e raciocinar, mas não consegue sentir nada, nem ser vista ou ouvida por ninguém. Toda a história acontece em um dia, e nestas 24 horas cabe à Mia decidir se vale a pena viver sem sua família, ou se é melhor partir de vez.

E é a partir do acidente que a história perde o tom. O livro passa a intercalar momentos do presente com lembranças da Mia. Isso seria um recurso interessantíssimo, mas não funciona e o leitor acaba ficando entediado. Em parte isso se deve à chatice da Mia! Ela é aquela típica personagem adolescente sem-sal, então mesmo durante as passagens mais dramáticas eu não consegui sentir empatia. O fato de o livro ser narrado na primeira pessoa só torna tudo mais problemático, porque a Mia não consegue cativar o leitor com sua narrativa. É meio chato você ficar com raiva de uma personagem que perdeu os pais e quase morreu em um acidente, mas foi exatamente isso que aconteceu em vários momentos do livro!

Eu gravei um vídeo em que compartilho minhas impressões de leitura de Se Eu Ficar. Se você quiser saber mais sobre o livro, é só dar o play abaixo.



É claro que o livro tem pontos altos. Gosto muito da maneira como a autora praticamente transformou a música em uma personagem do livro, fazendo com que todos os capítulos tenham alguma referência musical. A própria Mia, além de tocar violoncelo, vive em uma família de músicos. Fica bem claro que é a música que move o livro e isso eu achei fascinante. Queria ter gostado deste livro porque a ideia geral é boa, mas não rolou.. :/

Agora, a pior parte não é a narrativa chatinha, nem a Mia e seus mimimis. A pior parte são os erros de português. Encontrei vários, mas os que mostro abaixo me chocaram muito, porque são erros primários, que eu realmente não espero encontrar em uma redação de segundo grau, quanto mais em um livro.

Interviu eu acho menos grave, porque "intervir" é um verbo difícil. Mas não deixa de ser um erro bem tenso. 

CONCERTASSE

FUJI com JOTA, BRASIL!!! =O


Poxa, Novo Conceito, assim você me quebra. :/ Achei chato, porque todos os livros que leio da editora têm tradução/revisão impecáveis, muito me surpreende pegar um livro deles com tantos erros assim. Só consigo pensar que foi a pressa de lançar antes de o filme estrear!

Por falar em filme, eu tenho certeza que este é o tipo de história que vai funcionar muito melhor no cinema do que no livro! Não fiquei muito empolgada em assistir à adaptação mas, quando a má impressão passar e eu finalmente assistir, conto o que achei.

Em geral, não achei que Se eu Ficar foi o pior livro que li na minha vida nem nada do tipo, simplesmente não entrei em sintonia com a história nem com a personagem e esperava bem mais. Deve funcionar melhor para adolescentes e quase-adolescentes, mas para mim não rolou. Peninha...

E você, leu Se eu Ficar? Pretende ler? Assistiu ao filme? Me conta!
Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.

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