Sing to me, Angel of Music

terça-feira, 16 de setembro de 2014
(Ou: do porquê os anos vão se passar e eu ainda serei apaixonada pelo Metal)



Se você me perguntar qual é a figura feminina que mais me inspira, eu não vou titubear em responder: Tarja Turunen. A ex-vocalista do Nightwish desde sempre foi um modelo para mim, tanto no que diz respeito à atitude, quanto no que diz respeito ao visual. Amo como ela explora sua beleza exótica e cria um estilo próprio. Amo como ela interpreta minhas músicas favoritas de um jeito que toca o coração. E, mais do que tudo, amo como a sua voz vai do lírico ao metal sem a menor dificuldade. E é por isso que, do alto dos meus 26 anos, eu viro adolescente tiete toda vez em que ela toca no Brasil.

É a quarta vez em que assisto a um show dela, sendo três solo e uma ainda no Nightwish. E, pasme, há um intervalo de dez anos entre estas apresentações. Tá aí a foto abaixo que não me deixa mentir (igornaomemate.jpg). 



Mas enfim, digressiono. Fato é que a cada show que tenho o prazer de assistir, sua voz se torna mais poderosa e sua presença de palco aumenta. E é engraçado que, coincidência ou não, todo show da Tarja acaba acontecendo em um momento de turbulências emocionais

No primeiro, o da foto acima, eu estava na fase mais down da minha vida, tomando antidepressivos e tudo a que tinha direito. Lembro que esse show foi a primeira coisa que me deixou feliz em muito tempo! No segundo, minha mãe já estava sofrendo da mesma doença da qual acabaria morrendo apenas um ano depois. No terceiro, eu estava naquela fase crítica de separa-ou-não-separa em meu último relacionamento de verdade. E por fim, no quarto e último show (domingo passado!) eu estava/estou em crise de "estou ficando velha e ainda não me encontrei neste mundo". Mas quando eu estou lá, sou só eu e a música. Eu choro, eu pulo, eu grito a plenos pulmões e tenho a certeza de que tudo vai passar.



Pode parecer meio ridículo mas, inconscientemente, ter a Tarja como inspiração me ajuda a não tropeçar nem desistir das coisas que quero. Se ela pode ser bem-sucedida, simpática, trabalhar com o que ama e ficar mais bonita ano após ano, por que eu não poderia? De certa forma, vê-la como um ideal me ajuda a não desistir dos meus sonhos. :) 

Não é à toa que eu vou tatuar "lonely soul, ocean soul" em algum momento da minha vida. Não é à toa que eu ainda vou querer ir aos shows das minhas bandas favoritas mesmo depois de velha, como esses "tiozinhos do rock" que eu sempre encontro pela noite. A energia da música me dá forças para continuar acreditando. E é por isso que pessoas intensas como eu não podem ser grandes fãs de músicas serenas. 

Fabiola Paschoal
Bibliófila, feminista, redatora, geek. Entusiasta das letras e das artes, adora quebrar estereótipos e dar opinião sobre qualquer assunto.

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